Em toda área profissional, as pessoas precisam tomar decisões sobre o que deve ser feito e sobre a melhor maneira de fazê-lo. Por este motivo, cada vez mais, o mercado de trabalho tem exigido das pessoas a competência profissional de saber fazer escolhas e de lidar com as consequências delas.
Hoje em dia, toda empresa lida com uma competitividade acirradíssima, de modo que qualquer escolha equivocada pode provocar grandes catástrofes. É nesse cenário de pressão que decisões importantes precisam ser tomadas, quase sempre sem muito tempo para ponderar.
Esse é um desafio profissional da nossa era, e cabe a cada um de nós administrar as emoções e aprender a decidir sob pressão. Se esse desafio é grande para você, continue a leitura deste artigo e confira algumas dicas sobre como tomar decisões mais eficazes.
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1. Analise os riscos
Em um processo de tomada de decisão, é preciso considerar as alternativas que existem. Cada uma delas apresenta os seus prós e os seus contras, de modo que tudo isso deve ser colocado na balança. Numa empresa, existem riscos de marca, financeiros, econômicos, tecnológicos, técnicos, operacionais etc. É fundamental pensar em todos os riscos possíveis e na sua probabilidade de ocorrência.
Geralmente, os cenários terrivelmente pessimistas são mais difíceis de acontecer. No entanto, há alguns cenários não tão graves com maior probabilidade de ocorrência. A dica é tentar se preparar para tudo o que for possível, mas focar naquilo que pode ocorrer com maior probabilidade.
Essa análise de riscos é importante para que os profissionais e as empresas possam desenvolver planos de contingência para solucionar crises. Também é muito útil na definição de ações estratégicas para preveni-las.
2. Planeje e antecipe cenários
Se você tem uma decisão difícil a ser tomada, elenque as alternativas que tem à sua disposição. Depois, selecione aquelas que têm maior probabilidade de ocorrer. É nesses cenários mais prováveis que você deve concentrar as suas ações — mas sem esquecer-se completamente dos outros.
Procure visualizar esses cenários selecionados com a maior riqueza de detalhes. Se você escolher a alternativa A, o que pode acontecer? Se você optar pela alternativa B, quais são as possíveis consequências? Qual dos cenários oferece riscos mais graves ou mais difíceis de serem solucionados?
Pode ser que a decisão seja exclusivamente sua. No entanto, se você tiver essa oportunidade, converse com as demais pessoas da sua equipe. Convoque uma reunião e exponha os prós e contras de cada cenário. Uma decisão em equipe, mesmo que não seja unânime, pode oferecer a você mais confiança e tranquilidade. Em assuntos específicos, também vale a pena consultar as pessoas com mais conhecimento no tema em questão.
3. Tome decisões com base em informações
Na hora de tomar decisões, evite o “eu acho que”. Os “achismos” do dia a dia até podem ser úteis em questões de menor importância, mas no trabalho sob pressão, precisamos de dados que sirvam de base para as nossas escolhas.
Numa campanha publicitária, por exemplo, que mexe com cifras de altíssimo valor, os profissionais envolvidos precisam justificar absolutamente tudo: o público ao qual a campanha se destina, a linha criativa adotada, o conceito da campanha, os títulos e textos, as imagens e cores, a tipografia, os meios e veículos da campanha, os locais em que ela será divulgada, enfim, absolutamente tudo.
As justificativas que usamos no processo de tomada de decisão no trabalho precisam ser baseadas em evidências, ou seja, em dados, informações, notícias, pesquisas, artigos acadêmicos, consultorias etc. Essa base também permite que decisões mais sábias sejam tomadas.
4. Estabeleça prioridades
Se, por um lado, as informações nos ajudam a tomar decisões, o excesso delas, por outro, pode ser prejudicial. Quando temos muitas informações a analisar, elas podem criar contradições entre si, que mais nos confundem do que clareiam o nosso pensamento.
Assim, quando você estiver analisando as informações para a sua tomada de decisão, reflita sobre elas: este dado é relevante para o meu problema? Este fator realmente precisa ser levado em consideração? Dessa forma, você conseguirá eliminar aspectos que não têm tanto peso na sua escolha, evitando a perda de tempo e de energia com questões menores.
Naturalmente, porém, essa capacidade depende da sua habilidade de conhecer bem o problema que tem pela frente e de definir prioridades quanto às questões que o envolvem. Se você precisa diminuir a rotatividade de funcionários, por exemplo, será que a marca do café da empresa é uma questão tão importante quanto a elaboração de um plano de carreira para os colaboradores?
5. Desenvolva a sua inteligência emocional
Muitas vezes, as decisões mais importantes ou que nos dão pouco tempo para pensar constituem um motivo de grande aflição. Decidir as coisas sob pressão exige uma grande capacidade de administrar as nossas emoções, ter inteligência emocional. Não precisamos ignorá-las completamente, afinal de contas, elas também são importantes para fazermos as nossas escolhas.
O problema, porém, é que, quando as emoções tomam conta, a razão pode ser completamente anulada, o que nos leva a escolhas infelizes. Por isso, é muito importante manter a saúde mental em dia e os sentimentos muito bem administrados, equilibrando a razão e a emoção.
Boa parte dos empreendedores mais famosos e bem-sucedidos do mundo adota, por exemplo, a prática da meditação diária. Essa técnica ajuda as pessoas a clarearem a mente, a administrar o estresse e a ansiedade e a tomar decisões com mais tranquilidade e com argumentos sólidos. Além da meditação, a leitura, a reflexão, a respiração consciente e a prática regular de exercícios físicos também ajudam o indivíduo a relaxar e a tomar decisões mais sábias e coerentes.
O mais importante é o decidir
Para encerrar este artigo com uma reflexão positiva, fica aqui uma frase de Cora Coralina, poetisa e contista brasileira, considerada um dos principais nomes da literatura nacional:
“Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir.”
Essa linha de pensamento defende a ideia de que é mais importante decidir e errar do que não tomar decisão alguma. O erro, por mais desagradável que seja, oferece às pessoas algum tipo de aprendizado para que as próximas tentativas sejam mais felizes. No entanto, aquele indivíduo que nunca decide e nunca age jamais saberá se o seu pensamento estava certo ou errado. Por isso, essa pessoa deixa de aprender, de progredir e de conquistar os seus objetivos.
Que as dicas acima tenham sido úteis para que você seja capaz de tomar boas decisões trabalhando sob pressão. Nesse caso, deixe o seu comentário no espaço abaixo. Por fim, não se esqueça de compartilhar este artigo com aquele seu amigo que tem dificuldade de fazer escolhas, por meio das suas redes sociais!
Imagem: Por StunningArt