A música é uma forma de expressão artística composta por sons, ritmos e, em alguns casos, letra. Esses elementos se combinam, gerando canções impressionantes. Segundo os estudiosos do tema, trata-se de uma prática cultural e humana, já que, até hoje, não se conhece nenhum grupo ou civilização que não vivencie a musicalidade de alguma maneira.
A psicologia afirma que a música pode influenciar o nosso estado emocional, o que pode ser usado de maneira muito positiva. Neste artigo, vamos compreender melhor as relações entre a música e a mente. Continue a leitura e saiba mais!
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O poder da música
Há registros que apontam que a música faz parte da humanidade desde a Pré-História. Naturalmente, os estilos e os significados que os diversos grupos e civilizações atribuem à música variam consideravelmente, de acordo com os seus costumes, localização, época, entre outras variantes.
Erudita, popular, religiosa ou folclórica, o fato é que a música é uma expressão artística, que comunica ideias, representa valores e desperta diferentes sentimentos. Você, querido leitor, certamente consegue pensar em canções que o deixam mais triste ou mais feliz, por exemplo. Segundo a psicologia, existem algumas prováveis explicações para os meios pelos quais a música afeta a nossa emocionalidade.
Os impactos da música sobre as emoções
Aqui estão algumas maneiras pelas quais as canções têm o poder de impactar as nossas emoções.
1. Melodia e harmonia
A melodia e a harmonia das músicas são construídas de acordo com os instrumentos musicais, o ritmo e o canto de cada canção. A combinação desses fatores pode construir um rock pesado em clima de tensão, um samba alegre ou um som instrumental relaxante e convidativo à meditação. Acordes menores são comumente associados à tristeza, enquanto acordes maiores tendem a representar alegria. Assim, uma ampla gama de emoções pode ser evocada a partir da música.
2. Letra e conteúdo
Além da melodia, a letra e o conteúdo da música também podem despertar diferentes emoções. A letra de “Imagine”, de John Lennon, por exemplo, nos convida a imaginar um mundo ideal, sem guerras e fome. Assim, aquilo que um compositor escreve pode comunicar ideias, metáforas, histórias e mensagens carregadas de emoção. O ouvinte que presta atenção não só à melodia, mas também à letra, consegue emocionar-se com mais profundidade, como faz o leitor de um romance ou de um poema.
3. Ritmo e batida
O ritmo e a batida da música também podem impactar as nossas emoções e, segundo alguns estudos, afetar até mesmo o nosso ritmo de batidas cardíacas e de respirações. Assim, uma música com ritmo mais acelerado pode nos deixar mais animados e agitados, enquanto uma canção com um ritmo mais lento e com batidas mais suaves tende a despertar no ouvinte um estado de calma.
Não é à toa que algumas práticas terapêuticas têm usado a música para desenvolver uma emocionalidade mais positiva em algumas pessoas.
4. Associações pessoais
Outra forma pela qual a música desperta determinadas emoções se dá por meio das nossas associações individuais. Há músicas que, por meio da melodia e/ou da letra, nos lembram de determinadas pessoas, épocas ou lugares — o que pode despertar emoções positivas ou negativas, dependendo da experiência que tivemos. Algumas canções também podem nos lembrar não do passado, mas dos sonhos e projetos que temos para o futuro.
5. Contexto cultural e social
As emoções que as músicas evocam também podem ser influenciadas pelo contexto social e cultural em que foram concebidas e popularizadas. Na época da ditadura militar brasileira (1964-1985), por exemplo, muitas canções foram compostas para protestar contra esse regime e lutar por mais liberdade, ainda que em letras codificadas em metáforas. Esse é apenas um exemplo de como a música pode expressar mensagens específicas de determinados lugares, épocas e culturas.
6. Neurociência e química cerebral
A ciência também tem indicado que a música pode influenciar a química do cérebro. Ouvir uma música de que gostamos muito, por exemplo, pode intensificar a produção de alguns neurotransmissores associados ao mecanismo de prazer e recompensa, como a dopamina. Esses processos químicos explicam por que algumas canções têm o poder de nos fazer sentir felicidade, nostalgia e até arrepios. É a química do nosso cérebro despertando a nossa emocionalidade, tendo a música como estímulo externo.
7. Expressão artística
A música é uma forma de expressão artística que permite que os músicos expressem as suas próprias emoções, ideias, valores e experiências. Quando os músicos compartilham esses elementos por meio da música, os ouvintes podem se relacionar e se conectar emocionalmente com a obra, o que ocorre por meio de ritmo, letra, figuras de linguagem, performances de dança, e por aí vai. Cada canção é uma visão de mundo cheia de significado, assim como uma pintura, uma escultura etc.
8. Intuição e subjetividade
Por fim, é importante ressaltar que a resposta emocional à música também é altamente subjetiva e intuitiva. O que evoca emoções fortes em uma pessoa pode não ter o mesmo efeito em outra. Uma canção considerada alegre pelas pessoas em geral, por exemplo, pode despertar tristeza em alguém que se lembra de um familiar falecido ao ouvi-la. Portanto, por mais que existam elementos gerais na emocionalidade que a música evoca, as respostas podem variar de pessoa para pessoa.
Em conclusão, a mente musical é um campo de estudo complexo e fascinante, que envolve elementos psicológicos, neurocientíficos, culturais e emocionais. As canções têm o poder de nos fazer sentir uma ampla gama de sentimentos, tornando a música uma forma de arte universalmente apreciada e profundamente influente nas nossas vidas.
E você, querida pessoa, como vivencia essa emocionalidade despertada pela música? Há alguma canção em particular que desperta emoções em você? Qual? Deixe o seu comentário no espaço a seguir, explicando a sua relação com a música. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!