A força de uma empresa depende sim do seu marketing, da sua tradição, da sua tecnologia e do capital financeiro que tem disponível. Entretanto, às vezes nos esquecemos de que o seu principal elemento é o seu quadro de colaboradores.

Uma organização precisa essencialmente de pessoas. Cada uma delas, por meio das suas competências, habilidades e atitudes, é capaz de executar tarefas e levar diferentes ideias à organização. A partir dessa diversidade de conhecimentos, uma organização prospera em todos os sentidos, mas, antes disso, ela precisa saber como construir um quadro de bons colaboradores. Nesse sentido, separamos 7 dicas, que você confere a seguir.

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1. Conheça as necessidades da sua empresa

Toda empresa deve ter missão, visão e valores. Esses três itens são muito importantes para que os seus colaboradores compreendam o cenário em que ela está inserida, o que ela faz e como ela deseja ser vista no futuro. Por isso, o primeiro passo para contratar bons funcionários é conhecer esses três itens.

Por meio deles, fica mais fácil descobrir que tipo de profissional é mais indicado. É fundamental que as pessoas escolhidas tenham um perfil compatível, não apenas com as funções técnicas que venham a desempenhar, mas também com a cultura da organização, de maneira geral.

Além disso, é necessário conhecer todos os departamentos da empresa e os tipos de atividade que ali são desenvolvidos. Quais desses departamentos precisam de novos colaboradores? Por quê? Faça esse levantamento antes de iniciar os processos de recrutamento e seleção propriamente ditos.

2. Estabeleça os perfis ideais para os profissionais

PSC

Depois de fazer o levantamento de todos os cargos que precisam de novos profissionais, de preferência subdivididos por áreas e departamentos, é hora de estabelecer os perfis ideais dos indivíduos que ocuparão essas vagas.

Que tipo de formação essa pessoa deve ter? É um cargo que exige muita experiência prévia? Quais conhecimentos técnicos o indivíduo deve saber? Quais programas, softwares e ferramentas ele deve dominar? Precisa conhecer outros idiomas? Quais atividades ficarão sob a sua responsabilidade? Todos esses itens devem ser definidos para que alguém com perfil compatível seja contratado.

Além dos conhecimentos técnicos, também é preciso elencar as competências comportamentais que o profissional contratado deverá ter, como: organização, planejamento estratégico, proatividade, autonomia, criatividade, bom relacionamento interpessoal, capacidade de trabalhar sob pressão etc. É da junção das competências específicas do cargo com as competências comportamentais que nasce um perfil considerado ideal.

3. Estruture um processo de seleção detalhado

Algumas empresas fazem basicamente uma análise de currículo e uma entrevista com o gestor para que o novo profissional seja contratado. Pode até ser que uma seleção simplificada resulte em uma contratação eficaz. No entanto, as organizações mais estruturadas não têm pressa e dão preferência aos processos mais detalhados.

Em geral, os processos seletivos mais complexos são organizados em diferentes etapas, como: seleção de currículos, realização de testes de perfil comportamental, entrevista com profissionais de recursos humanos, entrevista com gestores da área específica, participação em dinâmicas de grupo, realização de testes práticos (da atividade profissional), busca por referências e, por fim, a contratação.

Cada uma dessas etapas não aparece à toa. Elas avaliam o histórico do indivíduo, o seu perfil comportamental, as suas competências profissionais, a sua capacidade de comunicação e relacionamento e o seu desempenho na teoria e na prática.

4. Cheque as redes sociais dos candidatos

Além de todas essas etapas, algumas empresas também gostam de checar as redes sociais dos candidatos. O tema é polêmico, mas o fato é que esse tipo de rede permite que as empresas conheçam melhor o indivíduo, os seus valores, o seu estilo de vida, entre outras informações que possam despertar interesse.

No entanto, é importante ressaltar que aquilo que as pessoas mostram nas redes sociais é apenas o que elas querem que os outros vejam. Dessa forma, esses sites não podem ser tomados como verdade absoluta, sendo apenas uma amostra de quem essas pessoas são.

Uma rede social que tem atraído muito a atenção dos recrutadores, em especial, é o LinkedIn. Ao contrário das demais redes, que focam na vida pessoal, o LinkedIn é especificamente voltado às relações profissionais. A própria página pessoal do usuário tem as mesmas funções de um currículo, o que é extremamente vantajoso — tanto para a pessoa que procura um emprego quanto para a empresa que está à procura de novos colaboradores.

5. Busque referências de antigos empregadores

Nas entrevistas de emprego, é comum surgir uma pergunta clássica: “por que você saiu do seu último emprego?”. Essa pergunta tem o objetivo de conhecer o indivíduo para saber se ele não foi demitido por uma conduta inadequada, por exemplo, ou se foi apenas por desejar uma nova oportunidade profissional.

Em complemento às entrevistas, vale a pena conversar diretamente com os antigos empregadores do candidato. Eles, que conviveram diretamente com o profissional, serão capazes de dar mais detalhes sobre a qualidade do seu trabalho, sobre o relacionamento que ele tinha com as demais pessoas da empresa, sobre a sua pontualidade e assiduidade, entre outros pontos de interesse da empresa que o deseja contratar.

Em geral, as empresas recorrem apenas ao último empregador, mas pode ser interessante conversar com mais de um deles. Assim, os recrutadores não ficam “reféns” de uma única opinião, o que pode ser um risco.

6. Mostre o que a sua empresa pode oferecer

Todo e qualquer profissional precisa ser adequadamente remunerado e valorizado dentro da organização em que trabalha. Quando uma empresa mostra à sociedade aquilo que ela pode oferecer aos seus funcionários, ela naturalmente atrai mais pessoas, sobretudo um público mais qualificado de candidatos.

Nesse caso, não falamos apenas do salário, embora ele seja, sim, uma questão muito importante — devendo estar de acordo com os valores praticados por outras empresas, respeitando o tempo de experiência do funcionário e correspondendo à qualidade do seu trabalho.

Contudo, além do salário, o funcionário também deseja encontrar um ambiente amigável, onde possa conviver bem com as pessoas, ser quem ele é, propor ideias e sugestões, enfim ter qualidade de vida no trabalho. Pagamentos em dia, benefícios adicionais (férias remuneradas, 13º salário, vale-transporte, convênio médico etc.), planos de carreira e possibilidades reais de crescimento também são alguns dos elementos mais atrativos para bons colaboradores, o que deve ser comunicado.

7. Mantenha aberta a possibilidade de recontratação

Por fim, há outra maneira de contratar bons profissionais, que foge dos processos seletivos clássicos: a recontratação. Imagine que você teve em sua empresa um profissional competente, mas que acabou deixando a sua organização porque uma oportunidade mais interessante surgiu.

Bem, se ele era um bom profissional, será que não existe a possibilidade de oferecer a ele benefícios que a outra empresa não oferece para recontratá-lo? Dependendo da qualidade do trabalho apresentado pelo indivíduo, essa alternativa pode ser muito vantajosa, pois é sempre mais fácil e tranquilo confiar em alguém que já é conhecido do que “apostar” numa novidade.

Questione o porquê de ele ter saído da empresa e o que poderia tê-lo feito ficar. Por um aumento salarial ou por alguma outra questão, talvez valha a pena promover essa recontratação.

Como você pode perceber, existem diferentes mecanismos pelos quais bons colaboradores podem ser contratados. A princípio, esses processos de recrutamento e seleção parecem trabalhosos, mas nada é tão trabalhoso e prejudicial (inclusive financeiramente!) quanto ter em seu quadro profissionais pouco competentes ou inadequados às suas funções. Um processo seletivo não é um gasto, mas um investimento no principal componente de uma empresa: o ser humano.

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Imagem: Por Andrey_Popov