Você se considera um sobrevivente ou um vivente? Se por acaso você não souber a diferença entre ambos, nós te explicamos.

Sobreviver, de acordo com o dicionário, quer dizer permanecer com vida após tormentas, dificuldades ou quaisquer outros problemas. É a arte de passar pelas mais diversas adversidades e abalos e continuar existindo, seguindo em frente.

Sobreviver nos torna mais fortes, mais preparados e mais sábios, pois qualquer que tenha sido as dificuldades pelas quais nós passamos, o que importa é o que aprendemos com cada uma delas.

Sobrevivente, dessa forma, será aquele que passar por percalços, que sentir ondas contrárias em mares agitados, mas que, mesmo assim, conseguir continuar lutando contra a maré por saber que há sempre um motivo, uma resposta e um entendimento a ser tirado de todas as situações.

Mas, se o sobrevivente é aquele que tira o melhor proveito de todas as situações, até das situações mais adversas, o que é o vivente?

Podemos dizer que o vivente é um passo além, um estágio mais avançado na forma como compreende a existência. Todos nós somos sobreviventes, pois podemos dizer passamos por adversidades, aqui não colocamos grau nem fazendo um ranking de problemas, pois cada um sabe o que lhe dói, e seguimos em frente, continuamos na luta.

Você mesmo pode listar em sua cabeça os momentos em que achava que iria desistir, em que se viu diante de encruzilhadas ou indecisões. Apostamos até mesmo que você consegue colocá-los no papel. Isso é comum para todos os Seres Humanos desde o instante em que começamos a nos perceber como ser.

E é mais comum ainda que nos deixemos abater por esses acontecimentos. Nesses momentos, podem prevalecer as incertezas, as dúvidas sobre si mesmo, os ressentimentos, dores de lembranças ainda não curadas, dores de futuros ainda não realizados. Tudo vem à tona, como se um vulcão entrasse em erupção ao menor movimento da Terra.

Porém, viventes só podem ser chamados aqueles que conseguiram transcender do momento de dificuldade e reiniciar a vida, sem deixar que os sentimentos negativos se apossasse, mantendo a esperança e a alegria sempre vivos.

Para essas pessoas, viver é ver o mundo com os olhos de uma criança, que vê o mundo como um lugar mágico, desconhecido, inexplorado, sem rumo, mas, mesmo assim, cheio de coisas a seres desvendadas.

A confiança e a espiritualidade são constantes em uma vida marcada por emoções e nenhuma expectativa. Quando criamos esperamos por algo, geralmente nos frustramos, pois nem sempre vem da forma como desejávamos. O vivente se lança ao escuro como um paraquedista, tentando aproveitar cada segundo da sua existência.

Afinal, a vida é o comandante de tudo, só precisamos nos entregar, soltar daquilo que ainda nos prende e deixa-la fluir.

Mas se enganam os apressados ou imediatistas. A vida tem seu tempo e seu espaço, precisamos deixa-la realizar o trabalho. Como apressar um rio ou fazer a Terra girar mais rápido, a vida tem seu tempo e sua forma de fluir.

A partir do momento em que transcendemos e nos tornamos viventes, nos sentimos abertos a todas as possibilidades, livres e feliz com nossas escolhas e com a percepção de quem somos. Sentimos a paz, a tranquilidade e deixamos o relógio caminhar conforme seus próprios passos, sem preocupações ou agitação.

O vivente entende cada percalço como um desafio transponível, cada segundo de existência como momento para ser desfrutado de corpo, coração e alma. Sua compreensão vai além da experiência terrena, corresponde a algo muito maior, ao entendimento de que estamos conectados com todo o Universo.

Essa expansão da consciência faz com que o vivente se sinta nos braços da vida como uma mãe carrega o seu bebê, se deixando embalar por canções e pelos balanços do ninar. Se entrega, observando cada paisagem, sentindo cada toque, ouvindo cada som, percebendo cada movimento.

A vida se torna inédita e inesperada a todo instante. Ela se transforma em todo o seu potencial, oferecendo uma Abundância em oportunidades e possibilidades.

Retomando a pergunta feita no início, será que você está no caminho da sobrevivência ou da vivência? O que te faz crer que está em um dos caminhos? O que está fazendo para transcender e vivenciar mais, deixar de sobreviver apenas?

 

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