Treinamento não é única e, muitas vezes, nem a melhor forma de gerar conhecimento em uma empresa, mas vale o exemplo: quem, coach, consultor ou gerente de RH, nunca ouviu a frase “esse treinamento custa muito caro.” Custa… Custar x valer…

Não obstante, quando uma empresa se vê em crise a primeira área a sofrer corte é a de treinamento. Afinal, esse gasto “não faz diferença no resultado da empresa”, acreditam alguns. De fato, a não ser que uma empresa atue diretamente com geração de conhecimento, como uma editora ou uma empresa de tecnologia, as demais áreas tendem a ver treinamentos e plataformas de gestão do conhecimento como despesas.

Esse olhar desfavorece a construção do capital intelectual da organização colocando-a na contramão do processo de crescimento. Uma despesa é um gasto que, embora seja necessário, não é diretamente revertido em retorno financeiro, por exemplo, compras de materiais de escritório, limpeza, etc. Um investimento, por sua vez, é um gasto que será diretamente revertido em uma vantagem competitiva, seja ela um retorno financeiro, uma melhoria de performance ou a redução de algum custo.

Dessa forma, fica difícil entender a cabeça de quem vê conhecimento como um custo desnecessário e supérfluo. Veja bem: todo conhecimento que uma empresa consegue agregar impacta diretamente em sua performance. Um bom exemplo é o momento em que uma empresa está contratando alguém. Muitas vezes o RH busca um profissional já com uma boa descrição do cargo e a previsão do salário.

Ocorre que muitas vezes o RH se depara com a grata surpresa de um profissional que tem um holl de conhecimentos bastante maior que a vaga exige. Esse profissional, talvez, conte com uma experiência internacional, já desenvolveu projetos bem sucedidos ou simplesmente tem uma formação acadêmica maior que o esperado. Contudo, ele não aceita a vaga pelo salário que está sendo ofertado.

O que a empresa faz: aceita negociar o salário pelo plus de conhecimentos do candidato ou simplesmente dispensa e busca um perfil dentro do esperado? Não vamos julgar nenhuma empresa. Pode ser que o candidato esteja realmente fora do perfil e os diretores achem melhor buscar alguém dentro do que se pede.

Porém, quanto custaria para a empresa investir em um colaborador para acumular um conhecimento equiparado ao do candidato dispensado? Um outro exemplo é o custo de plataformas de gerenciamento do conhecimento. Há uma série de softwares no mercado que fazem o papel de arquivo e compartilhamento de produção dentro de uma empresa.

Essas tecnologias são caras, tanto para serem adquiridas quanto para serem desenvolvidas. Muitas empresas acham que o gasto não vale a pena. Mas: quanto custa para a empresa o retrabalho na produção de conteúdos e os problemas de informação? Conhecimento é um capital.

Capital é algo valoroso. Um Bussiness coach precisa conhecer diversos sistemas de gestão do conhecimento para orientar suas empresas clientes às melhores práticas de formação de seus colaboradores e disponibilização de material informativo e formativo. Talvez, esse seja exatamente o gargalo que a empresa não conseguiu identificar.

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