A resiliência emocional é a capacidade que temos — ou que precisamos desenvolver — de recuperar as nossas energias físicas e mentais após a vivência de uma adversidade, de modo que possamos seguir em frente na vida. O conceito não é novo, e diversas áreas do desenvolvimento humano ressaltam a importância dessa competência há bastante tempo.

Ainda assim, é importante ressaltar que existem alguns comportamentos relativamente comuns entre as pessoas que as afastam do desenvolvimento da resiliência. Será que você está tendo algum desses comportamentos? Continue a leitura do artigo a seguir e descubra!

Algumas pessoas acreditam que desenvolver a resiliência é combater a parte emocional do cérebro e seguir 100% a parte racional. Isso não só é impossível como inclusive não é saudável. As nossas emoções existem e são importantes em muitas circunstâncias. Assim, reprimir ou ignorar sentimentos negativos não é uma solução. É importante reconhecer e validar as suas emoções, mesmo as mais difíceis. Não permitir que elas sejam expressas pode levar a um acúmulo de estresse e ansiedade.

  • Evitar desafios

Fugir de situações desafiadoras ou desconfortáveis pode parecer uma maneira de se proteger, mas isso impede o crescimento. Cada vez que uma pessoa foge dos problemas ou dos medos, ela envia à própria mente uma mensagem de que se livrou de uma situação horrível, o que só faz com que esses medos e ansiedades aumentem. Por isso, enfrentar dificuldades é essencial para aprender e desenvolver a resiliência. Tudo é difícil no início, mas, aos poucos, vamos progredindo.

  • Focar apenas no lado negativo

Concentrar-se nas dificuldades e fracassos sem considerar os aspectos positivos da situação pode minar a sua motivação. Infelizmente, quando estamos imersos em uma situação complicada, há uma tendência mental de identificar apenas as dificuldades. Dessa forma, tente adotar uma perspectiva equilibrada, reconhecendo tanto os desafios quanto as lições aprendidas. Conversar com alguém que esteja fora do problema — como um coach ou terapeuta — pode ajudar a mudar essa perspectiva.

  • Não ter autocompaixão

Ser excessivamente crítico consigo mesmo pode reduzir a sua resiliência. Portanto, pratique a autocompaixão, tratando-se com a mesma bondade que você ofereceria a um amigo em dificuldade. Diante das emoções difíceis, dos erros e dos problemas em geral, acolha a si mesmo, sem se julgar. Modere as coisas que você diz, ou mesmo que pensa, a seu próprio respeito. Será que um amigo falaria essas coisas sobre você? Então por que você é tão exigente consigo mesmo? Seja mais flexível!

  • Isolar-se

Retirar-se socialmente em tempos de dificuldade pode paradoxalmente intensificar sentimentos de solidão e desamparo. Portanto, se você precisar de algum momento de reclusão para organizar as suas ideias e entender os seus sentimentos, saiba que você tem esse direito, mas não permita que esse tempo se prolongue demais. Assim, busque o apoio de amigos, familiares ou grupos específicos, pois a conexão social é essencial para o bem-estar. Saber que você não está sozinho o torna mais resiliente.

  • Procrastinar

Deixar para depois a resolução de problemas ou o enfrentamento de desafios pode gerar mais estresse. É uma estratégia de evitação, tanto quanto fugir dos problemas ou reprimir as emoções negativas. Para superar verdadeiramente um problema, precisamos reconhecê-lo, compreendê-lo e fazer o que for possível para resolvê-lo, bem como aceitar o que não podemos mudar. Dessa forma, procure enfrentar as questões de maneira proativa, dividindo-as em etapas menores e gerenciáveis.

  • Negar a necessidade de ajuda

Muitas pessoas hesitam em buscar apoio profissional ou emocional, acreditando que devem lidar com tudo sozinhas. Elas podem ter medo, vergonha ou até orgulho demais para admitir que precisam das competências e habilidades das outras pessoas, o que faz com que os seus problemas durem muito mais do que o necessário. Portanto, tenha em mente que reconhecer que é preciso pedir ajuda é um sinal de força, e não de fraqueza. Isso é fundamental para ser mais resiliente.

  • Culpar os outros

Culpar constantemente outras pessoas ou circunstâncias externas por suas dificuldades pode levar à vitimização. Esse processo também gera uma momentânea sensação de alívio, mas que, em contrapartida, não nos ajuda a crescer e a superar as adversidades pelas quais passamos. Assim, assumir a responsabilidade pelas suas ações e reações é essencial para o crescimento pessoal. É essa atitude que faz com que você identifique em si mesmo os pontos em que pode e deve melhorar.

  • Repetir comportamentos autodestrutivos

Diante de erros, dificuldades e perdas, não se desespere. Nenhuma dor é eterna. Além disso, engajar-se em comportamentos prejudiciais, como abuso de substâncias ou compulsões, pode oferecer um alívio temporário, mas prejudica a resiliência em longo prazo. Busque formas saudáveis de lidar com o estresse, como a psicoterapia, a atividade física, a meditação, entre outros. Essas são soluções mais duradouras para manter a sua saúde mental e não se desesperar quando algum problema acontecer.

  • Focar em perfeccionismo

A busca pela perfeição pode ser paralisante e gerar frustração. Em compensação, aceitar que errar faz parte do processo de aprendizagem é fundamental para desenvolver uma mentalidade resiliente. Você sempre poderá tentar de novo, de quantas maneiras quiser, até encontrar aquilo que deseja. Assim, abandone essa ideia de querer ser perfeito ou superar os outros. A vida não é uma competição, até porque as pessoas estão em lugares diferentes e com objetivos completamente distintos.

Em conclusão, desenvolver a resiliência emocional é fundamental para enfrentar os desafios da vida de maneira saudável. No entanto, os comportamentos e atitudes acima descritos podem prejudicar esse processo. Ao evitar esses comportamentos, você estará criando um espaço mais saudável para cultivar a sua resiliência emocional e superar os seus problemas com mais força e adaptabilidade. Se necessário, não hesite em procurar ajuda!

E você, ser de luz, como avalia a sua resiliência emocional? Você comete algum dos erros acima? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!