A vida de ninguém é fácil. Toda pessoa conta com obstáculos na sua jornada, algumas mais, outras menos, mas todas têm dificuldades. Dessa forma, é natural que o sofrimento apareça em certos momentos da vida. Todo mundo passa por essas fases, mas nenhum sofrimento é eterno.

O que precisamos fazer é diferenciar as situações em que realmente somos vítimas de algo negativo daquelas em que nós mesmos nos colocamos nesse lugar. Por exemplo: você tirou uma nota baixa na faculdade porque o professor malvado odeia você ou porque você não estudou, não prestou atenção às aulas ou simplesmente não pediu ajuda diante das suas dificuldades?

Na vida, nós somos vítimas daquilo que não está sob o nosso controle. Todavia, algumas pessoas insistem em se colocar nessa posição, mesmo diante daquilo que pode ser controlado por elas. Essa é a essência do vitimismo ou da vitimização, um comportamento nocivo que precisa ser evitado. Quer saber mais sobre ele? Então, continue a leitura a seguir!

O que é o vitimismo ou vitimização?

Sabe aquela pessoa que culpa a tudo e a todos pelos seus fracassos? Bem, podemos dizer que, entre os seus problemas, também figura o que chamamos de vitimização. Esta, por sua vez, é o ato de sempre colocar-se na posição de vítima das situações e das pessoas, e nunca como alguém responsável por aquilo que acontece na sua vida.

Esse comportamento é muito negativo, pois o indivíduo que se vitimiza assume uma postura de “coitadinho”, reverbera pensamentos a ações negativas e jamais assume os seus erros e pontos de melhoria. Também é ruim porque, em vez de ver oportunidades nas dificuldades, ele enxerga o copo sempre meio vazio e tende a culpar repetidamente os outros pelo que de adverso lhe acontece, sejam em âmbito pessoal, seja em âmbito profissional.

Como reflexo disso, a pessoa que se considera “vítima” não consegue construir relacionamentos positivos em nenhuma área da vida, uma vez que, mesmo nas situações em que está errada, tende a querer inverter a situação e culpar os outros pelas suas falhas, problemas e dificuldades.

Essas atitudes nocivas denotam indivíduos carentes, com pouca inteligência emocional, baixa autoestima e que desejam, por meio do sentimento de pena, atrair o carinho e a atenção dos outros. Com certeza, essa é a pior forma que buscar amor.

Quais são as consequências dessa postura?

As consequências da vitimização são exatamente o oposto daquilo que a suposta “vítima” deseja. Por meio das suas constantes queixas, ela não consegue atrair a simpatia real de quem estiver ao seu redor, mas sim o afastamento, a descrença e os conflitos.

Além disso, se uma pessoa se coloca sempre na posição de vítima, ela se torna passiva diante da vida. Isso quer dizer que ela sucumbe às dificuldades sem tentar superá-las, uma vez que, na visão dela, ela é um indivíduo sem poder e que nada pode fazer, sendo apenas uma vítima das circunstâncias. Isso naturalmente traz problemas para todas as áreas da vida, impedindo a pessoa de alcançar os seus objetivos.

Conforme citamos, a vida realmente apresenta determinadas situações que não dependem de nós e que não estão sob o nosso controle. Entretanto, adquirir essa consciência é diferente de acreditar que nada pode ser feito em hipótese alguma. Como diz uma prece popular, precisamos de serenidade para aceitar as coisas que não podemos modificar, coragem para modificar aquelas que podemos e sabedoria para distinguir umas das outras.

Quais são os sinais e efeitos da vitimização?

Quando a pessoa sofre de vitimização, de maneira alguma consegue compreender que ela e, não os outros, é a protagonista de sua história e, como tal, que também é a responsável por tudo (ou quase tudo) que de bom ou ruim acontece na sua vida. Ter essa consciência é essencial para vencermos os nossos medos e crenças limitantes, identificar e eliminar as nossas dificuldades e aprender e crescer com os nossos erros e falhas, afinal, não somos perfeitos.

Em uma conversa com o parceiro ou parceira, por exemplo, a pessoa que se vitimiza sempre tenta reverter a situação, trazendo o sentimento de pena para a conversa e jamais assumindo as responsabilidades pelas suas atitudes negativas. No trabalho, quando algo sai errado, também já trata de dizer “a culpa é de fulano, da empresa, do trânsito, do colega, do líder, mas não minha”.

Por isso, entre os sinais da vitimização destacamos a distorção da realidade (sempre para pior), o não reconhecimento dos seus defeitos e imperfeições e a atribuição dos problemas pessoais e profissionais a terceiros, ou seja, a culpabilização dos outros e do mundo pelas suas infelicidades, dificuldades e fracassos.

Para evitar que esses comportamentos acabem prejudicando ainda mais a sua vida e os seus resultados, é importante que a pessoa que se faz de “vítima” busque identificar as origens da sua vitimização e entender de fato por que ela pensa e age dessa maneira tão negativa. O coaching e a psicoterapia são as melhores recomendações nesses casos.

Como o coaching pode ajudar no combate à vitimização?

É importante ressaltar que, muitas vezes, a situação de vitimização é sinal de problemas na infância, da falta de autoconfiança da pessoa ou de um movimento de fuga da realidade, pois reconhecer as suas limitações e imperfeições causa ainda mais sofrimento àquele que se vitima.

Para eliminar o problema, é importante que a pessoa reconheça que realmente precisa de ajuda especializada, que perceba os prejuízos que o problema lhe traz e, especialmente, que esteja aberta a mudar as crenças e os comportamentos negativos que a acompanham diariamente.

Uma boa dica para promover essas mudanças é o processo de coaching, que; por meio das suas técnicas, métodos e ferramentas; pode ajudar no processo de autoconhecimento do indivíduo e na identificação das origens dos seus problemas. Também ajuda a trabalhar na eliminação dos seus efeitos, ou seja, das atitudes ruins que prejudicam a sua vida e a fazem colocar-se na posição de vítima sempre.

Gostou deste conteúdo? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!