Desde a infância, uma grande preocupação humana é o desenvolvimento das habilidades cognitivas. Essas habilidades são essenciais para que possamos compreender o mundo como ele é, entender os impactos das nossas ações, desenvolver a capacidade de fazer escolhas, compreender a realidade e até mesmo exercer uma profissão.
Mas o que exatamente significa o processo de cognição? Quais são as principais habilidades cognitivas que existem? De que maneiras elas podem ser desenvolvidas? As respostas para essas perguntas você encontrará no artigo a seguir. Siga em frente e boa leitura!
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O que são habilidades cognitivas?
Habilidades cognitivas são as habilidades humanas associadas à cognição, isto é, ao processo de aprender informações e adquirir conhecimento, desenvolvendo a inteligência. Assim, as capacidades de um indivíduo de compreensão, percepção e integração em suas atividades diárias dependem de suas habilidades cognitivas.
O desenvolvimento das habilidades cognitivas é contínuo e ocorre desde o primeiro até o último dia de nossas vidas. Em especial, a infância e a adolescência são consideradas fases cruciais nesse tipo de desenvolvimento, especialmente porque a escola é o espaço ideal para que isso ocorra. É nesse ambiente que as capacidades de aprendizado são aperfeiçoadas e que são detectados quaisquer problemas de cognição, de modo que sejam resolvidos o quanto antes.
As principais competências cognitivas incluem itens como foco, memória, atenção e percepção auditiva, todos determinados por estímulos cerebrais. Como o cérebro é um órgão plástico, ou seja, que é capaz de criar novas conexões continuamente, é fato que as habilidades cognitivas devem ser aperfeiçoadas por toda a vida.
Contudo, os especialistas no tema afirmam que quanto mais cedo esse processo se iniciar, mais rapidamente o indivíduo desenvolverá uma vida autônoma e saudável, ainda na infância.
Quais são as principais habilidades cognitivas?
Agora que já conceituamos as habilidades cognitivas, é hora de saber quais são elas. São muitas, mas, em geral, podemos citar como principais as seguintes: foco, memória, atenção, percepção auditiva, criatividade e responsabilidade social. Saiba mais sobre essas habilidades a seguir.
1. Foco
O foco, que já citamos aqui no blog diversas vezes, é a capacidade de manter a concentração sobre um único item. Assim, se você consegue ler um texto do começo ao fim sem distrair-se com qualquer outra coisa, isso significa que você foi capaz de manter o foco nessa atividade. Portanto, desenvolver o foco significa aprender a ignorar os estímulos externos, mantendo a concentração em uma única atividade. É importante desenvolvê-lo desde a infância, ainda que isso seja naturalmente mais difícil nessa fase.
2. Memória
A memória é a habilidade cognitiva por meio da qual conseguimos manter as informações em nossa mente por algum tempo após sermos expostos a elas. Em outras palavras, é a capacidade de adquirirmos algum conhecimento e de não esquecê-lo. Segundo os especialistas, a memória é uma capacidade associada, desde a infância, à organização dos pensamentos e à construção da identidade, devendo, portanto, ser estimulada desde a mais tenra idade.
3. Atenção
A atenção é uma capacidade muito associada ao foco, pois consiste em manter a concentração naquilo que se está fazendo, dominando todos os detalhes referentes à atividade em questão. Muitos dos erros que se cometem, seja na infância, seja na idade adulta, são decorrentes da falta de atenção, ou seja, da incapacidade de compreender o que se faz na totalidade, sem esquecer-se dos detalhes. Trata-se de uma capacidade que nos ajuda a selecionar dados e de processá-los no cérebro.
4. Percepção auditiva
A percepção auditiva corresponde à capacidade de um indivíduo de perceber um som, identificar a sua origem e compreender as suas características. Isso lhe permite identificar de onde vem o som, qual é o seu significado, a qual distância a pessoa está da fonte sonora, entre outras questões.
Essa habilidade cognitiva tem início ainda no ventre materno, quando o bebê já começa a desenvolver um complexo sistema comunicacional que lhe permite identificar de quem são as vozes ouvidas. Atividades comunicativas, de fala e de audição, estimulam a compreensão e o desenvolvimento desse mecanismo tão importante desde a infância.
5. Criatividade
Ao contrário do que muita gente pensa, a criatividade não é um dom. Na verdade, ela consiste na capacidade que uma pessoa tem de encontrar, em seu repertório mental, soluções inovadoras para a situação que se apresenta. Assim, quando uma criança faz um desenho, por exemplo, tudo aquilo que ela coloca naquela composição é resultado das referências que fazem parte do seu repertório mental. Por isso, quanto mais uma pessoa alimenta esse repertório, mais criativa ela será.
6. Responsabilidade social
Por fim, outra importante habilidade cognitiva é a responsabilidade social, que consiste em compreender que o indivíduo não está sozinho no mundo. Assim como ele, há milhões de outras pessoas compartilhando o mesmo espaço, todas com os seus direitos e deveres.
Por isso, ter responsabilidade social significa respeitar os direitos do outro, compreender a sua importância e agir com empatia. É a habilidade desenvolvida, por exemplo, nos jogos coletivos nas escolas, quando a criança compreende que as ações dela impactam as ações dos outros, e vice-versa.
4 dicas para desenvolver essas habilidades
O desenvolvimento das habilidades cognitivas deve ter início ainda na infância, sempre com a supervisão dos pais e dos educadores em expor a criança a diversas atividades. No entanto, mesmo depois da idade adulta, é importante dar continuidade ao processo. Confira 4 dicas nesse sentido, na sequência.
1. Realizar atividades comunicacionais
A leitura é uma importante fonte de aprendizado, não apenas pelos conteúdos que se absorvem, mas também por exercitar a capacidade de conectar palavras, aprender significados, relacionar ideias, estimular a concentração, entre outros. Isso facilita que a pessoa, seja ela criança ou adulto, organize as ideias e, depois, consiga contá-las com suas próprias palavras, melhorando a clareza e a objetividade dos seus processos de comunicação. Isso é importante até mesmo no mercado de trabalho.
2. Experimentar fazer coisas novas
Quando fazemos sempre as mesmas coisas, dia após dia, é como se exercitássemos sempre as mesmas áreas cerebrais. Até certo ponto, isso é positivo, pois precisamos exercitar, sobretudo, as competências de que mais necessitamos no dia a dia de trabalho. No entanto, é importante, de vez em quando, experimentar algo novo e desenvolver outras capacidades. Por isso, experimente atividades que você nunca praticou, como dirigir, desenhar, escrever, participar de jogos coletivos, entre outros.
3. Alimentar o repertório mental
Como citamos acima, no item criatividade, é preciso alimentar o repertório mental, de modo que sejamos mais criativos e capazes de encontrar soluções eficazes para as diferentes situações da vida. Por isso, alimente a sua mente com diferentes conteúdos enriquecedores: filmes, livros, cursos, conversas com diferentes pessoas, passeios, viagens, exposições de arte, museus, documentários e experiências de vida em geral. Cada situação oferece algum tipo de aprendizado que pode ser útil em algum momento.
4. Praticar atividades extracurriculares
Por fim, as atividades extracurriculares, como são chamadas na idade escolar, são muito importantes para desenvolver diferentes competências. Dança, música, canto, teatro, artes plásticas, cursos de idiomas e práticas esportivas são atividades que enriquecem as habilidades das pessoas.
Elas podem ajudar no desenvolvimento da comunicação, socialização, organização, planejamento, criatividade, inteligência emocional, autoconfiança, coordenação motora, memória, raciocínio lógico, entre outros.
As habilidades cognitivas são aquelas associadas ao processo de aprendizagem, ou seja, de compreensão do mundo e dos efeitos de nossas atitudes em relação a ele. Por isso, as dicas citadas acima são úteis para que crianças e adultos desenvolvam essas competências, como a memória, o foco, a atenção, a criatividade, a percepção auditiva e a responsabilidade social.
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