Se você é um leitor mais assíduo aqui do blog, provavelmente já se deparou com a expressão “crenças limitantes”, não é mesmo? Essas crenças são uma série de ideias que desenvolvemos ao longo do tempo, sobre a vida, sobre o mundo e sobre as nossas próprias capacidades.

O problema é que, como o nome sugere, essas ideias não são verdadeiras e, mesmo sem um fundamento real, têm um potencial muito grande para limitar as nossas conquistas e o nosso crescimento, tanto pessoal quanto profissional. Para saber por que essas crenças surgem e conferir alguns exemplos, continue a leitura do artigo a seguir.

Por que as crenças limitantes surgem?

As crenças são expressões daquilo que pensamos e de como enxergamos a realidade. A questão é que, quando nascemos, ainda não temos crença alguma. Assim, elas são aprendidas, com base em nossa própria observação, na cultura em que nascemos, nos ensinamentos recebidos por familiares, nos locais que frequentamos, nos círculos de amizade que construímos, e por aí vai.

Na infância, muitas frases que ouvimos ou atitudes dos adultos que testemunhamos ficam registradas na mente e podem ser determinantes para a definição das nossas crenças. Assim, se você ouvia muito a frase “você é muito burro”, por exemplo, poderá internalizar essa frase e acreditar nela, sem que de fato ela seja verdadeira.

O mesmo vale para aquilo que a mídia afirma. Quem nunca viu alguma representação que defende a ideia de que “o corpo perfeito é o corpo magro”, “o cabelo mais bonito é o cabelo liso” e que “é preciso ter muito dinheiro para ser feliz”, não é mesmo? O problema é que, sem o filtro do senso crítico, tomamos essas crenças como verdades e, assim, desistimos de lutar por uma vida melhor e por resultados mais expressivos.

7 crenças limitantes comuns

Se você acha que está 100% imune a qualquer crença limitante, saiba que elas são mais comuns do que imaginamos. Na verdade, muito de nos acreditam nessas coisas sem nunca ter parado para refletir sobre elas. Será que esse é o seu caso? Confira as crenças limitantes a seguir.

1. “Investir é coisa de gente rica”

Muita gente acredita que administrar o dinheiro e escolher um lugar para investi-lo é exclusividade daqueles que têm um grande montante financeiro. Isso não é verdade. Aliás, segundo os próprios consultores financeiros, o que deve ocorrer é o oposto: investir para prosperar, e não esperar para prosperar e só então começar a investir.

Por falar nisso, é possível investir no Tesouro Direto, um dos mais populares investimentos brasileiros, com quantias a partir de 30 reais. A educação financeira e a administração do dinheiro são deveres de qualquer pessoa, não apenas de quem tem rendas altas.

2. “É impossível ganhar dinheiro com o que se ama”

Muita gente acredita que todo trabalho deve ser obrigatoriamente chato e difícil para ser útil e bem-remunerado. Talvez as pessoas tenham desenvolvido essa crença porque observavam seus pais, por exemplo, trabalhando com algo de que não gostavam e dizendo simplesmente que “a vida é assim mesmo”.

De fato, existem pessoas com mais oportunidades do que outras, mas isso não quer dizer que ser feliz no trabalho seja impossível. Mesmo que nem todos consigamos ser jogadores de futebol, é possível encontrar uma atividade profissional que seja compatível com os nossos talentos e com aquilo que nos dá prazer. Tudo é uma questão de conhecer a si mesmo e pesquisar.

3. “Eu não nasci para isso”

Essa frase é extremamente comum e aparece nos mais diversos contextos: “eu não nasci para ser advogado”, “eu não nasci para ser feliz”, “eu não nasci para viver um grande amor”, “eu não nasci para enriquecer”, e por aí vai. Essas crenças são extremamente problemáticas, pois revelam o quanto essas pessoas se consideram “vítimas fatais do destino”, como se nada pudessem fazer para evitá-lo.

De fato, alcançar objetivos e realizar sonhos quase nunca são coisas fáceis, mas admitir isso é muito diferente de acreditar que “não nasceu” para tal coisa. Ninguém nasceu para nada. Todos nos nascemos, e ponto final. A escrita da nossa história cabe a cada um de nós, sem qualquer predestinação.

4. “Eu sou muito velho para isso”

Você sabia que existem pessoas que se casam depois dos 60 anos de idade? Que adotam crianças aos 65? Que começam a fazer atividade física aos 70? Que aprendem um novo idioma aos 75? Que se formam na faculdade aos 80? Isso nos revela duas coisas: 1- que a idade é só um número 2- que nunca é tarde para fazer aquilo que o faz feliz.

Muita gente afirma algo do tipo: “Não vou começar esse curso porque já estou com 30 anos e, quando concluí-lo, já terei 34”. Bem, talvez essa pessoa ainda não tenha se dado conta de que daqui a 4 anos, ela terá a idade de 34, de um jeito ou de outro. Então, já que não temos escolha, por que não ficar mais velho fazendo aquilo de que gostamos?

5. “Eu não mereço essa felicidade”

Muitas pessoas, quando conquistam algo importante na vida, podem desenvolver a crença de que não têm capacidade para lidar com a responsabilidade desse novo momento ou que não são merecedoras dessa conquista, sentindo-se como uma fraude. Essa crença limitante desencadeou um transtorno psicológico, conhecido hoje em dia como “síndrome do impostor”.

As pessoas passam anos acreditam que os outros são melhores do que elas e que as capacidades delas não seriam suficientes para que elas alcançassem resultados expressivos. Quando essas vitórias finalmente ocorrem, elas se surpreendam tanto consigo mesmas que não se consideram dignas dessa vitória, acreditando que tudo foi sorte. Não pense dessa forma. Conheça a si mesmo, valorize os seus potenciais e pare de se comparar aos outros!

6. “Minha vida vai melhorar quando os outros mudarem”

Muita gente acredita que a sua vida está ruim e só vai melhorar quando o governo mudar, quando os preços caírem, quando o vizinho se mudar, quando o filho deixar de ser rebelde, quando o emprego dos sonhos surgir, quando o salário aumentar, quando mudar de apartamento, e por aí vai.

Essa crença é limitante por dois motivos. O primeiro deles é que a pessoa vai sempre adiar a sua felicidade, sendo incapaz de ser feliz no presente. O segundo é que o indivíduo é incapaz de assumir as rédeas de sua vida, sempre atribuindo a culpa dos seus fracassos e a razão dos seus sucessos a fatores externos.

Se o mundo não é como gostaríamos, nós precisamos fazer o possível para encontrar a felicidade no meio dele, mudando em nós aquilo que pudermos. Não adianta sentar-se de braços cruzados esperando que a realidade mude sozinha, pois isso não vai acontecer.

7. “Não tenho tempo para nada”

Além da idade, a questão do tempo também é uma desculpa muito utilizada quando não queremos fazer algo. Não tenho tempo para estudar, para fazer renda extra, para aprender um idioma, para investir meu dinheiro, para fazer atividade física, e por aí vai.

Bem, o dia tem as mesmas 24 horas para todo mundo, não é mesmo? Então por que algumas pessoas encontram tempo para essas coisas? O objetivo aqui não é comparar a sua vida com a de ninguém, como já citamos. Contudo, vale a pena fazer essa reflexão.

Na verdade, tudo é uma questão de prioridade; de definir o que realmente é importante para você. Há uma frase atribuída ao apresentador Pedro Bial que ilustra bem esse pensamento: “Não existe falta de tempo. Existe falta de interesse. Quando a gente quer mesmo, a madrugada vira a dia, a quarta-feira vira sábado, e um momento vira uma oportunidade”.

E você, querida pessoa, se identificou com alguma dessas crenças? Qual(is)? O que tem feito para desconstruí-las em sua vida? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Por fim, lembre-se de levar esta reflexão aos seus amigos e familiares, compartilhando este artigo nas suas redes sociais!