A vida moderna é corrida por natureza. Você tem que trabalhar, estudar, cuidar dos afazeres de casa, se alimentar de forma saudável, pagar as contas, praticar atividade física, planejar as férias, checar as redes sociais, levar o filho doente ao médico, fazer o curso em que o seu chefe está insistindo, sair com os amigos, se reconciliar com o namorado, trocar de celular porque o seu já está pifando, aprender a investir o seu dinheiro… Ufa! Quanta coisa, não é mesmo?

CALMA! A vida não é uma lista de compras em que devemos riscar o que já conquistamos. Lembre-se de que o corpo e a mente têm um limite de energia, pois não são máquinas. Sendo assim, aceite esses limites e respeite-os para não adoecer física e/ou mentalmente. Neste artigo, reunimos 10 sinais clássicos de que é preciso diminuir o ritmo para não ultrapassar o seu limite. Confira!

1. Cansaço constante

Um dos sinais mais clássicos de que a sua pilha interna está chegando ao fim é o cansaço. Mas não se trata de um cansaço qualquer, como o de quem acabou de chegar da academia. É uma exaustão que insiste em não ir embora, mesmo com os fins de semana, com as noites de sono e com as folgas.

Esse cansaço constante indica que o seu corpo e a sua mente já estão há algum tempo funcionando acima da capacidade recomendada, necessitando de pausas mais longas, como férias. Ignorar esse sinal certamente é um risco perigoso.

2. Pensamento acelerado, com desatenção e esquecimentos

Releia o primeiro parágrafo deste artigo. Essa lista de tarefas é o que se passa na mente de muitas pessoas em frações de segundos. É o chamado pensamento acelerado ou ansioso, em que listamos mentalmente todas as tarefas futuras que não podem ser esquecidas.

O problema é que de tanto pensar no futuro, nos descuidamos do presente. Repassando essa lista pelo cérebro, acabamos esforçando tanto o órgão que não prestamos atenção naquilo que estamos fazendo no momento, seja uma receita culinária ou o preenchimento de uma planilha no trabalho. Erros por desatenção e esquecimentos tornam-se frequentes (o que pode prejudicar a vida pessoal e profissional).

3. Sono desequilibrado

PSC

O cansaço constante que citamos é um pouco paradoxal. Mesmo com o corpo exausto, a mente parece que não desacelera nunca. É o que acontece quando apagamos as luzes, deitamos na cama e simplesmente não conseguimos pegar no sono.

Quando o sol começa a aparecer, o sono bate com tudo, mas aí já é hora de se levantar para um novo dia. Esse desequilíbrio entre corpo e mente é alimentado pela privação do sono, o que nos deixa ainda mais cansados, acumulando o sono da semana, na esperança de que o sábado e o domingo resolvam tudo.

4. Alterações do apetite

O estresse, o desânimo e o excesso de coisas a fazer podem provocar alterações nos hábitos alimentares — que podem ser exageradas ou restritivas, dependendo do indivíduo. Algumas pessoas acabam por fazer do ato de alimentar-se uma válvula de escape para o estresse do dia a dia, exagerando na quantidade e pecando na qualidade dos alimentos, quase de forma compulsiva.

Em contrapartida, há aqueles cujo estresse e preocupação atacam o estômago e inibem o apetite. Até um pequeno prato de sopa precisa ser “empurrado”. A fome simplesmente desaparece.

5. Oscilações de humor

Assim como o apetite, quem também parece estar em uma montanha russa é o humor. Em um dia, estamos cheios de energia, conversando com todo mundo e dando risada. No outro, tudo parece nos entristecer ou nos irritar de forma desproporcional.

Quem “paga” por esses oscilações são aqueles que convivem conosco: companheiros, filhos, pais, colegas de trabalho, e por aí vai. Explosões de raiva, crises de culpa e aquele choro que tenta lavar a alma de tanta angústia tornam-se mais frequentes e intensos do que o normal.

6. Tensão muscular

Um dos mecanismos mais conhecidos do estresse é a rigidez muscular. O corpo se prepara para lutar ou fugir diante das ameaças do dia a dia, o que dispara uma série de mecanismos, como a aceleração da respiração, a elevação dos batimentos cardíacos e da pressão arterial, a dilatação das pupilas e a contração dos músculos.

O problema é que, quando essas reações se tornam muito frequentes, nós adoecemos. É saudável ter essas reações em determinados momentos, mas não o tempo inteiro. Por isso, nos sentimos cansados, tensos e os músculos parecem pedras, especialmente no pescoço, nas costas e nos braços.

7. Desinteresse por atividades que antes geravam prazer

Toda pessoa costuma ter algum tipo de hobby, seja desenhar, escrever, pintar quadros, cuidar de um jardim, praticar um esporte, tocar um instrumento musical, ou simplesmente assistir a filmes e séries. Nas pessoas que estão no limite da sua energia, o cansaço bate tão forte que a bateria parece ter acabado inclusive para essas atividades que antes eram fontes de prazer.

A pessoa se torna apática, sem vontade de fazer nada. Tudo o que ela quer é ficar deitada, no máximo assistindo a algum programa televisivo que não demande muito esforço mental para compreender.

8. Falta de vida social

Esse cansaço todo se faz sentir também na vida social. Se a pessoa está cansada a ponto de não querer fazer nada dentro da própria casa, imagine fora dela! O indivíduo deixa de conviver com os vizinhos, de jantar fora com o namorado, de ir à academia, enfim, de passear.

O resultado pode ser um isolamento social, em que os amigos, de tanto receberem “nãos” como resposta, começam a deixar de convidar a pessoa para os programas sociais. É um círculo vicioso em que quanto mais a pessoa se isola, mais agrava o seu estado mental.

9. Distanciamento familiar

Esse isolamento social não diz respeito apenas aos amigos, mas também aos próprios familiares. O companheiro percebe que você está sem energia para fazer programas a dois. Os filhos sentem que você parece não ter mais tempo ou interesse para brincar com eles. Os pais lamentam que faz semanas que você não os visita ou dá um simples telefonema.

Ao notar esse distanciamento, você até tenta compensar, mas não consegue, pois falta energia. O resultado disso tudo é um sentimento de culpa e o início de uma série de discussões, que minam ainda mais a sua energia.

10. Problemas de saúde

Por fim, a ciência também tem provado que pessoas que não descansam adequadamente e não diminuem o ritmo das suas atividades quando necessário acabam desenvolvendo cada vez mais problemas de saúde. Como resultado de tudo o que já foi citado neste texto, o indivíduo começa a ter problemas de baixa imunidade, infecções frequentes, gastrite nervosa, alterações em exames de sangue, problemas cardiovasculares etc.

Tudo isso sem falar, obviamente, nos problemas de saúde mental que podem surgir: depressão, transtornos de ansiedade, fobias, TOC, transtorno do pânico, síndrome de burnout, compulsões de diversos tipos, e por aí vai.

Os 10 sinais acima são indicativos de que você precisa tirar o pé do acelerador e cuidar mais de si. O trabalho é importante, o estudo é necessário, e ganhar dinheiro é maravilhoso. Contudo, nada disso vai adiantar se você estiver sem saúde física e mental, sem energia, sem família e sem amigos, não acha? Portanto, fique atento aos sinais e desacelere, caso você se identifique com eles. Se precisar, procure ajuda médica e psicológica!

Você sabe a hora de diminuir o ritmo? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Por fim, que tal levar esta reflexão a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar dela? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!