“A ética está em nossa conduta”, já dizia o famoso pensador Aristóteles. Desde a Grécia Antiga, as discussões acerca deste tema vêm sendo desenvolvidas e ampliadas, uma vez que a ética — ou a falta dela — é responsável por pautar os nossos comportamentos e atitudes em qualquer âmbito da vida.
A ética é um conjunto de “regras” universais, que devem ser aplicadas na sociedade como um todo — como cidadãos, pessoas, profissionais, líderes ou donos de empresa. Portanto, quando falamos em ética e responsabilidade social nas organizações, estamos apenas aplicando os mesmos conceitos no ambiente empresarial.
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7 fatores que levam a organização à falta de credibilidade
- Falta de transparência organizacional;
- Falta de coerência nas informações fiscais;
- Falta de ações internas e externas que comprovem o seu compromisso social;
- Incongruência entre discurso, condutas e práticas;
- Desrespeito às leis vigentes;
- Desrespeito aos colaboradores, fornecedores e ao meio-ambiente;
- Práticas obscuras e negócios ilícitos.
Empresas éticas inspiram bons exemplos
As instituições devem se portar de maneira ética e, por meio de práticas e ações, buscar ser um exemplo não apenas de sucesso, mas pelas formas com que isso realmente foi alcançado. Muitas empresas, por exemplo, assumem o compromisso público de serem sustentáveis e ter uma conduta correta, mas não agem de acordo com a imagem que transmitem.
Por trás dos holofotes, há muitas organizações que não se preocupam verdadeiramente com as condições de trabalho dos seus colaboradores e fornecedores e tampouco com a forma de extração da matéria-prima empregada na produção dos seus itens de consumo. Esse tipo de ação, considerada tão negativa quanto o trabalho escravo ou infantil, não é mais perdoado pelos consumidores e nem pela mídia.
Entretanto, as empresas não devem adotar um comportamento ético apenas para conquistar clientes e uma boa imagem, mas porque realmente têm um compromisso com a natureza e com a sociedade.
Como conquistar respeito e credibilidade?
Mais do que discursos e palavras de efeito, ética e responsabilidade social partem de um compromisso público assumido com os stakeholders e com a sociedade em geral. Empresas que apresentam uma conduta que realmente condiz com aquilo que pregam são mais respeitadas e conquistam maior destaque e credibilidade no mercado.
Por stakeholders, devem ser compreendidos todos os públicos que as empresas impactam, de alguma maneira. A ética deve fazer-se presente em cada um desses relacionamentos, conforme você conferirá a seguir.
1. Consumidores
Cada vez mais atentos, os consumidores desejam consumir produtos e serviços que tenham coerência com aquilo em que acreditam. Se as formas de produção são incoerentes, as empresas são rapidamente excluídas da sua lista de preferências. Nesse contexto, as organizações que não se adequarem a essa nova realidade estarão fadadas ao fim. Além disso, qualquer produto de qualidade questionável, serviço mal prestado, propaganda enganosa e qualquer outro dano ao consumidor denunciam a falta de ética.
2. Colaboradores
Além de satisfazer o consumidor, a empresa também precisa cuidar do seu próprio público interno, ou seja, dos seus colaboradores. São eles que fazem a empresa acontecer. Portanto, é primordial construir um ambiente ético e democrático, tratá-los com respeito e dignidade, remunerá-los adequadamente pelos serviços prestados, cumprir rigorosamente todas as obrigações trabalhistas e pagamentos de benefícios, compartilhar conhecimento, investir na formação dos funcionários, respeitar as diferenças, punir qualquer assédio e construir um clima organizacional de harmonia.
3. Parceiros e fornecedores
Assim como os colaboradores, as empresas também contam com outros indivíduos que atuam para o seu sucesso. Estamos falando dos sócios, parceiros de negócios, investidores e fornecedores. Os contratos com todos esses indivíduos/empresas devem ser claros e transparentes, dividindo as responsabilidades sobre as obrigações de cada um, bem como sobre as parcelas de cada um nos resultados, sejam eles positivos ou negativos. Os termos devem ser claros, de modo que ninguém seja prejudicado por má-fé da outra parte.
4. Concorrentes
Toda empresa tem concorrentes, sejam eles diretos ou indiretos. São empresas que, de alguma maneira, competem com a organização por públicos-alvo coincidentes. A ética e a responsabilidade também devem nortear as relações com os concorrentes, de modo que a criatividade e a dedicação sejam as únicas “armas” empregadas nessa competição. Agir com espionagem, copiar modelos de negócios ou produtos e prejudicar a reputação do concorrente em campanhas de comunicação, dando início a boatos, são meios nada éticos de superar esses concorrentes.
5. Governo e meio ambiente
A responsabilidade da empresa também diz respeito ao governo. Isso ocorre porque ela precisa declarar as suas atividades, prestar contas acerca das suas finanças, obter certificados e autorizações de funcionamento, cumprir as leis do seu respectivo segmento de atuação e cumprir com todos os protocolos de segurança e qualidade.
Além disso, a organização também deve ser consciente a fim de minimizar o impacto das suas ações sobre o meio ambiente, no que diz respeito à emissão de poluentes, à extração de matéria-prima, à reposição de recursos naturais, ao fim do desperdício, à economia de energia e à correta destinação do lixo produzido.
6. Sociedade em geral
Por fim, é importante ressaltar que as empresas são organizações que ganham visibilidade. Por isso, elas devem utilizar o seu poder de atuação para promover benefícios na vida em sociedade.
Nesse sentido, são aspectos positivos as ações que geram empregos, aquecem a economia, incentivam o estudo e a formação profissional, combatem o preconceito, promovem conscientização acerca dos problemas sociais, protegem as populações segregadas e marginalizadas, melhoram a qualidade de vida das comunidades, geram iniciativas solidárias e preservam o meio ambiente.
Com base nos critérios acima, avalie se a conduta da sua empresa é ética e pertinente com a sua missão de vida. Reflita se essa conduta é coerente e se os seus procedimentos mostram verdadeiro respeito aos profissionais, fornecedores e clientes. Lembre-se de que ser ético é uma prática diária, em que reafirmamos os nossos valores e mostramos quem somos na essência. Fique atento!
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