Quando falamos em cura e nos abrimos a vivenciar estas experiências de perdão e autoperdão começamos a perceber como uma nova reprogramação mental, com ressignificação, compreensão e perdão começa a dar a medida de diversas curas que os indivíduos muitas vezes nem esperavam encontrar. O itinerário desse processo de cura através de um trabalho de reprogramação mental tem muitas nuances, mas pode ser resumido na trajetória aparentemente tola, mas que é marcante e muitas vezes inquestionável. Trata-se da sequência que vai de ponta a outra, entre os pensamentos que e o destino que damos às nossas vidas.
Um velho adágio, atribuído a inúmeras pessoas, mas que já pertence ao domínio público, diz que devemos tomar cuidado com nossos pensamentos, pois são eles que acabam gerando nossas palavras. E palavras sempre motivam ações. Já elas, as ações, devem também ser objeto de atenção porque são a origem de nossos hábitos. Os hábitos, por sua vez, formam uma personalidade. E dessa personalidade que deve sair o nosso destino. O resumo da ópera é claro e sonoro: nós nos tornamos aquilo em que pensamos!
Esse roteiro é sem dúvida uma síntese poderosa de como os elementos aparentemente pequenos são determinantes para o curso de nossas vidas. A cura que buscamos – ou os problemas dos quais corremos – são também oriundos de formas de programação mental que muitas vezes surgem inadvertidamente, sem que os portadores dessas programações se deem conta da sua existência.
Pessoas negativas tendem a ter resultado negativos. A troca de energia entre as pessoas existe e é também em razão disso que ambientes ou pessoas negativamente carregadas são capazes de transformar uma atmosfera antes neutra. Quem nunca teve um breve encontro com uma pessoal desagradável e que em razão disso viu todo o astral do seu dia ir por água abaixo? Ou quem nunca recebeu uma injeção de ânimo momentânea e a partir daí passou a enxergar tudo com outros olhos?
A boa notícia é que pessoas ou ocasiões com um astral que nos coloca para o alto são também transformadoras. Aqueles conhecidos que são os referenciais de alegria, exalando felicidade a todos, não por acaso são as pessoas de quem todos queremos estar por perto. Da mesma forma, há muito tempo a ciência já provou que o fenômeno da somatização é real e incide sobre todos. Trata-se simplesmente da ação de transformar questões emocionais em problemas físicos.
Quando pensamos e projetamos determinados acontecimentos ou possibilidades, eles não só determinam a maneira como enxergamos o mundo, como também influenciam diretamente a forma pela qual nosso corpo reage. Toda esta resposta imunológica humana está de, algum modo, ligada à mente, e os reflexos do que nela acontece são sentidos tanto no tempo de tratamento quanto na cura ou agravamento de algum mal.
Cura, Felicidade e Programação Mental
Posturas positivas, com a programação mental de quem quer e acredita que pode ser curado, desencadeiam um turbilhão de alterações inclusive de natureza física que nos predispõe à condição desejada. Uma enxurrada de hormônios, toxinas e substâncias podem ser despejados na corrente sanguínea de um indivíduo quando seu comportamento é assertivo e determinado a perseguir sua cura com afinco.
Centenas de estudos já foram unânimes em provar que uma atmosfera feliz predispõe à cura muitas vezes em igual medida ao consumo dos medicamentos recomendados. E estão aí os infindáveis exemplos bem – sucedidos das “terapias do riso” em geral para provar que quando se afirma que rir é o melhor remédio não se está apenas repetindo um ditado.
Quadros clínicos inteiros podem ser alterados se o paciente assumir uma postura de quem escolhe assumir uma programação mental que o aproxima da cura. Na mesma direção, a psicologia e a psicanálise entendem que o perdão e o autoperdão são passos tão importantes como fundamentais na superação de traumas e problemas psicológicos diversos. Somos o produto direto de nossas crenças e por mais que isso seja perturbador para alguns, nos darmos logo conta disso e programarmos a nossa mente para a cura permanente é o que de melhor podemos fazer para nós mesmos.
Entenda, no fim das contas, que experiências negativas acontecem com todos e a todo instante. Mas o que vai de fato pesar para que um evento possa mesmo ser caracterizado como negativo é o sentido que vamos lhe emprestar.
Lembre-se de se lembrar de nunca se esquecer que é você quem rotula suas lembranças e só pode ser você, portanto, quem por último determina em qual compartimento elas serão guardadas, se na vala comum das memórias negativas ou se mosaico do qual sempre se pode extrair coisas boas. A essência dessa programação mental que nos cura é exatamente aquela que vem nos dizer que a vida é dinâmica e que assim como não há mal que dure para sempre, também não pode haver algo de bom de que não possa ser replicado ou melhorado.