Meditar é acessar os recantos mais íntimos de nosso “eu interior”. A prática nos convida a um mergulho interno, deixando de lado momentaneamente as preocupações externas. Ela promove diversos benefícios, como a redução do estresse, o equilíbrio emocional e o autoconhecimento.

Como se já não fossem muitos os benefícios da prática meditativa, ela também nos ajuda a perdoar aqueles que nos ofenderam por algum motivo, bem como perdoar a nós mesmos quando cometemos um erro. Neste artigo, você compreenderá melhor a importância de perdoar e a relação entre o perdão e a meditação.

Por que é importante perdoar o outro?

Cada indivíduo é único. As pessoas possuem histórias de vida e experiências acumuladas que as tornam únicas e, naturalmente, diferentes entre si. Muitas vezes, as diferenças produzem conflitos – o que é mais do que natural na experiência humana. No entanto, é importante compreender que diferente não significa nem melhor nem pior.

O que na visão de uma pessoa é um erro, na de outra pode não ser. O fato é que o erro faz parte da vida de todas as pessoas que já passaram pela face da Terra. Como a perfeição não existe, não faz sentido que alguém se sinta numa posição de superioridade a ponto de não perdoar alguém.

É claro que perdoar não é o mesmo que esquecer. No entanto, o gesto do perdão revela que a pessoa que foi ofendida está disposta a seguir em frente e deixar esse erro no passado, sem mágoas e ressentimentos.

Isso é ótimo para as duas partes envolvidas: o ofensor obtém absolvição e consegue também dar continuidade a sua vida livre de culpa, enquanto a pessoa ofendida se livra do rancor e também consegue mais paz interior. É claro que o perdão não necessariamente implica em retomar uma amizade, por exemplo, mas ele significa que o assunto está resolvido e faz parte de um passado que não merece ser revisitado.

Por que é importante perdoar a si mesmo?

Quando não perdoamos àqueles que erram conosco, não estamos apenas prejudicando essas pessoas, que não se livram da culpa. Nós também continuamos a alimentar a energia negativa do ódio, da raiva, da mágoa e da tristeza – fatores que nos adoecem, nos impedindo de alcançar a paz e a felicidade.

No entanto, não é apenas o outro que comete erros. Nós também cometemos muitos erros ao longo da vida, que afetam a nós mesmos e àqueles que convivem conosco. Da mesma maneira que perdoamos aos outros, também precisamos perdoar a nós mesmos.

É preciso compreender que todo mundo erra e que errar faz parte da experiência humana. Aliás, é diante do erro e do arrependimento que vêm as maiores lições da vida, que tanto nos auxiliam a fazer melhor futuramente.

Compreendendo o erro como processo natural, é preciso que nós perdoemos a nós mesmos, mesmo que não obtenhamos o perdão das pessoas afetadas por nossos atos. Nós temos o direito e o dever de seguir em frente. Quando negamos o perdão a nós mesmos, deixamos que nossos erros nos definam e passamos a acreditar que não merecemos a felicidade, o que não é verdade.

Portanto, perdoe a si mesmo, deixe os erros no passado e siga em frente com todos os aprendizados que conseguir extrair. Você é humano e tem o direito de errar e a oportunidade de aprender. Perdoar a si mesmo é um gesto de amor-próprio, equilíbrio emocional e resiliência. Siga em frente.

Como a meditação favorece o perdão?

A meditação é uma prática em que a pessoa se senta num lugar calmo e tranquilo e canaliza seus pensamentos para um único foco: seu corpo, sua respiração, um mantra, uma visualização mental, uma música etc.

Essa prática, quando realizada com frequência, favorece a concentração, a produtividade, a clareza de pensamentos, a capacidade de tomar decisões e o equilíbrio mental. Além disso, ela pode auxiliar as pessoas no processo de perdoar ao outro ou a si mesmas. Há 4 motivos pelos quais isso ocorre:

  1. Autoconhecimento

Durante a prática meditativa, o indivíduo encontra-se sozinho com seus pensamentos e sentimentos. A ideia da meditação não é analisá-los profundamente, mas apenas observá-los, sem apegar-se. Essa observação permite que identifiquemos nossos padrões mentais. Dessa forma, as pessoas conseguem conhecer melhor a si mesmas, tanto em seus pontos fortes quanto naqueles que ainda precisam ser desenvolvidos.

Naturalmente, isso nos conduz a uma postura de mais humildade, que permite que reconheçamos e nos arrependamos de nossos erros. Da mesma maneira, percebemos que o outro também tem o direito de errar e que, por este motivo, todos merecem o perdão – nós mesmos e também aqueles que nos ofenderam.

  1. Equilíbrio emocional

A meditação permite que as pessoas dediquem um tempo de qualidade exclusivamente para elas. A prática reduz os sintomas de depressão, estresse e ansiedade, tornando as pessoas mais calmas, relaxadas e tranquilas.

Nesse estado de espírito mais sereno, fica mais fácil ser racional e não agir impulsivamente, no calor das emoções. Isso favorece a capacidade de identificar os próprios erros, de pedir perdão e também de perdoar.

  1. Autorresponsabilidade

Outro aspecto muito importante da meditação é a autorresponsabilidade. Essa palavra significa assumir a responsabilidade sobre seus próprios atos e consequências. Dessa maneira, cada pessoa torna-se protagonista de sua própria história, e não uma vítima constante das circunstâncias.

Assim, admitimos que  nós também erramos, o que nos torna mais propensos a perdoar a nós mesmos e aos outros que tiveram alguma atitude que nos causou desagrado.

  1. Resiliência

Por fim, a prática meditativa nos confere mais resiliência, que é a nossa capacidade de superar as adversidades e seguir em frente. Essa qualidade põe fim a todos os remorsos, mágoas e rancores que acumulamos pela vida.

Uma pessoa resiliente entende que os momentos difíceis e os erros fazem parte da vida, mas eles não são eternos. Um novo dia nasce, um novo capítulo da história da vida surge, e todos nós temos novas oportunidades para fazer mais e melhor.

Dica especial: Ho’oponopono

Você sabia que existe uma prática meditativa especializada no perdão? Ela se chama Ho’oponopono e é uma antiga tradição havaiana. Bastante simples e sem qualquer vínculo religioso, o Ho’oponopono consiste apenas em sentar-se, fechar os olhos e entrar em estado meditativo, mentalizando as 4 frases a seguir:

  1. “Sinto muito”;
  2. “Me perdoe”;
  3. “Eu te amo”;
  4. “Sou grato”.

Essas frases podem ser apenas mentalizadas ou mesmo repetidas em voz alta, quantas vezes a pessoa considerar necessárias. Por meio delas, a pessoa reconhece seus erros, pede perdão, perdoa a si mesmo e aos outros, extrai aprendizados, abre-se a energias mais positivas e manifesta gratidão por tudo o que aprendeu.

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Faça da meditação um hábito diário. Não é preciso conduzir longas práticas. 5 minutinhos por dia já produzem bons resultados para quem estiver começando. Só é preciso começar!

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