Olá querida pessoa,
Esse é o nosso último artigo da série 7 ações para vencer a crise.
Hoje eu quero falar com você sobre um tema que eu adoro muito: a neuroplasticidade.
É um termo diferente que talvez você nunca tenha ouvido falar mas que provavelmente você já deve ter colocado em prática mesmo sem saber o que é. Antes de explicar o que é, quero contextualizar o porquê eu trouxe a neuroplasticidade como o sétimo movimento para vencer a crise.
Você já parou para pensar que possivelmente muitos empregos não vão mais existir depois da crise? E que muitas profissões e formas de trabalhar serão modificadas e ganharão novas definições e conceitos?
Que pessoas vão ter que se reinventar? E não apenas pessoas, mas empresas? Isso é sinal de que o mercado está recebendo uma “sacudida” pela crise e poucos vão continuar de pé.
Significa que algumas empresas podem desaparecer, alguns modelos de mercados, empregos podem desaparecer por não se adequarem ao comportamento do cliente e até novos nichos vão surgir.
Será que você vai conseguir adaptar o seu produto nesse momento? Pode achar que não, mas isso é uma crença que está limitando o seu olhar. As necessidades ainda existem e foram criadas novas formas de resolvê-las.
Existem diversos produtos que hoje utilizamos que antigamente a distribuição ou a forma de consumir era diferente. Talvez você não saiba, mas em algumas cidades ou bairros em São Paulo, pessoas entregavam pães em bicicletas todas as manhãs e fins de tarde.
Pense hoje no seu modelo de negócio, já parou para pensar como era antes? Livros não eram digitais, hoje livros já se tornam apenas áudios. Filmes eram vistos em VHS ou no cinema, hoje você assiste quantos quiser pelo celular.
Antes você precisava ir ao banco e enfrentar filas quilométricas para resolver algo sobre sua conta e hoje você resolve tudo pelo aplicativo ou pelo contato do seu gerente online.
O que está para acontecer dentro do seu nicho que você pode descobrir? Isso é o conceito de neuroplasticidade.
O que é realmente neuroplasticidade?
Já reparou que pode se fazer quase tudo com o plástico? Poucos materiais são adaptativos e versáteis. Após várias crises, os produtos continuam sendo utilizados e sendo vendidos empresas. Esse é o conceito plasticidade. Se adaptar ao mercado, ao cliente e ao contexto de mudança e inovação.
O cérebro humano é um dos grandes objetos de estudo da ciência, que ainda esconde diversos mistérios, e que instigam a nossa curiosidade. Trata-se de uma máquina, com conexões capazes de fazer com que todo o nosso corpo funcione em perfeita harmonia ou não.
Apesar de ainda esconder diversos mistérios, sabe-se que o cérebro tem grande capacidade adaptativa, podendo sofrer mudanças de acordo com as situações as quais é submetido ao longo da vida de um indivíduo.
Até bem pouco tempo atrás, os neurocientistas acreditavam que o nosso cérebro, que possui mais de 100 milhões de células neurais, não seria capaz de gerar novas células.
Assim, a neurogênese, que é a capacidade do cérebro de gerar novos neurônios, não era considerada uma ação possível. A ideia era de que nascemos com X número de neurônios e ponto final, não haveria a possibilidade de criarmos outros ao longo da vida.
Antes, acreditava-se que a neurogênese ocorria apenas no desenvolvimento do cérebro e não que ela continuava durante toda a vida, mas estudos feitos recentemente concluíram que a neurogênese ocorre continuamente.
A neurogênese ocorre em regiões específicas do cérebro humano adulto: o hipocampo e os ventrículos. Destes últimos, os novos neurônios migram para o bulbo olfatório.
Diversos fatores de crescimento envolvidos na neurogênese estão sendo investigados atualmente com o objetivo de entender a complexidade do processo.
Quando vemos ou pensamos em um cérebro humano lembramos que temos circuitos neurais, bilhões de conexões se conectando e interagindo de formas cada vez mais associativas e diferentes. Nós somos circuitos neurais, e cada habilidade que possuímos é devido a células que temos que desempenham essa função.
Hoje sabemos mais do cérebro humano do que jamais soubemos. Aprendemos coisas nos últimos 10 a 20 anos, que mudaram completamente a maneira como os neurocientistas pensam sobre esse órgão e nossa relação com ele.
Nos anos 80 nos disseram que nascemos e morremos com as mesmas células, e que não iríamos mais adquirir células ao longo da vida.
Destas constatações importantes, nasceu o conceito da Neuroplasticidade. Esta palavra deriva dos termos: neurônio e plástico.
Os neurônios dizem respeito a todas as células nervosas do nosso cérebro, sendo que cada componente da célula neural é composto por um axônio e dendritos, interligados por nossas sinapses. Já a palavra, plástico, exemplifica a capacidade de nosso cérebro de se moldar, modificar, ajustar e se adaptar a novas situações.
Sendo assim, podemos definir a Neuroplasticidade como: a capacidade do nosso cérebro de se modificar e reorganizar para formar novas conexões neurais ao longo de nossa vida.
Esta incrível habilidade permite, por exemplo, que os nossos neurônios (células nervosas) possam curar lesões e doenças, simplesmente ajustando o funcionamento do nosso cérebro aos novos acontecimentos ou mudanças no ambiente.
A neuroplasticidade diz respeito à capacidade do cérebro de se adaptar ao longo das experiências vividas e dos aprendizados.
Trata-se de uma característica do sistema nervoso que é fundamental para a realização de qualquer atividade que estimule o cérebro, como prática de atividades físicas, leitura ou qualquer processo de aprendizado.
A todo o tempo, o nosso cérebro constrói novos caminhos neurais e está exposto a novas informações e insights.
Como usá-la a nosso favor
Quando, por exemplo, chegamos a um local diferente, com pessoas novas e interessantes, mas há muito barulho e não podemos conhecer e ouvir todas, ao mesmo tempo; para conseguir nos comunicar e interagir com elas; teremos que escolher uma pessoa de cada vez para conversar.
Esta metáfora nos mostra como nossas vias neurais nos ajudam a aprender algo novo, porém, para isso, é preciso dedicação e foco ao que estamos fazendo.
Aqui a matemática é simples, quanto mais nos concentramos e praticamos uma atividade nova, melhores se tornarão nossas competências e habilidades, melhores nos tornamos naquilo e mais condições teremos de superar desafios e problemas e ir além.
A natureza humana é uma fonte inesgotável de inovação, criação e desenvolvimento de novas soluções. Você foi feito para vencer. Apenas confie e faça diferente hoje… aqui e agora… porque o melhor está por vir!
Espero que ao fim desta série de 7 vídeos você tenha se conhecido um pouco mais e expandir sua consciência sobre o potencial infinito que há em você!
Espero que eu tenha te ajudado a refletir um pouco sobre todas as possibilidades e recursos que você pode usar a seu favor para vencer a crise. Conte comigo e seguimos em movimento sempre em busca da evolução contínua!
Até a próxima.