Para compreendermos a relação quântica entre alma, mente e corpo nós vamos retomar a abordagem quântica alinhando a visão não cartesiana do ser humano e o trabalho com a radiação que é além da matéria. Quando falamos de uma visão cartesiana (ou clássica) de ser humano ela pode também ser considerada positivista ou física.
Nessa visão clássica, o ser humano é limitado pelos cinco sentidos: visão, tato, paladar, audição e olfato. Esses cinco sentidos colocam o ser humano em contato com o meio externo, ou seja, com o mundo, e é por eles que conhecemos e experimentamos o universo e as emoções. Esse homem tem como centro da sua potencialidade as funções neurais, o cérebro, e tudo que pode ser biologicamente medido. Ele é uma máquina automática que age em um mundo também automático.
Em contrapartida, a concepção quântica de ser humano evoca todas as capacidades não físicas, como a intuição, a sensibilidade, a imaginação, as emoções e sentimentos. Nessa visão, a mente e a consciência não são questões místicas e secundárias, mas tão constitutivas das funções cerebrais quanto todos os neurotransmissores. A subjetividade é propulsora da potencialidade dos indivíduos, que podem alcançar níveis de evolução e de consciência inimagináveis.
A Abordagem Quântica
Muitos fenômenos e práticas têm sido classificados como quânticas. Em resumo, tudo que compreende o ser humano no seu sentido holístico, completo, não fragmentado, sem hierarquização de cérebro, mente, corpo e alma, está em alguma medida dentro da abordagem quântica.
Nesse ínterim, as chamadas “curas espirituais” vêm sendo estudadas sob um prisma científico, à luz dos conhecimentos atuais, que identificam um ponto de encontro entre a ciência e a realidade da alma através do pensamento. A cura quântica é, essencialmente, a cura espiritual, realizada pelo pensamento que é um atributo da alma.
Em termos científicos, nesse caso, predominantemente físicos, entramos no domínio dos átomos, prótons, elétrons e, conforme os quânticos, os fótons. A síntese desse processo é a manipulação da energia, tanto aquela que constitui a matéria quanto aquela que constitui a não matéria. Dr. Deepak Chopra, um respeitado médico indiano que estuda os níveis quânticos de cura, usa uma excelente ilustração: “Se você cortar uma minúscula semente ao meio, o que encontrará dentro? Nada! sim, mas é desse nada que se forma uma belíssima árvore”. Essa é uma boa forma de imaginarmos essa não matéria que é igualmente concreta e constitutiva do universo.
Emoções e Energia Vital
O pensamento constitui uma forma primordial de energia irradiada pela alma. Quando este está impregnado de emoções negativas como as do medo, do ódio, da inveja, da maldade, do ciúme, há um deslocamento dos elétrons de suas órbitas atômicas, causando o sofrimento, as doenças, o fracasso.
Já o pensamento impregnado de emoções positivas, sob a motivação da vontade e da determinação, através do querer, da prece e da fé, centrado na ação curativa a realizar-se no processo mórbido, produz o reajustamento dos elétrons no alinhamento de maior potencial de suas órbitas atômicas, promovendo a saúde, o bem-estar, o sucesso, a cura quântica ou cura espiritual.
Em outras palavras, estamos no domínio das coisas que a ciência clássica desprezou. Essas, como o pensamento, a mente, a positividade ou negatividade das emoções, não podem ser medidas, mensuradas, testadas em tubos de ensaio. Elas são não lineares, subjetivas, imprevisíveis, mas atuam também na matéria, na física. A relação entre as emoções e a fisiologia não é um assunto novo, mas sempre importante de ser trabalhado.