A autoanálise é o ato de analisar a si mesmo, o que envolve os seus pensamentos, sentimentos, atitudes, hábitos e resultados. Na vida, precisamos lidar com todos esses fatores ao mesmo tempo, o que é bastante confuso por natureza. Podemos estar extremamente felizes na vida pessoal, mas completamente desmotivados na vida profissional, e vice-versa.

Afinal, por que estamos obtendo resultados positivos em alguns aspectos, mas negativos em outros? Quais são os sentimentos, pensamentos e atitudes que estão por trás deles? A autoanálise tem o objetivo de ajudar a pessoa a responder a essas perguntas e a ser mais feliz. Neste artigo, você vai entender por que ela é importante e como deve ser realizada. Prossiga!

Por que fazer uma autoanálise?

Com a correria do dia a dia, fazemos muitas coisas, mas deixamos de refletir sobre o porquê de as fazermos. Afinal, por que você se levanta? Por que trabalha neste lugar? Por que está lendo este livro? Por que não vai à confraternização com os amigos? Por que está fazendo dieta? Por que vai à academia?

Todas as nossas atitudes têm propósitos por trás delas. A questão é: será que esses propósitos fazem parte das nossas motivações para ser feliz? Ou será que nós estamos apenas agindo de acordo com o que a sociedade espera de nós, mas sem defendermos a nossa ideia de felicidade? Será que a maneira como você tem conduzido a sua vida lhe faz bem?

Muitas vezes, as pessoas adoecem mentalmente, por medos, compulsões, ansiedades e depressões, pelo simples fato de que não estão sendo elas mesmas ou por não terem ideia do que querem. A autoanálise permite que o indivíduo identifique as crenças que lhe têm feito mal e desperte novas maneiras de pensar, sentir e agir — mais conectadas com o seu propósito e com a sua ideia de ser feliz.

Como realizar esse processo?

Analisar a si mesmo é assumir a autoria da própria vida, sem deixar que outras pessoas definam o seu presente e o seu destino. O processo é longo e, na verdade, deve durar a vida inteira. Na sequência, você vai conferir 5 dicas para analisar a si mesmo!

1. Questione-se em tudo aquilo que fizer

O que é a felicidade para você? Você tem vivido de acordo com essa ideia? Até que ponto você permite que as pessoas interfiram em sua vida? As suas crenças de antigamente ainda fazem sentido em sua vida hoje? Você aceita que algumas coisas não estão sob o seu controle? Você tem objetivos em diferentes áreas da sua vida? Quais são as suas qualidades? Quais são os pontos em que você precisa melhorar?

O questionamento é o ponto de partida da autoanálise, mas as pessoas o evitam, pois têm medo de se deparar com um lado negativo de seu ser, que todos nós temos, mas que muitos preferem reprimir. O problema é que quanto mais reprimimos esse lado, mais permitimos que ele nos governe. Sendo assim, tire as máscaras e mergulhe em si mesmo. É assustador enfrentar aquele lado de nós mesmos que evitamos observar, mas, ao mesmo tempo, é libertador na busca por uma vida mais feliz.

2. Tenha um diário de escrita terapêutica

Os diários são cadernos em que as pessoas registram os fatos do seu cotidiano. Escrevê-los ao fim do dia é uma maneira de relembrar e refletir sobre tudo o que aconteceu em um horário de mais calma, sem o calor do momento. Enquanto você escreve, você organiza o seu pensamento, associa os fatos em relações de causa e efeito e conhece mais sobre si mesmo.

Você não precisa relatar tudo o que aconteceu no seu dia. Basta registrar as principais opiniões, fatos, aprendizados, conclusões, descobertas e sentimentos do dia. Assim, você poderá voltar para ler essas observações quando quiser, o que certamente o ajudará a compreender quem você é.

3. Reflita diariamente

Por que eu estou me sentindo assim? O que isso significa? Por que eu penso tanto nisso? Por que eu sempre ajo dessa forma? É importante refletir dessa maneira, especialmente nos momentos difíceis. Em vez de fingir que o sofrimento não existe ou de expressá-lo de uma forma não saudável, respire fundo, medite e entenda por que as suas emoções e as suas atitudes se desenham dessa forma.

Em seguida, pense naquilo que você pode fazer para sentir-se melhor. Se você está em um relacionamento tóxico, por que ainda não saiu dele? Se está em um trabalho infeliz, o que pode fazer para recuperar a motivação? Se as palavras dos outros a seu respeito ainda mexem tanto com a sua autoestima, o que você pode fazer para recuperar a confiança? Exercite o pensamento com calma, ao fim do dia. Não queira respostas prontas ou perfeitas. A perfeição não existe.

4. Converse com as pessoas próximas

Se você deseja conhecer melhor a si mesmo, converse com as pessoas próximas e verifique o que elas pensam a seu respeito. Muitas vezes, há diversas qualidades e pontos de melhoria que nós não enxergamos em nós mesmos, mas que os outros visualizam. Sendo assim, pergunte às pessoas da sua confiança como elas o veem.

Algumas respostas podem ser desagradáveis, mas tudo vale a pena se for uma crítica construtiva. Por isso é tão importante que você só faça essas perguntas a quem realmente quer o seu bem. Se você perceber que as críticas recebidas são destrutivas e infundadas, nem perca o seu tempo e a sua energia levando-as em consideração. Foque apenas nos conselhos de quem quer o seu bem — e, mesmo assim, verifique se o que foi dito faz sentido. Ouça os outros, mas sem condicionar a sua felicidade e a sua autoestima às opiniões alheias.

5. Monitore a si mesmo

Toda vez que você se sente triste você come chocolate? Toda vez que você fica com raiva você fala coisas das quais se arrepende depois? Toda vez que você fica alegre você toma decisões impulsivas? Então, monitore as suas atitudes e aprenda a identificar os gatilhos emocionais que as desencadeiam. Vícios, compulsões e maus hábitos geralmente surgem quando as pessoas não lidam adequadamente com alguma emoção negativa.

Por isso, em vez de descontar a sua tristeza na comida, por exemplo, por que não refletir sobre as causas desse sentimento e agir de modo mais construtivo para lidar com ele? No correr do dia a dia, nem sempre é fácil identificar esses gatilhos, mas, com o passar do tempo, a prática nos deixa mais experientes, e tudo ocorre de forma natural.

6. Faça terapia

O processo de autoanálise é intenso e profundo, de modo que nem sempre conseguimos executá-lo sozinhos. Por isso, a psicoterapia tem se mostrado extremamente eficiente nesse sentido. O psicólogo não é uma pessoa que vai fazer o processo por você. No entanto, ele vai ajudá-lo, por meio de questionamentos específicos, a compreender os padrões de pensamentos e atitudes que estão fazendo mal a você, de modo que você mesmo encontre modos de lidar melhor com eles.

O autoconhecimento, a personalidade, as crenças, os valores, a inteligência emocional, as memórias e o encorajamento de alguém que não faz parte da sua vida são os principais benefícios que a terapia tem a oferecer. Lembre-se sempre de que você não precisa estar ansioso ou deprimido para procurar esse tipo de ajuda. Na verdade, basta que você deseje conhecer a si mesmo e ser melhor a cada dia para contar com esse poderoso auxílio!

E você, ser de luz, tem analisado a si mesmo? Quais das dicas acima você coloca em prática para despertar o autoconhecimento? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Por fim, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!