Alguma vez você já definiu um objetivo em sua vida, fez de tudo para conquistá-lo, mas quando estava perto de alcançá-lo cometeu algum erro por medo ou insegurança que pôs tudo a perder? Saiba que esse processo é muito comum e, geralmente, ocorre em seu inconsciente, pois os seus medos e as suas inseguranças fazem com que você mesmo se sabote.

O nome técnico desse efeito é a autossabotagem, e ela é extremamente negativa, pois nos prende a uma vida sem muitos riscos, mas também sem grandes conquistas. Dessa forma, é importante reconhecer quando esse tipo de atitude está prestes a ocorrer para que você pare de se sabotar. Quer saber como fazer isso? Então, continue a leitura a seguir!

O que é a autossabotagem?

A autossabotagem é o ato de um indivíduo prejudicar a si mesmo, de forma inconsciente, geralmente por medo de fracassar, de sofrer ou de correr os riscos dos grandes projetos de vida. Na maioria dos casos, quem fala alto nesses momentos são o medo e a preocupação excessiva.

As pessoas que sabotam a si mesmas focam tanto naquilo que pode dar errado que se esquecem daquilo que têm a ganhar. Quando a negatividade do pensamento vence a positividade, surge o comportamento inconsciente de colocar tudo a perder. Como, na vida, nós atraímos o que pensamos, as chances de que tudo dê errado de fato aumentam, em uma espécie de profecia autorrealizadora. Terrível, não?

Por isso, a autossabotagem se manifesta quando você: se compara às outras pessoas, enxerga-se como alguém impotente, acredita em toda crítica que recebe, é excessivamente crítico consigo mesmo, se culpa mais do que o necessário pelos erros do passado, ignora as suas necessidades individuais, sente-se uma vítima constantemente e sempre pensa que o pior pode acontecer.

Como podemos superar a autossabotagem?

Para que você anule esse sistema e pare de vez de sabotar as suas próprias ideias, é preciso desenvolver alguns pensamentos e atitudes, que sintetizamos nas 6 dicas a seguir. Confira-as e coloque-as em prática em seu dia a dia!

1. Desenvolva o autoconhecimento

Quando uma pessoa não conhece a si mesma profundamente, as chances de ela escolher caminhos menos felizes aumentam consideravelmente. Por isso, é importante que você se conheça a ponto de não restarem mais dúvidas sobre quem você é e sobre o que você deseja para as diferentes áreas da sua vida.

Dessa forma, ao fim do dia, mentalize sobre tudo aquilo que você pensou, sentiu, disse e realizou. Se desejar, coloque tudo isso no papel, como em um diário. Isso o estimulará a refletir e a identificar padrões de pensamentos e atitudes que revelam quem você é e em que você acredita.

2. Identifique os seus valores

Os valores são princípios que norteiam as nossas atitudes e nos quais encontramos a nossa felicidade. O problema é que, frequentemente, estamos tão expostos aos valores dos nossos familiares, amigos, colegas de trabalho e da sociedade como um todo, que deixamos de questionar se nós concordamos com eles.

A sociedade diz que você deve ser rico, mas será que é isso mesmo o que você deseja? Se você não fizer esses tipos de questionamentos, provavelmente será levado pelas crenças alheias, deixando de olhar para si e de viver de acordo com as suas próprias ideias. Esse é um prato cheio para a autossabotagem.

3. Reconheça as suas crenças limitantes e os seus padrões comportamentais negativos

Crenças limitantes são ideias que desenvolvemos por conta própria, por influência de amigos e familiares ou por fatos da sociedade, mas que em nada nos ajudam. Pelo contrário, elas limitam os nossos potenciais. Assim, você pode desenvolver, desde a infância, a crença de que “só enriquece quem tem sorte”, por exemplo.

Se você alimentar esse tipo de crença, deixará passar oportunidades valiosas que a contradigam. Isso, portanto, levará você a padrões comportamentais negativos, ou seja, a atitudes negativas que o impedem de ser feliz. Quer mais um exemplo? Há pessoas que não se consideram dignas de serem amadas e, por isso, sabotam todas as relações em que se envolvem, pois acreditam que não merecem o amor que recebem.

4. Evite a vitimização

As crenças citadas no item acima frequentemente provocam problemas de autoestima nas pessoas, pois elas começam acreditar que a vida e que elas mesmas sejam piores do que de fato são. Por isso, procure avaliar se as suas crenças têm feito bem a você. Uma boa dica é fazer essa pergunta: se você ouvisse os seus pensamentos sobre si mesmo da boca do seu melhor amigo, ele continuaria sendo o seu melhor amigo?

Se a resposta for “não”, é sinal de que você deve olhar para si mesmo com mais compaixão e carinho. Isso não significa vitimizar-se e considerar-se alguém perseguido, mas apenas abraçar as suas falhas e evitar a necessidade de ser perfeito. Compreenda a si mesmo, trate-se com carinho, perdoe-se pelas falhas do passado e cresça emocionalmente.

5. Aprenda a lidar com os pensamentos negativos

Os pensamentos negativos não podem simplesmente ser bloqueados. A mente permite que eles apareçam para que nós possamos nos proteger dos riscos da vida. Por isso, sempre que esse tipo de pensamento aparecer, entenda que eles são projeções da sua mente, mas quase sempre são extremamente exagerados.

Você não precisa acreditar neles. Entenda que a sua mente não é a realidade, ela é apenas a sua mente. Por isso, respire fundo, reconheça que a sua ansiedade nem sempre é proporcional aos fatos e traga a sua mente para o momento presente. A meditação mindfulness, por exemplo, ajuda a pessoa a focar no agora, evitando o pensamento acelerado do futuro, quase sempre pessimista (que favorece a autossabotagem).

6. Simplifique a sua vida

Se os seus objetivos não são compatíveis com a sua ideia de felicidade, não são mensuráveis e estão em padrões inalcançáveis da realidade, é sinal de que você precisa revê-los. A dica é manter as coisas tão simples quanto for possível. Conheça a si mesmo, defina o que você deseja e aja no sentido de conquistar essa meta.

Todavia, não queira ser perfeito, não tenha ambições fora do seu alcance e não queira fazer tudo sozinho. Peça ajuda sempre que necessário. Isso não é demérito nenhum. Por falar nisso, se você sentir que está mergulhando em padrões comportamentais de autossabotagem, não hesite em procurar ajuda profissional, como os coaches e os psicólogos. Com foco e planejamento, é possível ter uma vida melhor!

E você, querida pessoa, tem sabotado as suas ideias recentemente? Que a reflexão acima ao ajude a identificar esses momentos e a lidar melhor com os seus objetivos e com as suas emoções. Gostou deste conteúdo? Então, deixe o seu comentário no espaço a seguir. Por fim, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!