Podemos descobrir o nosso propósito trilhando três caminhos distintos. O primeiro é por meio de uma investigação da vida. Leve sua mente para viajar por toda sua história, por tudo aquilo que te fascina e te faz feliz e, até mesmo, por aquilo que você não gosta tanto. Assim que fizer isso, monte uma lista com tudo o que faz seus olhos brilharem. Mesmo aquilo que parece ser apenas um hobby ou uma bobagem, que parece não gerar renda o suficiente e talvez seja sua última escolha como carreira. Por fim, dentro da lista, encontre o ponto em que você realmente tem as habilidades e conhecimentos necessários para fazer a diferença.
Encontre o lugar em que você se torna uma pessoa realmente especial, através do qual você pode deixar sua marca e ser reconhecido. Faça dela seu verdadeiro propósito, invista tempo, esforço e trabalho para que seu propósito saia do plano da imaginação. Mas… se a você parece muito mecânico e artificial, podem surgir perguntas como: “É possível construir um propósito? Podemos planejar um propósito como planejamos as atividades do mês? É possível decidir por um caminho racionalmente?”. Há na História pessoas que deixaram sua marca com um trabalho em nível mundial, como Nelson Mandela, Martin Luther King Jr. e Rosa Parks.
O propósito de vida dessas pessoas impactou de forma definitiva a vida de milhões de pessoas e o destino de nações. Será que esses propósitos de vida foram “escolhidos” ou “decididos” racionalmente? Todos esses defensores dos Direitos Humanos partiram de um estado de desconexão e expandiram para um estado de conexão. Quando eles atingiram esse estado expandido de conexão, o propósito lhes foi revelado. Revelação, inclusive, é um nome talvez não muito adequado, mas diz respeito a algo que não foi racionalmente entendido, a uma verdade que veio à tona de modo não cognitivo, que partiu de conteúdos não conscientes por nós.
A jornada só se torna possível quando paramos de centrar nossa preocupação em nós mesmos e nos expandimos para um estado de conexão. Essa conexão de que falo é sinônimo de gratidão, compaixão, inclusão e sensibilidade. A conexão é gratidão quando compreendemos e temos plena consciência de que carregamos toda a história humana dentro de nós, de que somos o fruto da relação de inúmeras formas de vida, tanto de pessoas que conhecemos e das quais carregamos os genes, quanto de pessoas que nunca teremos a chance de conhecer. A conexão é também compaixão, pois é perceber como estamos ligados à energia universal, a toda prosperidade e abundância que existem e que devemos olhar para além do nosso próprio eu, para além do ego, para conseguirmos deixar a alma fluir em consonância com a Divindade.
A conexão é inclusão quando aceitamos que não há bem-estar sem que todos tenhamos uma boa qualidade de vida. Dessa forma, o nosso bem-estar é tão importante quanto o bem-estar do outro, seja esse outro a nossa mãe, nosso irmão, nosso companheiro(a), um colega de trabalho ou um desconhecido. A conexão é, por fim, sensibilidade, pois conseguimos perceber, sentir e vivenciar o sentimento do outro, negativo ou positivo, e conseguimos responder com amor e generosidade.
Ao nos encontrarmos com o verdadeiro propósito, vivenciamos a real beleza da existência. E tudo isso é vivido de dentro para fora, como se algo despertasse no nosso interior ímpetos criativos, ideias, dons artísticos, amor, sentimentos puros, em direção à expansão infinita do interior para o exterior.
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