O cérebro não responde à realidade, ele responde à emoção. Essa frase resume um dos pilares mais profundos da Psicologia Marquesiana: o fato em si não determina a vida, mas o significado emocional que atribuímos a ele.
A neurociência já comprovou que o cérebro não distingue o que é vivido do que é intensamente imaginado. Isso significa que toda memória, crença ou experiência pode ser reescrita por meio da emoção dominante. Quando uma nova imagem é sentida com fé e amor, o corpo e o sistema nervoso passam a reagir como se essa nova realidade fosse verdadeira.
A emoção é, portanto, o código que programa o cérebro e a alma.
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O paradoxo da realidade: sentimos o que imaginamos
O ser humano não vive os fatos, vive as emoções associadas a eles. Estudos em neurociência cognitiva, conduzidos por Stephen Kosslyn e Eric Kandel, demonstram que quando alguém imagina uma cena com emoção vívida, as mesmas regiões cerebrais ativadas por uma experiência real se acendem.
A imaginação com emoção é uma realidade neuroquímica. Isso quer dizer que as cenas que criamos com o coração têm o poder de mudar a estrutura cerebral, alterar a química do corpo e reconfigurar as memórias armazenadas.
Quando alguém se vê em uma imagem de amor, de perdão ou de pertencimento, o cérebro grava essa vivência como um novo registro emocional. O passado não é apagado, mas é reinterpretado.
Como afirma José Roberto Marques, não importa o que aconteceu, o que importa é o que você sente sobre o que aconteceu. E isso, você pode mudar.
A plasticidade do subconsciente e o poder do Self 2
O Self 2 é o inconsciente sensível, o campo onde habitam as memórias afetivas e a linguagem da fé. Ele não raciocina, ele sente. Quando uma nova cena é criada com emoção e entrega, o Self 2 entende essa experiência como uma nova verdade.
Essa é a base da plasticidade do subconsciente. A mente emocional é capaz de substituir uma emoção antiga por uma emoção mais forte e coerente. Se alguém imagina um abraço de reconciliação com o pai ou a mãe e sente isso com intensidade e amor, o cérebro grava essa imagem como se o encontro tivesse realmente acontecido.
Essa é a essência da cura emocional: o poder de reescrever o significado da história.
A reconsolidação da memória: a ciência da transformação emocional
Pesquisas de Karim Nader, Daniela Schiller e Joseph LeDoux comprovaram que memórias antigas podem ser atualizadas. Cada vez que acessamos uma lembrança, ela entra em estado maleável. Se nesse momento uma nova emoção é inserida, a memória é regravada com novos significados.
A lembrança da rejeição pode ser transformada em acolhimento. A imagem da dor pode ser substituída pela visualização da cura. O que antes era trauma se torna aprendizado emocional.
A Psicologia Marquesiana explica esse fenômeno como a teoria dos campos emocionais dominantes. Uma emoção de maior intensidade e coerência tem o poder de reorganizar todas as anteriores, criando um novo roteiro de identidade.
Visualização criativa e fé sentida: a nova realidade interna
Práticas como a imaginação ativa de Jung, a visualização criativa de Shakti Gawain e as técnicas de hipnoterapia e neuroimagem guiada demonstram que o cérebro constrói realidades baseadas na emoção.
A Psicologia Marquesiana amplia essa compreensão ao afirmar que o Self 2, quando guiado por amor e fé, reestrutura os circuitos emocionais e reconecta a alma ao seu estado original de paz.
A fé sentida transforma a espiritualidade em neuroplasticidade emocional. É nesse ponto que o milagre se torna possível, não por intervenção externa, mas pela reorganização interna da emoção dominante.
A imagem sagrada como terapia simbólica
A inserção de imagens espirituais curativas é uma das práticas mais poderosas da Psicologia Marquesiana. Símbolos como a presença de Jesus, Maria, anjos, luzes ou braços abertos funcionam como portais simbólicos que despertam neurotransmissores de cura e reorganizam percepções de dor.
Essas imagens acessam o inconsciente de forma direta, atuando onde as palavras não chegam. Elas curam porque dão forma à fé. Elas transformam porque tornam visível o que antes era apenas intuição.
Como ensina José Roberto Marques, imagens simbólicas curam onde palavras não alcançam.
Reconstruir a identidade é reconstruir a emoção que a sustenta
A identidade emocional é o conjunto de emoções dominantes que sustentam a forma como o indivíduo se percebe. Se alguém viveu trinta anos sentindo rejeição e passa a praticar imagens simbólicas de aceitação e amor, o cérebro cria uma nova estrutura de percepção de si mesmo.
A nova emoção muda o olhar sobre a vida, altera o corpo e reflete no comportamento, nas relações e até na prosperidade.
A imagem que você sustenta no coração determina o destino da sua alma.
O cérebro da fé: imaginando o impossível até que se torne real
O cérebro espiritual é aquele que sente antes de ver. Ele não precisa de provas para criar realidades, pois entende que sentir é o primeiro ato da criação.
Quando alguém imagina um milagre e o sente com verdade, o cérebro gera a química da cura. Quando alguém visualiza o amor de um pai, a reconciliação com a mãe ou o perdão que faltava, o corpo responde com alívio, o sistema nervoso desacelera e o coração volta a confiar.
A emoção vivida no Self 2 é a linguagem do divino dentro de nós. Fé, neurociência e emoção se tornam um só campo de consciência.
Conclusão: a realidade é emocional, não factual
O cérebro é um processador simbólico. Ele não responde ao fato, mas ao significado emocional do fato. E isso significa que toda realidade é passível de transformação, se for imaginada com emoção, sentida com fé e sustentada com consciência.
Você não precisa voltar no tempo para curar seu passado. Só precisa sentir uma nova verdade com mais força do que as dores que te construíram.
José Roberto Marques
Mentor, escritor e fundador do IBC Coaching