Ao longo do tempo, uma questão que sempre intrigou especialistas de diversas áreas do conhecimento foi a inteligência humana. Afinal de contas, é possível medir o grau de inteligência de um indivíduo? Quais fatores deveriam ser levados em consideração para fazer uma avaliação desse tipo?
Esse tipo de questionamento fez com que surgissem diversos testes, alguns mais formais, outros menos, com o objetivo de avaliar as capacidades da raciocínio de um indivíduo, como os clássicos testes de QI (Quociente de Inteligência). Além deles, existe também o chamado Teste G36. Para saber mais sobre ele, é só continuar a leitura deste artigo!
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O que é o Teste G36?
O Teste G36 é um teste psicológico usado para avaliar o nosso grau de inteligência. Desenvolvido em 1904, a partir dos estudos do pesquisador Charles Spearman, o teste defende a dominância do Fator G, que, por sua vez, seria o fator biológico responsável por 50% da nossa inteligência total.
Em mais de 1500 estudos posteriores sobre o assunto, todos apontaram que Spearman estava certo em atribuir a esse fator o predomínio das habilidades mentais. Assim, até hoje o G36, que atesta exatamente as informações fornecidas por esse componente, é tão respeitado e utilizado.
Por isso, diferentemente do G38, que só pode ser aplicado em pessoas com ensino superior, o teste G36 pode ser aplicado em pessoas com diferentes níveis de instrução. Isso ocorre porque essa avaliação não tem como objetivo mensurar os conhecimentos adquiridos de maneira formal e acadêmica, mas aqueles que já são naturais do indivíduo.
Nesse caso, o que está em questão é a inteligência do candidato no que tange à compreensão da realidade, da sua identidade e também da capacidade de raciocínio analógico e numérico, por exemplo. Em processos seletivos, compreender esses fatores é muito importante para fazer uma análise mais completa dos candidatos.
Como esse teste funciona?
A avaliação pode ser aplicada individualmente ou de forma coletiva. Não existe uma limitação de tempo, mas, em geral o teste, dura cerca de 30 minutos (mas pode ser respondido geralmente entre 20 e 45 minutos). Para realizá-lo, é necessário usar o bloco de perguntas e um caderno de respostas para que, assim, o candidato possa responder às questões apresentadas.
Nesse teste, o indivíduo avaliado também tem a oportunidade de conhecer competências e habilidades ainda desconhecidas e também que ainda não foram utilizadas em seu trabalho. Diferentemente das demais análises, que focam em identificar o perfil comportamental do futuro colaborador, aqui descobrir as múltiplas inteligências é o foco central.
A composição das questões
O teste G36 avalia a inteligência não verbal, ou seja, os exercícios não são compostos por palavras, mas apenas por figuras. Ele consiste em 36 questões em ordem crescente de dificuldade. Cada questão consiste em 5 figuras, de modo que o respondente deve escolher, entre as alternativas, qual contém a 6ª figura da sequência. As questões avaliam as seguintes competências:
- Compreensão de relação de identidade simples;
- Compreensão de relação de identidade com raciocínio por analogia;
- Analogia espacial com mudança de posição;
- Analogia do tipo numérica, com adição e subtração e mudança de posição.
A avaliação do teste G36 se dá de modo quantitativo (por meio da contagem de erros e acertos cometidos pelo respondente) e qualitativo (identificando os tipos de erro que foram cometidos, levando em consideração as diferentes competências avaliadas).
Quando esse teste pode ser utilizado?
A recomendação dos psicólogos é de que o teste G36 seja aplicado a partir da adolescência, em alunos que já estejam no ensino médio. Ele é bastante útil para se ter uma noção geral das capacidades de raciocínio do indivíduo, tornando-se até mesmo uma ferramenta relativamente comum nos processos seletivos corporativos.
Além do teste G36, existe ainda um teste chamado G38, que também é um teste de inteligência não verbal com dinâmica e duração parecidas, mas que deve ser aplicado exclusivamente em indivíduos com ensino superior. Existem versões online desses testes, que apresentam correção e análise de desempenho imediatas. Contudo, o ideal é que ambas as ferramentas sejam aplicadas apenas por psicólogos com prática e experiência no tema.
Ressaltamos, porém, que qualquer teste que tenha sido desenvolvido ao longo do tempo com o objetivo de mensurar capacidades intelectuais humanas é sempre limitado, tendo em vista que a mente das pessoas é algo extremamente complexo, cujas características e habilidades podem nem sempre ser captadas totalmente em uma única ferramenta avaliativa.
O coaching e a formação global
Nesse sentido, se você é recrutador ou profissional e deseja desenvolver ainda mais as suas habilidades mentais, emocionais e técnicas, o ideal é recorrer ao processo de coaching. Essa metodologia de desenvolvimento humano oferece benefícios tanto em âmbito pessoal como profissional.
O coaching se utiliza de conhecimentos oriundos de diferentes áreas (como a psicologia, a administração, a gestão de pessoas etc.) e de diferentes ferramentas que se combinam para que análises mais completas possam ser obtidas — o que não ocorre se tomarmos um único teste como referência.
Assim, fica aqui uma dica especial do IBC: faça a Formação Professional & Self Coaching – PSC; aprimore as suas habilidades de leitura dos diferentes perfis comportamentais, aprenda sobre as melhores formas de potencializar competências e expanda a sua atuação profissional como analista comportamental.
E você, querida pessoa, gostou de saber mais sobre o Teste G36? Já realizou algum teste psicológico ou de avaliação das suas capacidades de raciocínio? Então, deixe o seu comentário no espaço a seguir. Por fim, que tal levar estas informações aos seus amigos, colegas, familiares e a quem mais possa se interessar pelo tema? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!