Para o Coaching, a frase “sou filho, logo existo!”, significa libertar as amarras das crenças limitantes e passar a acreditar que é possível amar e ser amado. Da mesma maneira que se você se sentir desconfortável onde está, é preciso investigar, pois aí deve estar um sinal interior de que você precisa buscar seu próprio lugar no mundo e não apenas se deslocar.
Assim, seu sentimento de pertencimento a um “lugar” na esfera física ou emocional será infinito, pelo simples fato de ser um desejo interno seu estar ali e não porque se sente pressionado por algo ou alguém.
Quando existe a dificuldade de buscar seu “lugar ao sol”, de sentir que pertence, uma alternativa é buscar uma terapia não convencional, voltada para resultados imediatos, chamada “Constelação Familiar”. A constelação sistêmica familiar é um método psicoterapêutico desenvolvido por Bert Hellinger, que trabalha os mecanismos inconscientes do comportamento que influenciam escolhas e ações de um indivíduo em seu cotidiano, ampliando sua percepção de existência e pertencimento.
Objetivos da Constelação Familiar
O objetivo deste método terapêutico é compreender como determinado acontecimento familiar interfere no senso de identidade, propósito e modo de viver do indivíduo. O foco é sempre estabelecer um campo de relacionamentos saudável, a partir da ressignificação, alinhamento energético e equilíbrio do sistema familiar ao qual a pessoa pertence.
Esta abordagem será benéfica, pois dará a você um sentimento de liberdade, e isso permitirá assumir a própria identidade; melhorará significativamente a relação com você mesmo e suas conexões; você identificará e será possível eliminar crenças e emoções desnecessárias e improdutivas; terá senso de pertencimento pessoal com o sistema familiar; vivenciará relações familiares fluidas baseadas em amor, respeito e liberdade.
Em sessões de Coaching, podemos iniciar o procedimento da constelação familiar solicitando ao coachee que apresente um tema que lhe é sensível e que diz respeito à sua vida familiar. Em seguida, o coachee é estimulado a relatar diversos eventos factuais marcantes para aquela família, tais como episódios de casamentos, mortes precoces, doenças graves, além de todos os eventuais acontecimentos que o tenham marcado.
A partir desse conjunto de informações é proposto que o coachee escolha membros da família para representar outros personagens do núcleo familiar, inclusive ele mesmo. Com essa caracterização o coach entende como são vistas e interpretadas as relações e os papéis segundo a ótica do seu cliente. A teia de relações e posições construída pelo coachee dá as pistas dos problemas que mais tensionam aquele ambiente familiar, podendo, aí sim, pensar em estratégias para lidar com tais questões.
O objetivo de rastrear as situações de diferentes estrelas dessa constelação, como o próprio nome da terapia sugere, é pensar em quadros em que todos os membros do grupo se sintam inteiramente confortáveis e seguros naquele nicho familiar. Com base em profundas técnicas terapêuticas, a constelação familiar, aditivada pelo Coaching, tende a fazer com que não apenas os coachees, mas todas as estrelas daquele firmamento específico voltem a brilhar intensamente, sem que os problemas ali antes existentes se tornem empecilhos de fato.
Na prática, como se “constela”? Como seria isso numa sessão de Coaching?
No contexto da evolução constante para o alcance de uma vida plena, a constelação familiar, quando aliada ao Coaching, maximiza significativamente os resultados do desenvolvimento pessoal. Isso porque um dos principais objetivos do Coaching é gerar o autoconhecimento no indivíduo para que ele consiga compreender de forma clara os comportamentos e atitudes que o levarão a conquistar o estado almejado.
Visando um processo de autodesenvolvimento ainda mais efetivo, a constelação ajuda o indivíduo a compreender as origens de seus comportamentos e quais deles são favoráveis ou são prejudiciais nesse processo evolutivo. Ainda caminhando no processo evolutivo, o sétimo nível das necessidades básicas do ser humano e sua expansão estão ligados a sentimentos como: compaixão, empatia e simpatia, e todas as virtudes que nos foram ensinadas.
Desta forma, tais sentimentos e virtudes só podem ser alcançados uma vez que estamos verdadeiramente satisfazendo todas as nossas outras necessidades. Na sublimação, estamos em contato com a consciência universal, uma conexão universal entre cada um de nós e com a terra na qual vivemos, sentimos que realmente existe uma fraternidade universal: “sou filho, logo existo!” A partir do momento em que satisfazemos nossas necessidades básicas de saber lidar com o outro, sentimos uma gratificação imediata, mas que é efêmera, e processada no nível consciente.
Quando passamos para o atendimento de necessidades superiores nós lidamos com a plenitude, uma sensação duradoura de gratidão, pois é processada e absorvida pelo self 2. Podemos concluir que a felicidade vem da satisfação dessas necessidades de ordem superior. Fruir a estética das artes, ou simplesmente admirar a beleza das coisas ao nosso redor, aprender é entender os mecanismos do mundo, da tecnologia, os mistérios das ciências os diversos modos de vida, são algumas dessas coisas que realmente nos satisfazem como humanos.
É isso que ganhamos ao olhar para essa hierarquia das necessidades e usando-as para o nosso benefício e dos outros. Podemos, ao exemplo de Maslow, entender melhor as pessoas através de suas necessidades, suspendendo todo tipo de julgamento, mesmo em situações nas quais valores morais e sociais estão em jogo. Isso nos ajuda a compreender melhor o comportamento das pessoas, sobretudo, quando se trata de situações em que a maioria condenaria o indivíduo.
“Sou filho, logo existo!” é um convite, um chamado à aventura de viver uma nova realidade, passar para uma nova fase no modo como você ama, respeita, honra e compreende sua história e a história de sua família.