Neste blog, respeitamos toda e qualquer religião ou manifestação de espiritualidade. Contudo, sendo o Brasil um país predominantemente cristão, é natural que muitos dos nossos valores sejam associados a Jesus Cristo e à Bíblia Sagrada. Mesmo que a sua fé seja distinta, ou mesmo que você não tenha nenhuma crença espiritual, esses princípios podem ser importantes valores na condução das diferentes áreas da sua vida.
Um princípio é uma ideia ou pensamento que orienta a conduta de um indivíduo ou sociedade. Neste artigo, você conhecerá 7 princípios bíblicos que se mantêm úteis, relevantes e essenciais ao longo do tempo. Boa leitura!
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1. Caráter
O caráter é o conjunto de características de um indivíduo, o que inclui as suas qualidades, fraquezas e hábitos. Portanto, todas as pessoas têm caráter. A verdadeira questão é se esse caráter é bom ou mau. Diz a Bíblia que Deus fez o homem à sua imagem e semelhança, colocando dentro dele um caráter essencialmente virtuoso.
No entanto, toda pessoa tem o livre-arbítrio para conduzir a sua vida da forma como deseja, o que pode incluir o desenvolvimento de vícios ou de virtudes. A edificação de um caráter positivo depende não apenas dos ensinamentos que recebemos dos nossos pais e mentores, mas também das lições que nós mesmos somos capazes de extrair de cada acontecimento da vida.
Perseverança, justiça, ética, mansidão, resiliência, paciência, humildade, altruísmo, empatia — estes são alguns dos pilares de um caráter essencialmente positivo. Eles podem ser desenvolvidos com base naquilo que aprendemos, nas experiências que vivenciamos e nas pessoas que tomamos como exemplo. Por isso, atente-se ao conhecimento que você adquire e às pessoas que você tem admirado.
2. Mordomia
Neste contexto, a palavra “mordomia” não se refere ao luxo material, mas à nossa capacidade de zelar e cuidar de tudo aquilo que temos, sejam bens materiais ou imateriais. Você que agora lê este texto tem um nome, um corpo, uma mente, uma casa, uma família, um emprego, amigos, valores, sonhos, desejos, roupas, carros, alimentos, talentos, competências, capacidades, habilidades, enfim, uma série de bens que lhe foram concedidos.
O princípio da mordomia consiste em ser grato por tudo o que foi recebido e em fazer um bom uso de todos esses itens. Cada um deles representa uma maneira pela qual você pode fazer do mundo um lugar melhor.
Por isso, questione-se: você tem cuidado adequadamente do seu corpo? Da sua mente? Da sua família? Da sua casa? Do seu trabalho? Das suas habilidades? Dos seus conhecimentos? Todos esses bens, sejam eles tangíveis ou intangíveis devem ser cuidados com zelo. O oposto da mordomia é a negligência.
3. Semeadura e colheita
O agricultor sabe que a sua colheita depende da semeadura. Isso quer dizer que a qualidade dos vegetais que colher dependerá da qualidade da semente que plantar, da terra que preparar, do respeito ao tempo de amadurecimento, da administração correta da luz e da água, entre outras questões.
Basicamente, esse princípio metafórico pode ser resumido na ideia de que os resultados que obtemos na vida dependem dos nossos pensamentos e atitudes. Se você deseja ser um profissional bem-sucedido, por exemplo, precisa estudar, manter uma boa rede de contatos e acumular experiências que lapidem as suas habilidades.
Assim como a semente cresce em solo fértil, também nós devemos tornar mais férteis os diferentes campos da nossa vida, por meio do conhecimento e do planejamento. Além disso, é preciso ter paciência para entender que os resultados vêm na hora certa, de modo que não vale a pena “cortar caminhos”. Os frutos precisam do tempo da natureza para que amadureçam. Em nossas vidas, não é diferente.
4. Autogoverno
A narrativa bíblica diz que Deus deu ao ser humano a razão e a racionalidade, além dos outros instintos que também estão nos outros animais (de sobrevivência, de alimentação, de reprodução etc.). Isso confere ao homem o chamado autogoverno, isto é, a capacidade de governar a si mesmo e de responsabilizar-se pelos seus atos.
O homem, dotado da razão e da consciência, deve planejar o seu futuro, administrar as suas emoções, respeitar o próximo e controlar o seu comportamento, constituindo uma sociedade civilizada. Seja na lei dos homens, seja na lei de Deus, é fato que existem regras que norteiam o convívio das pessoas umas com as outras e com a natureza.
O autogoverno é a consciência pessoal de que atos têm consequências, que podem ser positivas ou negativas. Essa consciência deve vir acompanhada da capacidade de lidar com essas consequências, assumindo a responsabilidade por quem somos e pelo que fazemos. A nossa liberdade é vasta, mas jamais deve desrespeitar a liberdade do outro. Autogovernar-se é desenvolver essa responsabilidade.
5. Soberania
O princípio do autogoverno nos revela que Deus deu ao homem a liberdade e a responsabilidade de lidar com os seus próprios atos. No entanto, ele também deu ao homem o princípio da soberania. Sendo o homem o único animal racional, passou ele a ser o responsável pela criação divina.
Por isso, o homem é soberano no mundo. Ele tem poder sobre todas as criaturas e sobre a natureza, devendo extrair dela os recursos de que necessita para sobreviver, para prosperar e para transformar o mundo num lugar melhor.
No entanto, a soberania do homem jamais será maior do que a soberania de Deus. Assim, por mais poder que um homem tenha recebido em sua vida terrena, a natureza também tem as suas próprias regras, das quais o ser humano também faz parte. Por isso, como diz a sabedoria popular: “com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades”.
O pai educa o filho, o professor instrui o aluno, o juiz julga o cidadão, o chefe orienta o funcionário, o ser humano comanda todas as demais criaturas. O poder se manifesta de diferentes maneiras, mas, em todas elas, deve ser exercido com respeito, caso contrário, torna-se autoritarismo.
6. Individualidade
O sexto princípio bíblico é o da individualidade. De acordo com ele, assim como cada órgão tem uma função específica no corpo, também cada indivíduo que vem ao mundo tem uma função específica para existir. É por isso que as pessoas têm diferentes talentos, conhecimentos, competências, personalidades e propósitos de vida.
Cada indivíduo é único, e é a soma das nossas diferenças o que nos fortalece enquanto grupo e sociedade. Contudo, para que isso ocorra de forma harmônica, é primordial que as pessoas respeitem-se umas às outras, sem que uns acreditem ser melhores do que outros.
Esse princípio revela, ainda, que todo indivíduo é único, com as suas qualidades e com os seus pontos que ainda precisam de melhorias. Nenhuma pessoa é perfeita, mas todas são dignas de respeito e consideração.
7. Aliança
Em complemento ao item anterior, é importante ressaltar que, por mais que cada indivíduo seja único, o ser humano é social em sua natureza. Nós dependemos uns dos outros e necessitamos do convívio com os nossos semelhantes. É por isso que as diferentes áreas da vida são conduzidas em família, em casamentos, em círculos de amizade, em escolas, em empresas, em comunidades de vizinhos, em cidades, em nações etc.
Mesmo com tantas diferenças, somos responsáveis por nós mesmos e pelo bom convívio que devemos ter com os outros. Compartilhamos o mesmo tempo e o mesmo espaço, de modo que é necessário manter um espírito de união e de aliança. Essa aliança é, portanto, o que une todos os homens, todos os demais seres vivos e toda a natureza ao seu criador: Deus.
Estes são os 7 princípios bíblicos, que devem orientar a vida dos cristãos de todo o mundo. Contudo, mesmo que você não professe essa fé, certamente poderá extrair boas referências desses princípios, de modo que possa conduzir a sua existência de forma ética, saudável, feliz e produtiva!
Qual dos princípios acima mais falou ao seu coração? Por quê? Deixe as suas respostas com um comentário no espaço abaixo. Por fim, lembre-se de compartilhar este artigo nas suas redes sociais. Leve esta reflexão a todos os seus amigos, familiares, colegas de trabalho e a quem mais possa se beneficiar destes princípios!
Imagem: Por tomertu