Ao pensar em empreender, é natural que abrir negócios com amigos seja uma das alternativas mais cogitadas entre os novos empreendedores. De fato, poder contar com uma parceria fraterna nessa empreitada sempre parece a melhor solução, em vez de ter um estranho como sócio.
Entretanto, será mesmo que essa é a melhor opção? Será que a amizade pode potencializar os negócios? Ou será que a vida profissional pode comprometer as amizades? É o que vamos ver a seguir. Continue a leitura e saiba mais!
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Dicas para abrir negócios com amigos
Como tudo na vida, abrir um negócio com um amigo tem as suas vantagens e desvantagens. O lado positivo é que você já conhece bem o modo de ser, pensar e agir dele; bem como qual é o seu mapa mental, a sua personalidade e o seu caráter. Por outro lado, quando envolvemos sonhos, dinheiro, negócios e amizade, corremos o sério risco de conhecer a outra face desse amigo, e é ai que o bicho pega, pois nem sempre é aquilo que nós conhecíamos e esperávamos.
Por tudo isso, é muito importante, antes de firmar qualquer tipo de parceria empresarial com os seus amigos, que tudo esteja muito bem alinhado entre vocês. Isso é essencial para que não haja surpresas desagradáveis, que acarretem brigas, conflitos e a perda de amizades e dos próprios investimentos no negócio. Não basta apenas ter empatia, é preciso estar pronto para essa empreitada.
Pensando nisso, separamos algumas dicas poderosas para você que está cogitando abrir uma empresa com os seus best friends. Continue lendo e confira, pois elas podem ajudá-lo a pensar melhor sobre isso!
1. Escolha bem os seus parceiros
Não é porque você ama, admira e se dá muito bem pessoalmente com um amigo, que necessariamente ele serve para ser seu sócio. Por isso, antes de tomar a decisão de ter abrir um negócio juntos, é importante fazer uma seleção racional. Abrir um negócio ao lado de outra pessoa envolve conhecimentos, formação, pensamento estratégico, objetivos sólidos, comunicação eficaz, entre outras competências técnicas e comportamentais. Por mais que você ame os seus amigos, será que eles têm essas habilidades?
2. Pense estrategicamente
Tenha em mente que, para a sua empresa crescer e prosperar, você precisa ter um parceiro estratégico, ou seja, alguém que domine competências e habilidades e que tenha experiências de mercado que você não tem. Avalie se o seu amigo é realmente essa pessoa. É necessário definir objetivos, tomar decisões, debater ideias e fazer escolhas. Por isso, além de você e o seu amigo precisarem de maturidade para chegar a conclusões, precisam também de conhecimento para empreender com sucesso.
3. Mantenha as amizades à parte
Embora possam ser melhores amigos fora, em uma empresa, é preciso ter uma postura altamente profissional para dar bons exemplos, além de fazer uma boa administração e não deixar que a empatia da amizade atrapalhe a gestão e comprometa os resultados e o sucesso do negócio. Sócios precisam corrigir falhas, apontar o que está errado, sugerir mudanças e apresentar ideias (muitas vezes contraditórias). Se você acha que isso pode abalar a amizade, não faça a sociedade.
4. Defina os papéis
É muito importante saber qual é o papel de cada um na empresa, o que cada sócio faz, quais são as suas responsabilidades e poderes, quais são as suas atribuições e qual é o montante de investimentos financeiros e de tempo que cada pessoa aplicará. Isso serve para que cada um entenda a sua importância e possa trabalhar de fato, dispondo do que sabe e das suas habilidades para o crescimento da empresa. Quando essas tarefas são bem equilibradas e definidas desde o início, tudo dá certo.
5. Alinhe expectativas
Não basta querer abrir um negócio juntos, é preciso querer as mesmas coisas e ter os mesmos objetivos e metas e a mesma visão. Se um sócio visa ter retorno financeiro e outro apenas fazer a diferença no mundo, as suas formas distintas de pensar e agir podem impactar diretamente a gestão da empresa e o seu relacionamento. Entretanto, quando ambos querem mudar o mundo e também monetizar as suas ideias, por exemplo, eles podem trabalhar juntos e alinhados para isso.
6. Procure experiências complementares
Por mais que os objetivos devam ser os mesmos, as habilidades e competências de todos podem e devem ser diferentes e complementares. Assim, enquanto um domina a área de finanças, por exemplo, os outros sócios podem saber tudo sobre gestão de pessoas e sobre marketing. Quanto mais heterogêneo for esse quadro de sócios, mais a empresa tem a ganhar, devido à complexidade de conhecimentos disponíveis. Já se os sócios sabem sempre as mesmas coisas, não há essa relação de complementaridade.
7. Desenvolva a maturidade para dar e receber feedbacks
Ao conduzir uma empresa, muita vezes, os sócios precisam se reunir para avaliar os resultados obtidos. Nesse momento, pode ser necessário trocar feedbacks, ou seja, reconhecer os méritos de cada um, bem como levantar tudo o que pode ser melhorado nessa dinâmica. Nesse sentido, é importante separar a amizade das observações profissionais, sem levar esse feedback para a esfera pessoal. Por isso, é muito importante ter maturidade nesses momentos, sem se sentir ofendido.
Como podemos perceber, com alguns cuidados, é possível escolher os parceiros certos para começar o seu empreendimento e ter sucesso ao investir em um negócio com os seus amigos. Aproveite estas dicas e, na hora de escolher o seu sócio, avalie o que é realmente o melhor para você e para a sua futura empresa. Se estiver em dúvida se essa relação profissional pode prejudicar a amizade, talvez seja melhor deixar essa ideia de lado e procurar outro sócio para conduzir os negócios.
E você, querida pessoa, já teve alguma experiência de sociedade com amigos? O que pensa sobre o tema? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!..