Um processo seletivo é normalmente constituído por diferentes etapas, que geralmente são: análise de currículo, entrevistas e dinâmicas de grupo em alguns casos. Esse processo é um momento delicado, afinal de contas, o indivíduo precisa falar de si mesmo de uma maneira convincente.
É complicado falar em dicas para ser bem-sucedido num processo seletivo, pois as empresas, as vagas e os selecionadores podem exigir aspectos muito específicos dos candidatos. Uma vaga pode ser perfeita para pessoas tímidas, enquanto esse traço pode ser considerado indesejado em outro processo.
Portanto, as 7 dicas que você lerá a seguir são algumas recomendações mais gerais, mas não se esqueça de analisar bem o seu contexto particular, OK? Boa leitura!
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1. Seja você mesmo
Ao longo da entrevista, não queira parecer alguém que você não seja de fato. Essa postura falsa não poderá ser mantida em seu dia a dia de trabalho. Além disso, se você diz que é uma pessoa extremamente criativa, por exemplo, precisará comprovar o que diz com exemplos de situações práticas em sua carreira.
Se você não souber o que responder nessas horas, saiba que o recrutador começará a desconfiar das informações que você diz, o que é péssimo para o andamento da sua avaliação.
A dica, portanto, é ser você mesmo. Toda pessoa tem as suas forças e as suas limitações. É claro que, numa entrevista de emprego, tendemos a falar e a demonstrar nossos pontos mais frágeis o mínimo possível. Contudo, lembre-se de que aquilo que você considera frágil pode ser exatamente o atributo que a organização procura.
2. Ganhe experiência
Muitas pessoas afirmam que se sentem intimidadas ao longo dos processos seletivos. De fato, ficar frente a frente com alguém que você nunca viu na vida, que não para de fazer perguntas a seu respeito e que pode decidir o seu futuro, pode ser algo bem desconfortável.
Contudo, não tem jeito: a única maneira de superar os medos e desconfortos dos processos seletivos é participando deles. Assim, você ganhará experiência, aprenderá a administrar as suas emoções e terá noção do tipo de pergunta que geralmente é feito. É o que a psicologia chama de dessensibilização — quando alguém se expõe gradativamente àquilo que lhe provoca medo, esse medo tende a diminuir, também gradativamente.
É aquela clássica ideia de que “o ‘não’ você já tem”, portanto, não há como você sair de uma entrevista de emprego pior do que entrou. Na pior das hipóteses, você continua onde estava, mas com mais experiência para as próximas tentativas.
3. Administre as suas emoções
Por falar em intimidação e em psicologia, é importante que o candidato desenvolva meios de administrar adequadamente as suas emoções. Em geral, o que se sente nesses processos é o desconforto de conversar cobre si mesmo com um desconhecido, além da ansiedade de querer ter um bom desempenho.
Para que você se sinta mais seguro, a saída, conforme citamos, é se expor e fazer mais e mais entrevistas para ganhar experiência e confiança. Além disso, também é necessário investir numa boa preparação, conforme você conferirá nas dicas a seguir. Para os ansiosos de plantão, a meditação diária e a respiração diafragmática são técnicas que oferecem benefícios, pois ajudam a relaxar e a promover mais concentração.
Para quem tem baixa autoconfiança, lembre-se de que, assim como você, os outros candidatos estão igualmente nervosos, mesmo que alguns não aparentem. Além disso, não é porque alguém tem mais experiências no currículo que será mais adequado àquela vaga do que você. Essa adequação só o recrutador conhece. Portanto, dê o seu melhor e mantenha a calma. Se não for dessa vez, saiba que o mundo tem milhões de empresas, e novas oportunidades não faltarão.
4. Revise o seu currículo
Como citamos, a preparação para os processos seletivos é algo muito importante. Lembre-se de que o seu currículo e o seu portfólio (como exigido em algumas vagas) são os seus principais documentos nesse processo. Assim, verifique se eles estão atualizados antes de enviá-los às instituições.
Ao se preparar para uma entrevista, releia o seu currículo e relembre as suas experiências profissionais. Lembre-se também da sua formação, dos cursos que realizou e de todas as competências técnicas que você conseguiu desenvolver ao longo do tempo.
Esse resgate da sua memória é extremamente útil na entrevista. Os recrutadores gostam de saber quais são os seus principais conhecimentos e em quais momentos você os utilizou para beneficiar as empresas onde já trabalhou. Lembre-se desses pontos altos da sua carreira. Isso vai ajudar você no processo.
5. Revise as suas soft skills
Além de perguntar sobre a sua carreira e sobre as suas competências técnicas, isto é, sobre os conhecimentos específicos em sua profissão, o recrutador também deseja saber sobre as suas soft skills, ou seja, sobre as suas competências comportamentais.
Quer alguns exemplos de soft skills? Aqui estão eles: planejamento estratégico, análise de informações, organização, criatividade, disciplina, persistência, resiliência, paciência, bom relacionamento interpessoal, espírito de liderança, clareza de comunicação, poder de decisão, administração do tempo, capacidade de trabalhar sob pressão, flexibilidade, pontualidade, inovação, negociação e gestão de conflitos.
Essas são apenas algumas das soft skills, aquelas que não escrevemos no currículo, mas que o empregador deseja saber. Reflita sobre aquelas que mais se destacam em seu jeito de ser e pense também em situações em que essas habilidades foram úteis em sua vida.
6. Pesquise sobre a empresa e sobre o cargo em questão
“O que você sabe sobre a empresa X e por que você deseja trabalhar aqui?” é uma pergunta clássica em processos seletivos. O mínimo que um candidato competente deve fazer antes de participar de uma entrevista é conhecer a empresa onde pretende trabalhar — a sua história, a sua missão, os seus valores, os seus produtos e os seus serviços principais.
A partir desse conhecimento, o candidato precisa saber dizer ao recrutador de que maneira ele pode ser útil naquela organização. Para responder a isso, ele precisa analisar as características exigidas do cargo, bem como as principais atividades que o profissional vai desempenhar naquela vaga.
A empresa está interessada em saber se aquilo que o candidato tem a oferecer é compatível com as características da organização e com as características da vaga. Portanto, estude bem esses dois aspectos e saiba o que dizer na hora de relacionar as suas competências com as expectativas do selecionador. Mais uma vez, seja sincero. Não finja ser quem não é apenas para agradar. Isso pode colocar você num emprego que não o fará verdadeiramente feliz.
7. Reflita sobre as perguntas mais frequentes
Por fim, lembre-se das perguntas mais clássicas dos processos seletivos. Abaixo, você confere as que já citamos anteriormente, com mais algumas que costumam aparecer com frequência nas entrevistas:
- Por que você deseja trabalhar aqui?
- Quais são as suas forças e os seus pontos que ainda precisam de melhorias?
- Quais foram as suas maiores conquistas em sua vida pessoal e em sua vida profissional? Por que esses momentos foram significativos para você?
- Onde você deseja estar daqui a cinco ou dez anos?
Essas perguntas são clássicas, e você precisa saber o que responder. Reflita sobre elas com antecedência. Da mesma maneira, pense também nas dúvidas que você terá sobre a vaga e sobre a empresa. Ao fim da entrevista, tire as suas dúvidas, pois você tem esse direito.
Por fim, valem aquelas dicas de sempre: vista-se adequadamente, mantenha a higiene pessoal, fale com tom e velocidade adequados, não exagere nos elogios a si mesmo, só fale dos seus defeitos quando for solicitado, mantenha uma linguagem corporal mais formal e evite reclamar dos empregos anteriores.
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Imagem: Por nitsawan katerattanakul
