Quando falamos nos modelos de gestão, a liderança democrática se destaca como um tipo efetivo e sempre bem-vindo pelos liderados. Ela atua como um contraposto da liderança autocrática, em que o líder centraliza todas as atenções e toma para si os méritos pelas vitórias da sua equipe.

A liderança democrática é diferenciada porque convida os colaboradores a fazerem parte do processo de gestão, ou seja, a participar mais ativamente dos projetos, da tomada de decisões, das melhorias e inovações da empresa, entre outros. Aqui, não existe a ideia do “eu mando e você obedece”, pois o gestor democrático busca criar um canal de comunicação aberto, com bons relacionamentos interpessoais, dentro de um ambiente positivo e que motive ações positivas também.

Confira neste artigo o funcionamento e as principais características da liderança democrática, a fim de colocá-la em prática e obter resultados extraordinários junto das suas equipes!

O funcionamento do processo

Ainda que muitos tenham algumas restrições em relação à liderança democrática, por acreditar que o líder acaba perdendo o seu papel principal neste modelo, ao fazer uma gestão mais participativa, o gestor não perde o seu poder, mas sim, ganha mais destaque e autoridade para atuar. Além de promover a integração da sua equipe, ele tem a oportunidade de crescer com ela e também de ajudar os seus funcionários a progredirem.

O líder nem sempre sabe tudo e domina todos os conhecimentos que os seus liderados possuem. Essa é riqueza da gestão de pessoas, que inclui compreender as limitações, contratar profissionais especializados e formar equipes com conhecimentos complementares. Somados, esses saberes formam uma poderosa inteligência coletiva que os leva a alcançar resultados extraordinários.

A liderança democrática tem a função de conduzir, organizar, delegar, acompanhar, corrigir, comunicar, reconhecer, dar feedbacks, promover melhorias, motivar e oferecer oportunidades aos liderados. Essa função é universal a todo líder, então, podemos dizer que a sua essência é a mesma. Entretanto, o modo de fazer isso é completamente diferente, pois todas essas ações são executadas em um ambiente produtivo, profícuo, mais aberto e convidativo à colaboração.

Ainda assim, o líder democrático deve tomar cuidado para que os seus liderados não confundam essa liberdade maior com libertinagem.  Como em quaisquer modelos de liderança, as regras, normas, missão, visão, metas, objetivos e preceitos da empresa devem ser respeitados e seguidos, e não levados de forma inconsequente, “empurrados com a barriga”.

Democracia é ter a consciência dos seus deveres e direitos, inclusive de que existe uma hierarquia na organização que precisa e deve ser respeitada. Isso não diminui o espaço dos profissionais no ambiente corporativo, apenas esclarece qual é o papel de cada um e de como exercê-lo sem invadir e desrespeitar o espaço do outro, em especial, do próprio líder.

Princípios gerais da liderança democrática

Confira as atitudes mais notáveis que fazem uma liderança ser classificada como democrática.

1. Democratizar a informação e o conhecimento

Em uma empresa que se considera democrática, as informações não devem ficar restritas aos líderes, deixando os colaboradores “no escuro”. Os dados e os conhecimentos são comunicados a todos com transparência, sem que ninguém seja pego de surpresa. As pessoas ensinam umas às outras aquilo que sabem, de modo que todos progridem de forma contínua. O sigilo é exceção nesse tipo de gestão, pois todos sabem o cenário atual e o estado desejado da empresa e de cada equipe.

2. Estabelecer a todos as mesmas regras

Em uma gestão democrática, as regras existem e são colocadas em prática de forma igual a todos os colaboradores. Ninguém é beneficiado e ninguém é prejudicado. Todos têm acesso aos mesmos direitos e às mesmas condições de trabalho, de modo que não há motivos para conflitos internos. Se alguém é promovido ou advertido, é por merecimento do indivíduo, e não por uma predileção do líder. As ações têm consequências, sendo que as regras são aplicadas a todos uniformemente.

3. Saber falar e saber ouvir antes de tomar decisões

Todo líder entende que a palavra final é sua. No entanto, o líder democrático sabe que ele não detém todo o conhecimento da equipe e que os seus colegas sabem mais do que ele sobre determinados temas. Assim, esse tipo de líder frequentemente se reúne com os seus liderados para ouvir as suas considerações diante das situações, antes de tomar a sua decisão. Até mesmo votações podem ser realizadas, se o líder achar útil. Todos podem dizer o que pensam, mas a palavra final ainda cabe ao líder.

4. Ajudar e corrigir, sem perder a humanidade

Na gestão democrática, todos têm direitos e deveres, inclusive os líderes. Quem ocupa a liderança precisa se fazer presente ao compartilhar conhecimentos, delegar funções, prestar auxílio, explicar processos e avaliar o desempenho. É fundamental que o líder reconheça os méritos dos liderados e também que os ensine a corrigir os próprios erros. O feedback é uma rotina na liderança democrática, mas é sempre conduzido com respeito e educação, por mais erros que tenham sido cometidos.

5. Ser aberto ao diálogo

Por fim, o líder deve ser alguém acessível aos colaboradores no dia a dia. Deve responder às mensagens e atender os seus liderados na sua sala. Deve ouvir o que todos têm a dizer: reclamações, elogios, dúvidas, desabafos etc. Na função de líder, cabe a ele orientar e também ouvir as críticas (desde que sejam construtivas). Ele deve compreender que também erra e que, portanto, está sujeito à avaliação dos seus próprios liderados. Por isso, o feedback também deve ser concedido ao líder.

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E você, ser de luz, como avalia a liderança no seu ambiente de trabalho? Ela é democrática? O que pensa sobre o tema? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!