Você já ouviu falar em empresas humanizadas? São aquelas em que os colaboradores não são vistos como números ou máquinas, mas sim como seres humanos, que precisam ser tratados com dignidade. Nesses ambientes, as relações entre colegas e entre líderes e liderados são pautadas pelo respeito, pela compreensão, pela flexibilidade e pela empatia. Além disso, elas também promovem benefícios ao meio ambiente e às comunidades em que estão inseridas.
Por falar em lideranças, elas procuram ser democráticas, dando voz e vez a todos os que desejam manifestar as suas opiniões, contribuindo nas tomadas de decisão do líder. Assim, esses espaços permitem não apenas que cada colaborador se sinta útil e progrida na sua carreira, mas também que encontre um mínimo de qualidade de vida e bem-estar, afinal de contas, passamos boa parte do dia nas empresas.
Neste artigo, você vai conferir uma reflexão sobre a necessidade que o mercado tem de desenvolver empresas verdadeiramente humanizadas e sobre todos os benefícios que esse processo pode promover. Para saber mais sobre o assunto, é só continuar a leitura a seguir!
A necessidade de empresas humanizadas
Diante do cenário de consumo atual, passamos a nos perguntar sobre o papel da empresa na sociedade. O empresário que abre uma empresa apenas para obter lucro está na contramão do momento atual e da mudança de consciência que o universo nos impele.
Não que o empreendimento seja uma “obra de caridade” ou que o enriquecimento dos empreendedores seja um pecado ou algo parecido, mas nos parece limitado demais pensar em uma organização apenas como motor do consumo para o benefício financeiro de alguns.
Se nós entendemos empresas como construções sociais, como resultados de pessoas, como capital humano, como parte de uma realidade social e cultural à qual ela pertence; como podemos isentar essa mesma empresa da sua responsabilidade? Essas reflexões nos levam a compreender outro nível de mudança no mundo dos negócios.
Essa mudança leva as organizações a uma transformação profunda no entendimento do seu papel como instituição. Existem várias classificações a depender do posicionamento social de cada uma delas. Toda empresa dita humanizada tem um foco, uma causa para onde são canalizados todos os esforços e recursos. Algumas serão chamadas de empresas socialmente responsáveis, outras de empresas sustentáveis, outras, ainda, de empresas cidadãs.
Poderíamos entender que as empresas humanizadas são aquelas que, internamente, externamente, ou ambos, estabelecem práticas que vão além da busca pelo benefício financeiro dos seus proprietários ou acionistas. Geralmente, elas disponibilizam recursos, tempo e pessoas para ações que visam simplesmente a dar um retorno à sociedade, frente ao fato de usarem o espaço, os sujeitos e os recursos de determinado lugar.
A importância que a atuação empresarial humanizada vem ganhando no mercado internacional faz com que, a cada dia, mais empresas promovam ações sociais. Mas cuidado! A ideia de que a atuação social da empresa é apenas um modismo que gera boa imagem na mídia e com os clientes pode fazer com que a filosofia da humanização seja tratada como caridade, o que não é a ideia.
O papel do coaching na humanização das empresas
Talvez um empresário coach não corra muito esse risco. Quem passa pelo processo de coaching sabe como é importante compreender verdadeiramente o outro e ajudá-lo a se desenvolver.
Logo, a caridade pura e simples, como doações de alimentos e outros itens, não está plenamente congruente com os princípios do coaching. O coaching privilegia ações sociais que estejam a serviço do desenvolvimento humano e da sociedade. Podem até ser incluídas as doações, mas desde que contribuam não apenas para as necessidades mais imediatas do ser humano.
Para além do modismo, a humanização das empresas tem sido um movimento sem freios do mercado. No Brasil, grandes representantes desse movimento são: C&A, Natura, Banco Itaú, Coca-Cola, Cerâmica Portobello, Nívea e diversas outras. Estudos recentes sobre as ações dessas empresas e muitas outras de médio e pequeno porte dão conta de que, mais que um desejo dos empresários, a construção de organizações responsáveis socialmente urgia no mercado.
É possível afirmar que a consciência cada vez mais conectada dessas empresas esteja influenciando essa guinada na filosofia das organizações. Ela tem começado pelo cliente interno. A melhoria da qualidade de vida dos colaboradores e a consciência de que a empresa é resultado das pessoas e de que elas são o maior bem a ser acumulado e investido fazem com que algumas “despesas” passem a ser vistas como verdadeiros investimentos.
O valor da empresa humanizada
As empresas em transformação estão atentas à satisfação dos seus clientes — e também dos seus profissionais! Mais que recrutar talentos, é preciso retê-los. De que adiantam fortunas em tecnologia, se não houver quem a opere? O fator humano que, pensava-se, perderia a importância com a automação, passou a ser ainda mais importante, mas, em uma condição diferente, na condição de especialistas.
Especialistas podem escolher as empresas para as quais querem trabalhar. Profissionais que agregam valor às organizações querem uma contrapartida, e engana-se quem pensa que essa contrapartida é exclusivamente financeira, vinda de altos salários e boas comissões. Esses aspectos são importantes, mas é preciso que a empresa entenda a vida humana do profissional, para além do horário e do local de trabalho.
Essas questões formam quase um novo paradigma para o momento empresarial atual. Há projetos fantásticos de empresas que querem contribuir com a realidade à qual elas pertencem. Recentemente, o projeto da empresa de cosméticos Nívea ganhou grande repercussão. A retribuição em arte, com shows gratuitos em locais públicos e grandes nomes da música brasileira, é uma boa forma de entender que ser humano é mais do que comer, beber, vestir e lucrar.
Pela “moda” ou pela pressão do mercado, no sentido das novas ações, agir para a humanização das empresas exige uma vontade intensa de mudança e a integração de todos pela causa que se abraça. Essas ações são vistas como uma diferenciação da empresa, que assume uma nova perspectiva de organização, entrando no hall das organizações socialmente responsáveis, logo, humanizadas e congruentes com a nova consciência universal.
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