Um currículo é um documento que resume a vida profissional de um indivíduo. É por meio dele que os empregadores conhecem os candidatos e fazem aquela primeira análise da carreira da pessoa e do grau de compatibilidade dela com a vaga em questão. Um bom currículo é o primeiro passo para uma entrevista de emprego e, possivelmente, para uma nova fase da vida profissional.

Muita gente, porém, encontra dificuldade na hora de organizar e redigir o currículo. Afinal, quais informações colocar? Quais delas é melhor deixar de fora? Para responder a essas perguntas, selecionamos 6 dicas que permitem que você construa um currículo excepcional. Vamos lá?

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Quais itens devem compor um currículo?

Para que você consiga se organizar e facilitar a compreensão dos empregadores, é muito importante que o currículo seja organizado e bem dividido em categorias. O ideal é que ele não tenha mais do que duas folhas. Evite imprimi-lo em frente e verso. Quanto às fontes, utilize as básicas — Arial ou Times New Roman — em tamanho 12. Sair dessa formatação pode causar a impressão de falta de profissionalismo.

Exceções podem ser abertas em vagas relacionadas a artes e criatividade, como publicidade, design, artes visuais, arquitetura e fotografia. Contudo, continua valendo a regra do bom senso, certo?

Os itens que compõem um currículo devem aparecer na seguinte ordem: dados pessoais, objetivo, qualificações, formação, idiomas, experiências profissionais, cursos e atividades extracurriculares.

Começando pelos dados pessoais, inclua: nome, data de nascimento, endereço e informações de contato (e-mail, telefone residencial e telefone celular). Lembre-se de colocar um e-mail profissional: nada daquele “juju_linda” que você criou nos tempos de escola, OK?  Algumas vagas também podem exigir estado civil.

A única rede social que pode aparecer num currículo é o LinkedIn, pois trata-se de uma rede específica para relacionamentos profissionais. Além disso, atente-se ao fato de que a prática de colocar foto em currículo está em desuso. Se o empregador desejar verificar a sua aparência, ele poderá fazê-lo por meio do LinkedIn.

Agora que você já sabe o básico, confira mais 6 dicas para criar um currículo profissional e eficaz.

1. Determine o seu objetivo

Logo abaixo dos seus dados pessoais, você deve incluir o seu objetivo, ou seja, o que você pretende conquistar com aquele currículo. Nesse caso, você deve colocar a vaga específica para a qual está se candidatando. No entanto, para que você não precise alterar o objetivo a cada currículo que enviar, há uma dica que facilita as coisas: colocar a área profissional do seu interesse.

Assim, para o objetivo, você pode colocar “vaga em arquitetura” ou “vaga em redação publicitária”, por exemplo. Se desejar, pode colocar algumas áreas correlacionadas, como: “arquitetura e design de interiores” ou “redação e revisão de textos”.

No entanto, é essencial que as áreas apontadas estejam relacionadas. Se um empregador analisar um currículo cujo objetivo é “vaga em jornalismo, medicina ou administração”, por exemplo, ele vai identificar que aquele candidato não tem nenhum foco em sua carreira. Isso é visto de forma negativa, pois, como essa pessoa vai ter sucesso num emprego para o qual não se dedica em 100%?

2. Apresente-se com qualificações

Após a definição dos objetivos, aparece a seção das qualificações, que muita gente esquece ou ignora. Esse campo do currículo serve para que a pessoa se apresente com as suas próprias palavras. Isso deve ser feito de forma resumida, em um parágrafo.

Nessa seção, a pessoa deve citar a área profissional em que atua ou em que deseja atuar, além das suas principais competências, experiências e conhecimentos adquiridos. Evite colocar elogios a si mesmo, OK? É importante ressaltar que esse item deve estar em consonância com o objetivo definido anteriormente.

Para quem deseja ser jovem aprendiz, é natural que a pessoa não tenha uma área específica como objetivo, mas pode citar que deseja ingressar no mercado de trabalho como jovem aprendiz e, assim, conhecer a si mesmo e desenvolver as suas habilidades.

3. Inclua a sua formação

Logo abaixo das qualificações, é necessário que a pessoa coloque a sua formação, pois ela permite que os empregadores tenham uma noção da escolaridade do indivíduo e do grau de aprofundamento que possui na profissão.

Para aqueles que possuem ensino superior (graduação, pós-graduação, mestrado, doutorado etc.), basta citar essa formação superior. Ensino médio e ensino fundamental não precisam ser citados. Se desejar, pode citar algum curso técnico que tenha realizado, desde que seja relevante à sua área de atuação.

Para quem não possui ensino superior, cite o ensino médio e o curso técnico (se houver). Para quem ainda está com o ensino médio em andamento, inclua também o ensino fundamental. Em todas essas formações, cite em qual instituição elas foram realizadas e qual foi o respectivo ano de conclusão (ou explique que está em andamento, com a previsão de conclusão).

4. Cite os idiomas que você domina

No mundo globalizado em que vivemos, onde os conhecimentos de diferentes países circulam pelo globo em segundos, cada vez mais o mercado de trabalho tem exigido dos candidatos outros idiomas, além da sua língua materna.

Por isso, é muito importante citar os idiomas que você domina. A recomendação geral é que só sejam inclusos os idiomas em que você tem um domínio ao menos intermediário. Apenas inclua os idiomas de domínio básico se a vaga deixar claro que aceita candidatos com esse nível.

No Brasil, o inglês e o espanhol continuam sendo os idiomas estrangeiros mais exigidos. Francês, italiano, alemão, japonês e mandarim (mais recentemente) também podem aparecer como requisitos, embora mais raramente.

5. Relate as suas experiências profissionais

Depois de abordar todos os seus conhecimentos, é hora de mostrar o que, de fato, você já fez no mercado de trabalho. Inclua as suas experiências profissionais, sempre em ordem cronológica — da mais recente para a mais antiga. O ideal é que você selecione apenas as mais recentes e/ou as mais relevantes para a vaga que deseja ocupar.

Cada experiência deve aparecer separada das demais, incluindo os seguintes dados: nome da empresa, período de trabalho (data de início e data de término — ou “emprego atual”), cargo e funções desempenhadas.

Além dessas informações, uma grande dica é incluir também os principais resultados obtidos nessas experiências. Eles representam um diferencial muito importante, já que revelam, efetivamente, o que você é capaz de fazer (positivamente, é claro) por uma empresa. Além disso, esses resultados podem atrair o interesse do empregador e ser ótimos assuntos a serem abordados na entrevista de emprego.

Para quem está à procura do primeiro emprego, as experiências profissionais podem ser substituídas por trabalhos voluntários, atividades informais (os populares “bicos”), trabalhos como freelancer e até mesmo por prêmios que você possa ter recebido em sua vida acadêmica — competições e trabalhos experimentais na faculdade, concursos escolares de redação, olimpíadas de matemática ou de física, entre outros.

6. Não se esqueça dos cursos e das atividades extracurriculares

Por fim, se você tem algum curso complementar, desde que seja relevante para a vaga, não deixe de incluí-lo. Se você está em busca de uma vaga de arquitetura e tem um curso de história da arte, por exemplo, vale a pena citá-lo. Um curso de culinária, por sua vez, pode ser deixado de fora, certo?

O mesmo vale para as atividades extracurriculares, como intercâmbios, trabalhos voluntários, organizações de eventos, entre outros. Relate apenas o que for relevante ao seu objetivo.

Para concluir, lembre-se sempre de revisar atentamente as informações do seu currículo. Redação confusa, erros de digitação ou de gramática e até mesmo uma diagramação desorganizada das informações podem pesar nas decisões dos empregadores.

Contudo, se você seguir as dicas acima, certamente encontrará um bom emprego em breve. Muito sucesso em sua jornada! Se você gostou deste artigo, deixe o seu comentário no espaço abaixo. Além disso, não se esqueça de compartilhá-lo em suas redes sociais. Leve estas dicas a quem mais possa se beneficiar delas!

Imagem: Por Andre Boukreev