Quando falamos em demanda, geralmente pensamos na quantidade de pessoas que procuram pelos produtos ou serviços de uma determinada empresa, não é mesmo? Mas e se disséssemos que um país também pode ter uma espécie de “demanda”? Nesse caso, estamos falando de um conceito importante em economia: a demanda agregada.
Esse conceito consiste na soma de todos os bens e serviços que serão adquiridos a todos os preços possíveis. Neste artigo, vamos compreender melhor o significado da demanda agregada, os componentes que são levados em consideração no seu cálculo, os fatores que interferem nessa demanda e os meios para equilibrá-la com a oferta agregada. Ficou curioso? Então, continue a leitura e descubra tudo sobre o tema!
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O que é demanda agregada?
O conceito de demanda agregada vem da área da macroeconomia, podendo ser definido como a demanda total de bens e serviços da economia a um determinado nível de preços e em um período específico.
É comum que o conceito seja confundido com o PIB — Produto Interno Bruto de um país. Por mais que caminhem juntos, há diferenças entre os dois termos. A demanda agregada representa o desejo dos consumidores por bens e serviços, enquanto o PIB manifesta o valor somado de todos esses bens e serviços já produzidos em uma economia. Comparar esses dois conceitos só é possível em longo prazo, tendo em vista que, nesse caso, já estaria ajustado o nível de preços da demanda agregada.
Quais fatores compõem o cálculo da demanda agregada?
Agora que você já sabe o que é a demanda agregada, é hora de conhecer a fórmula para o seu cálculo e os fatores que são considerados. São eles:
- Gastos de consumo privado;
- Gastos do governo;
- Investimentos;
- Exportações, menos importações (X-M).
A soma desses 4 fatores resulta na demanda agregada de uma economia. Segundo a escola keynesiana, a demanda agregada determina a quantidade de produtos e serviços a serem comercializados no local em questão. Dessa forma, por ser um conceito econômico multifatorial, a demanda agregada pode sofrer alterações continuamente, devido ao dinamismo dos 4 fatores que a compõem.
1. Investimentos
Os investimentos consistem nas compras de máquinas e equipamentos pelas empresas, gerando um aumento proposital nos estoques. Como o nome sugere, são aquisições relacionadas ao momento futuro das organizações. Os investimentos podem sofrer mudanças devido a uma série de aspectos, como: as oscilações da taxa de juros, as especulações acerca da economia da localidade, o desenvolvimento e a popularização de novas tecnologias, entre outros fatores que podem ser considerados.
2. Gastos de consumo privado
Os gastos de consumo privado consistem no consumo feito por todos os cidadãos da região em questão. Dessa forma, tudo aquilo que a população gasta com alimentação, vestuário, transporte, lazer, tecnologia, educação, saúde, entre outros itens, entra nos gastos do consumo privado. Naturalmente, esses itens também estão sujeitos a uma série de oscilações na demanda, devido a diversos fatores: oscilação na renda e no poder aquisitivo da população, impostos, expectativas de rendas futuras, e por aí vai.
3. Gastos do governo
Não apenas os gastos do cidadão comum, como também as despesas governamentais precisam entrar na conta da demanda agregada. Aqui, estamos falando de tudo aquilo que é gasto com a administração pública, como: salários dos servidores, investimentos públicos, aquisições de bens e serviços, entre outros. Os gastos do governo são consideravelmente influenciados pelas dinâmicas políticas em andamento — alianças, política externa, necessidades sociais, prioridades do momento etc.
4. Exportações
Por fim, precisamos considerar também a balança comercial do país, expressa pela subtração: exportações – importações (X-M). Esse valor será positivo se o país estiver vendendo mais os seus produtos e serviços ao exterior do que comprando produtos e serviços de outros países.
Os mais entendidos em economia certamente já notaram que a descrição dos 4 fatores acima representa basicamente a fórmula do PIB. Todavia, conforme ressaltamos, o PIB traduz a capacidade produtiva de um país, em termos de bens e serviços. A demanda agregada, porém, não deve ser considerada um sinônimo do PIB, pois manifesta os desejos e a procura dos consumidores por esses itens.
Quais fatores interferem na demanda agregada?
A demanda agregada é um indicador macroeconômico que flutua consideravelmente. Isso se deve a diferentes fatores, sendo que os dois principais são as alterações nas preferências e no comportamento dos consumidores e as decisões tomadas pelos governos na condução das suas políticas macroeconômicas.
Por isso, os componentes da demanda agregada oscilam muito. No caso das escolhas dos consumidores, isso depende do seu gosto pessoal, da confiança da população em comprar, dos cenários de crise ou de crescimento econômico etc. Quanto aos gastos governamentais, eles oscilam devido às políticas adotadas, aos impostos, às taxas de juros, aos salários, à inflação, às taxas do câmbio, e por aí vai.
Como equilibrá-la com a oferta agregada?
Se existe a demanda agregada, também existe a oferta agregada. Esse termo consiste na quantidade de bens e serviços que as empresas podem oferecer naquela economia. O conceito depende dos recursos de capital, dos recursos de trabalho, dos recursos naturais e dos recursos tecnológicos existentes na economia em questão.
Para que posamos obter uma economia equilibrada, é importante que haja um equilíbrio entre a oferta agregada e a demanda agregada, de modo que a quantidade de produtos demandada se iguale à quantidade de produtos ofertada. Isso favorece um equilíbrio de longo prazo, balanceando o PIB real e possibilitando que os preços praticados sejam satisfatórios — tanto para os consumidores quanto para os vendedores.
A demanda agregada, portanto, consiste nos desejos e necessidades da população, um conceito bastante próximo do PIB, mas não exatamente igual a ele. É um item macroeconômico de compreensão importantíssima para que as políticas econômicas sejam adotadas de modo a encontrar um equilíbrio com a oferta agregada.
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