Autoconhecimento é o poder de nos conhecer verdadeiramente. Reconhecer e respeitar nossa luz e nossa sombra que faz com que a sacralidade da nossa individualidade consiga acolher seu pertencimento ao universo, seu lugar na rede de conexões com a natureza e o todo, e sua importância e seu vínculo com a coletividade.
Para o hoje este deve ser nosso maior e mais profundo desejo, mesmo com todas as adversidades que essa meta impõe. Digo isso porque o autoconhecimento, além de ser altamente impopular, parece ser uma meta desagradavelmente idealista, cheira a moralidade, e está preocupada com a sombra psicológica, que normalmente é negada sempre que possível, ou pelo menos é silenciada, escondida. A tarefa que impelimos a você é, na verdade, quase insuperavelmente difícil.
O Homem é um nó de relações voltadas em todas as direções. Para dentro de si, para o outro, para o universo, para o transcendente e ele se realiza à medida que ele ativa essas relações. Quanto mais ele se relaciona mais ele se enriquece e mais descobre possibilidades dentro de si mesmo – tanto com sua luz, quanto com sua sombra, desde que se saiba trabalhar com ela, respeitando-a e usando-a em seu favor. Precisamos de um entendimento maior da natureza humana, pois o único perigo real existente é o próprio homem.
Quanto mais me conheço como indivíduo e encontro meus potenciais, habilidades, aquilo que me torna um ser único em toda a imensidão do universo, que me identifica, me personaliza, me humaniza, mais me vejo integrado a todo o mundo. O mundo, aquilo que está fora, não só na natureza do sistema do universo, mas também nas outras pessoas, é um reflexo, uma refração do meu eu interior.
A teoria dos Setênios
Nascemos e nos separamos de nossas mães durante os primeiros sete anos, a percepção do “EU” está formada. Esse pressuposto nasce da teoria da Antroposofia, uma ciência com base na filosofia humanística vinda de Rudolf Steiner. Prega-se que é possível dividir a vida em ciclos de sete anos – assim como Deus fez o mundo em sete dias, como há sete metais, sete deuses no Olimpo etc.
A teoria dos setênios nos ajuda a compreender a condição cíclica da vida, em que a cada ciclo somam-se os conhecimentos adquiridos no anterior e busca-se um novo desafio. O movimento de individuação proposto por Jung, se compreendido dentro da teoria dos setênios, nos leva a perceber que, logo após apartarmos nossa personalidade da de nossa mãe, compreendendo-nos não como uma extensão dela, mas como seres individuais, começamos um processo de construção de nossa identidade. Nesse momento nos apartamos também do mundo, mesmo que nossa inserção nele esteja se intensificando.
Dizendo de outra forma, a partir dos sete anos, até os 14, no segundo setênio, inicia-se nossa mais intensa fase de socialização, logo estamos inseridos no mundo, mas essa socialização nos leva a um descobrimento do “si mesmo”, do self, o outro não existe, pois o outro também é si mesmo. Dessa forma, embora vivendo uma intensa socialização estamos apartados do mundo, pois o mundo torna-se uma forma de entendermos quem nós somos realmente.
Podemos aprofundar e relatar a teoria dos setênios da Antroposofia sobre uma visão resumida, entre outros aprofundamentos que poderíamos fazer:
0 a 7 anos: O ninho – Interação entre o individual (adormecido) e o hereditário, A PERCEPÇÃO DO EU!
7 a 14 anos: autoridade amada;
14 a 21 anos: puberdade /adolescência – crise de identidade;
21 a 28 anos: experimentar limites;
28 a 35 anos: fase organizacional;
35 a 42 anos: crise de autenticidade;
42 a 49 anos: altruísmo x querer manter a fase expansiva;
49 a 56 anos: ouvir o mundo;
56 a 63 anos: (e adiante) abnegação / sabedoria.
Claro que os sete anos podem também ser entendido como uma metáfora sistêmica. Não exatamente sete anos no tempo cronológico, mas a cada ciclo de X anos, de tempos em tempos, enfim. Nós nos modificamos e evoluímos.
O mundo é neutro, ele não é bom nem mal. Não existem problemas no mundo, não há sofrimento. Todas essas significações acontecem na integração entre o indivíduo e o mundo interior. Na verdade, as coisas são como nós as vemos. É o nosso olhar particular, nossa posição, nossa ideologia que constrói o mundo. Eu que torno as experiências boas ou más, os problemas e o sofrimento dependem da nossa colaboração para existirem, não há problemas no mundo fora de nós.
O autoconhecimento ou ainda a individualização, ou seja, o reconhecimento do nosso self é um grande ganho da humanidade. É importante que as pessoas se reconheçam como seres humanos, entidades autônomas, não apenas como fragmento de um clã – embora todos nós estejamos inseridos numa comunidade, devemos construir uma identidade autêntica, a partir do autoconhecimento. Quanto mais o ser se individualiza, mais se torna parte de um todo.
Uma das minhas frases que fazem muito sentido em minha vida é “Quanto mais eu me conheço, mais eu me curo e me potencializo” sendo capaz de gerar RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS!!!
A autoconhecimento é algo maravilhoso e eu, como Coach, auxilio e preparo pessoas a se autoconhecerem no sentido de se desenvolverem e darem o melhor de si. E foi a partir daí que criei a metodologia Professional and Self Coaching, que se tornou uma formação completa e vivencial, uma das melhores em Coaching do país.
Conheça o Professional & Self Coaching – PSC e se aprofunde sobre os Ciclos da Vida e A Teoria dos Setênios, através desta formação que levou a transformação e conhecimento para aproximadamente 10.000 pessoas no Brasil e em participantes de outros 20 países.
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