Olá querida pessoa,
Esse é o artigo 3 da série: 7 ações para vencer a crise. No primeiro da série eu falei sobre a importância de compreender seu contexto, a sua realidade e não somente pautar suas decisões com base nas mídias ou no que a maioria está falando ou fazendo.
No segundo eu falei sobre o poder de encarar a crise de frente, tomar decisões e agir mesmo com medo do risco. Compartilhei meu ponto de vista sobre saber lidar com esse desafio com sabedoria, já prevendo riscos calculados com planejamento e análise de todas as fraquezas e oportunidades que seu negócio tem neste momento.
Se você não viu os artigos anteriores clique no link abaixo e eu irei te redirecionar para uma nova página com a lista completa de todos os artigos da série. Eu tenho certeza que essa sequência de artigos sobre as 7 ações para vencer a crise vão te ajudar a sair ainda mais forte e com muito mais vantagem competitiva, quem sabe até com muito mais clientes do que antes da crise.
Vai depender da sua capacidade de se reconstruir, se reinventar e é sobre isso que eu quero falar com você neste artigo. A terceira ação para vencer a crise é saber refazer.
O que é saber refazer?
Se a empresa conseguir suportar a crise pelo tempo que ela durar, ela entra na fase de reconstrução. Nesta fase a crise já está passando. A recuperação deve começar antes do fim de uma crise.
A reconstrução exige refazer o caixa, refazer a equipe perdida, reconquistar mercado, se reposicionar. É nesta fase que saberemos o nível de resiliência de uma empresa, a partir de como ela se refaz, analisando os danos que ela sofreu no período crítico.
O empreendedor já por escolher esta profissão, este ramo para atuar, é alguém com muita coragem. Ser empreendedor é entregar para a sociedade soluções, gerar renda para a economia nacional, gerar empregos.
É do nosso empreendedorismo que o Brasil pode sair da crise de maneira excelente. Do nosso suor e do suor da nossa equipe. E crise é algo que todo o empreendedor enfrenta.
A partir do momento que uma pessoa decide empreender, geralmente, ela vai levar entre 2 a 5 anos para se consolidar no mercado. Quer dizer que toda empresa já começa em crise, então se você é empreendedor, você já optou naturalmente por lidar com crises da maneira mais próxima e vivencial possível.
Eu diria até que uma empresa nasce de uma crise. O Nubank, por exemplo, nasceu por uma insatisfação com as burocracias dos bancos tradicionais. A crise de um consumidor se tornou uma oportunidade de negócio. A Uber surgiu pela indicação da espera por um táxi e ainda ter que pagar valores excessivos a cada viagem feita e por aí vai.
Todo atrito, desconforto, inconformidade e insatisfação pode ser o combustível necessário para dar origem a uma grande ideia que nem sempre precisa ser revolucionária mas que precisa ser útil para a necessidade de um público ou de um mercado específico.
Nesse sentido, te convido a refletir sobre como você tem usado seu medo, insegurança e até mesmo a sensação de impotência para extrair aprendizados e transformar esses aprendizados em ideias, soluções e projetos para fortalecer ainda mais seu time, seus processos, indicadores, modelo de negócio, produtos, serviços, prospecção de novos clientes e fidelização dos clientes de longa data.
Aproveite as oportunidades
Já ouviu a frase “É na crise que as oportunidades aparecem”? Bom, talvez você esteja escutando cada vez mais esta frase nesta época de crise. Mas já pensou como essa frase faz sentido? Realmente é na crise que a oportunidade surge.
Oportunidade de observar um espaço no mercado que ninguém ainda enxergou, não investiu e pode ser a chance da sua empresa crescer dentro da crise. É o momento de melhorar seu produto ou serviços e entregar soluções ainda mais efetivas aos clientes.
Momento de rever a forma com você tem liderado seu time e como sua postura tem se sido ou não espelho e fonte de inspiração, segurança e confiança. Será que você está efetivamente liderando ou sendo apenas um gestor?
Liderar é ser um servidor, é ser um instrumento de desenvolvimento dos profissionais que estão sob sua responsabilidade. É o momento de intensificar ainda mais o sentimento de pertencimento do seu time para que tenham o senso claro de colaboração, cocriação e coparticipação na construção do negócio.
Eventualmente essa pode ser a oportunidade para rever gastos e avaliar se tudo que engloba o gasto mensal da empresa realmente é necessário. Exemplo: sua empresa está usando todos os recursos que tem disponível ou apenas parcial? Uma ferramenta, um programa, um software, um equipamento… tudo, absolutamente tudo que tem hoje de recursos são 100% utilizados o tempo todo ou apenas para ações pontuai? Esse custo pode ser dispensado temporariamente ou é indispensável de fato?
Os indicadores e processos da sua empresa são redondos, bem mapeados e claros para todos os colaboradores ou existe certa desorganização na construção dos projetos, delegação de demandas e acompanhamento os resultados? Como você pode aproveitar esse período de quarentena para propor novas diretrizes a respeito da condição dos trabalhos do time, método de atendimento, follow up, recorrência nas vendas e retenção de clientes?
Você pode estar com a sua empresa de braços cruzados no momento ou falando que não encontra uma possibilidade do seu negócio faturar dentro da crise, mas aquilo que não é possível, é apenas porque não temos conhecimento. O conhecimento é a melhor forma de tornar tudo possível.
Algumas empresas de supermercado, restaurantes e farmácias nos Estados Unidos estão utilizando o drive thru para não ter custo de delivery e ainda ter lucro em meio à crise. O cliente escolhe por meio do whatsapp, utilizando aplicativos como Ifood ou Rappi ou falando diretamente com a empresa, avisa o que deseja e em alguns minutos passa na unidade perto da sua casa e retira o pedido. Sem precisar ter contato com pessoas e ainda se sentindo como antes da quarentena, saindo de casa e buscando o que quer. Algo importante para saúde mental, nestes tempos.
A tecnologia a nosso favor
Outra opção é utilizar a tecnologia como aliada. Já pensou que o seu negócio pode ir além de um aplicativo ou de mensagens pelo whatsapp? Pense fora da caixa, busque – dentro do seu modelo de mercado – meios de conectar outros modelos de mercados. Somar mercados.
Em uma crise, como a que estamos passando, o empreendedor precisa de mais força, raça e muita paciência, criatividade e sabedoria para não ser um daqueles que ficaram para trás.
Essa é a hora em que os verdadeiros empreendedores se separam dos aspirantes e aventureiros. Que os verdadeiros profissionais se separam dos amadores. Os desafios vem para provar que a sorte de vencer uma crise se constrói com anos de preparação, abdicações e 100% de entrega mesmo quando a maré estava calma.
Te convido a perceber que essa crise pode ser, inclusive, a antecipação do seu sucesso. Que todo aprendizado que você terá agora vai te preparar para uma conquista muito maior depois.
Talvez você demoraria muito mais anos para evoluir na zona de conforto do que agora que está na zona de confronto… confronto com seus medos, pontos de melhoria, dúvidas e incongruências internas. Como diz o ditado popular, mares calmos não fazem bons marinheiros.
Esse foi o terceiro artigo da série: 7 ações para vencer a crise.
Se você gostou, desse artigo, compartilhe com seus amigos gestores, empreendedores e responda aqui na caixinha de comentários a seguinte pergunta: Você tem estado atento às oportunidades que estão surgindo?
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