A vocação é um chamado, ou seja, uma predisposição espontânea e natural que um indivíduo tem ao exercício de uma determinada atividade, especialmente uma função profissional. Como dedicamos boa parte das nossas vidas ao trabalho, é natural que as pessoas desejem encontrar a sua vocação, ou seja, aquela atividade que seja compatível com os seus interesses e habilidades, de modo que a vida profissional seja também uma oportunidade de ser feliz, e não um fardo em busca do sustento.

A trajetória de cada pessoa para encontrar a sua vocação é muito particular, e quase sempre gera alguma ansiedade. Aos 16 ou 17 anos, precisamos tomar essa decisão tão importante para a vida toda.

Há pessoas que já têm isso claro desde a infância, enquanto outras perambulam por diferentes áreas até encontrar uma atividade que lhes dê prazer. Ainda assim, há algumas dicas que podemos elencar para que você descubra qual é a sua vocação. Confira 8 delas na sequência!

1. Acompanhe os seus interesses

O primeiro passo para descobrir a sua vocação é ficar atento aos temas que despertam interesse em você. Geralmente, isso começa a ser percebido na infância, especialmente na escola. Há quem goste de desenhar, quem goste de escrever, quem se interesse por experiências científicas, que ame História, quem cria cenas para interpretar, quem prefira tocar instrumentos musicais, e por aí vai.

Esses interesses são um ponto de partida, pois permitem que a pessoa comece a ter alguma noção de onde está o seu chamamento profissional. Mesmo que você não tenha uma área preferida, certamente começará a descartar assuntos que sejam pouco relevantes para você.

2. Investigue os seus dons e habilidades

Além de reconhecer as suas paixões, também é importante ficar atento às suas habilidades naturais. Um aluno pode, por exemplo, ter tirado 10 em uma prova de português e 10 em uma prova de matemática. No entanto, o esforço que ele fez na prova de português foi enorme, enquanto que a prova de matemática não foi tão complexa para ele, o que indica uma aptidão natural ao raciocínio lógico e numérico.

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Para descobrir as suas habilidades, não tem jeito, você terá que “se jogar na vida”. Exponha-se a situações diversificadas, teste os seus conhecimentos e habilidades em diferentes áreas e identifique aquelas que pareçam mais naturais para você.

3. Faça testes vocacionais

Uma ferramenta que ajuda a pessoa a analisar a si mesma em relação aos dois tópicos anteriores (interesses e habilidades) é o teste vocacional. Geralmente, esses testes consistem em perguntas aleatórias sobre o que a pessoa gosta de fazer e sobre o que ela faz bem.

Desde que tenha sido respondido de forma honesta e sincera, o teste produzirá como resultado um gráfico de aptidões e possibilidades de carreira. É possível encontrar versões informais desses testes pela internet, mas há profissionais em orientação vocacional que podem aplicá-lo de forma mais técnica e eficaz, como psicólogos, pedagogos e profissionais da área de recursos humanos.

4. Pesquise sobre profissões que tenham a ver com você

Após concluir essas três primeiras etapas, unindo os seus interesses e as suas habilidades, você começará a ter noções de profissões compatíveis com o seu perfil. Por exemplo, se você gosta e tem facilidade para escrever, as suas pesquisas provavelmente apontarão para caminhos, como: jornalismo, publicidade, direito, roteiros audiovisuais, marketing, letras, história etc.

Esse levantamento de profissões é um catálogo de opções que possam ser seguidas. A partir daí, a ideia é que você aprofunde as suas pesquisas sobre elas, levantando os prós e contras de cada uma e criando rankings, de acordo com o que for mais compatível com as suas expectativas.

5. Converse com profissionais dessas áreas

Após as suas pesquisas mais aprofundadas, você provavelmente conseguirá descartar algumas profissões e definir aquelas que estejam mais próximas do seu chamado. Digamos, por exemplo, que você esteja entre ser publicitário, jornalista e professor de português. Essas profissões têm um ponto em comum, que é a comunicação, mas o dia a dia delas é bem diferente.

Nesse sentido, é essencial conversar com profissionais que já exerçam essas atividades, pois só eles serão capazes de explicar aquilo que não aparece nas pesquisas e leituras: as dificuldades do dia a dia, as possibilidades de crescimento, o estilo de rotina, a remuneração, as possibilidades de atuação, o momento que o mercado vive, as ameaças e oportunidades da área, a necessidade de estudos etc.

6. Verifique as suas possibilidades de atuação

Hoje em dia, cada profissão é um universo. Os profissionais têm se tornado tão especialistas naquilo que fazem que a escolha de uma carreira continua apresentando diferentes caminhos a serem seguidos, o que é importante ter em mente ao fazer a sua escolha.

Um publicitário, por exemplo, pode seguir carreira em diferentes áreas, como: atendimento, planejamento, mídia, redação, direção de arte, produção gráfica e audiovisual, pesquisa de mercado, promoção de eventos, ações promocionais e merchandising, e por aí vai. Conhecer as possibilidades que uma ocupação oferece pode ser útil para que você faça a sua escolha.

7. Tenha experiências práticas

Antes de fazer a sua escolha, tenha algumas experiências práticas. Conheça e visite empresas da área que você tem em mente, acompanhe o dia a dia de algum profissional desses setores, atue como estagiário, faça atividades como freelancer ou mesmo projetos não remunerados apenas para você saber como é a experiência.

Entre a teoria e a prática, pode haver um espaço considerável. Por isso, invista nessas tarefas mais práticas para que você tenha uma noção real do que o espera nessas profissões. Por exemplo: se você pensa em ser um designer, experimente construir um logotipo para uma empresa fictícia ou talvez para um amigo que está criando um website para um negócio próprio.

8. Permita-se mudar

Por fim, entenda que escolhas não são definitivas. Não faltam por aí exemplos de arquitetos que se tornaram escritores, de psicólogos que se tornaram médicos, de jornalistas que se tornaram professores, entre outros.

É claro que você não deve pular de galho em galho cada vez que uma dificuldade surgir. Contudo, mantenha a mente aberta e questione-se com certa frequência se você está feliz com a sua vida profissional. Em alguns casos, uma simples mudança de empresa pode resolver as suas insatisfações. Em outros, uma mudança de área pode ser bem-vinda.

A escolha vocacional é uma questão de autoconhecimento. Por isso, saiba que o coaching também pode ser extremamente útil nesse momento tão decisivo. Seja para encontrar a sua vocação ou para promover uma recolocação profissional, saiba que o IBC conta com especialistas em coaching de carreira para orientá-lo!

E você, ser de luz, já encontrou a sua vocação? Como foi/tem sido esse processo? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!