Um currículo é um documento que resume a vida profissional de um indivíduo, contendo os seus objetivos, formações, cursos, idiomas e experiências profissionais prévias. Ele precisa ser organizado, completo e com um tamanho equilibrado para que seja levado em consideração pelos recrutadores.

Infelizmente, muitas pessoas pecam pela desorganização, pela falta de dados ou pelo excesso deles, o que leva os seus currículos diretamente para a lixeira (seja ela física ou virtual!). Se você não está a fim de ser rejeitado pelas empresas nas quais tem interesse em trabalhar, é importante conhecer os principais erros que as pessoas cometem ao fazer um currículo. Na sequência, você vai conferir 8 deles, que precisam ser evitados. Será que você está cometendo algum desses equívocos?

1. Omitir dados pessoais necessários

Os dados de contato são essenciais para que as empresas possam se comunicar com os candidatos. Por isso, é primordial que você registre no currículo um número de telefone e um e-mail que estejam atualizados e corretos. Além disso, também vale a pena deixar um link para a sua conta no LinkedIn, a rede social da vida profissional. Recrutadores podem entrar em contato com você por lá.

Contudo, também não é prudente ser excessivo. Há alguns elementos que são desnecessários, como fotos (a menos que a vaga exija) e números de documentos. Esse último item pode até mesmo ser perigoso, afinal de contas, você não sabe quantas pessoas terão acesso a esses dados.

2. Não definir um objetivo

Todo currículo precisa de um objetivo, que é um cargo ou ao menos uma área profissional específica. A falta desse objetivo pode exigir que o recrutador tenha que ler o seu currículo inteiro para descobrir qual é a sua vaga de interesse, o que também pode gerar a sua eliminação do processo seletivo. Deixe o seu objetivo entre as primeiras seções do documento, afinal de contas, há empresas que lidam com 1000 currículos de uma vez. Imagine o trabalho que dá quando não há um objetivo claro!

Por outro lado, você também não deve “bajular” a empresa para se vender. Algumas pessoas escrevem no objetivo algo do tipo “adoraria fazer parte dessa grande empresa e contribuir com ela por meio dos meus talentos, de modo que ambos possamos crescer”. Evite esse tipo de discurso no objetivo. Deixe-o para as entrevistas. No currículo, defina apenas o cargo desejado, como “assistente de marketing”.

3. Deixar de detalhar as experiências anteriores

A relação das experiências anteriores é uma das seções mais importantes do currículo. É por meio dela que os recrutadores conseguem efetivamente entender o que você sabe fazer. No entanto, é um erro comum que os candidatos apenas escrevam o cargo ocupado, a empresa em que trabalharam e o período dessa atividade.

Além dessas informações, é essencial descrever sucintamente quais atividades você executava nesses empregos. É isso o que vai dar ao recrutador uma noção das suas habilidades. A dica é citar de 4 a 6 tópicos, descrevendo as suas responsabilidades em poucas palavras. Isso dará ao recrutador uma noção de compatibilidade entre os seus saberes e o que a vaga demanda.

4. Ignorar o grau de domínio de idiomas

O conhecimento de diferentes idiomas foi, por muito tempo, um importante diferencial competitivo. Hoje em dia, porém, ele é quase uma obrigatoriedade, especialmente em determinadas vagas ou empresas, como as multinacionais. Por isso, não adianta dizer que você fez 3 anos de curso na escola X, sem explicar o que isso quer dizer.

Sendo assim, determine se o seu grau de domínio do idioma é básico, intermediário, avançado ou fluente. Ao fazer essa definição, lembre-se de quanto tempo faz que você não pratica o idioma. O seu inglês pode ter sido fluente ao concluir o curso, mas, se você está há 3 anos sem fazer uso dele, pode ser que ele tenha sido “rebaixado” para intermediário. Seja honesto.

5. Citar cada curso que você já fez na vida

Se você está em busca de uma vaga na área de finanças e contabilidade, será que vale a pena colocar no currículo que você tem cursos de artes plásticas? Esse é um erro muito comum. As pessoas listam dezenas de cursos de curta duração, o que, além de ocupar uma área enorme do currículo, ainda pode não ser relevante para o processo seletivo.

Aliás, ter cursos de outra área pode dar a impressão de que você não tem certeza do que quer ou que pode trocar de área profissional a qualquer momento, o que não é bom. Sendo assim, faça uma seleção de poucos cursos que sejam mais relevantes à vaga em questão.

6. Não organizar as seções do documento

Conforme citamos, as empresas têm centenas, às vezes milhares, de currículos para analisar. Por isso, certifique-se de que o seu esteja bem organizado. Os recrutadores precisam apenas bater o olho no documento para encontrar a informação que desejam em poucos segundos.

Dessa forma, separe o seu currículo em seções bem definidas, como: dados pessoais, objetivo, formação, idiomas, cursos complementares e experiências profissionais. Currículos bem organizados já oferecem de cara uma ótima impressão de objetividade e dedicação. Seja cuidadoso nessa etapa de formatação. Atente-se também para utilizar fontes tipográficas que expressem profissionalismo. Se você estiver em busca de vagas em áreas mais artísticas, há alguma liberdade maior nesse sentido.

7. Pecar pelo excesso de informações

Na hora de selecionar quais experiências profissionais prévias devem aparecer no currículo, muita gente simplesmente inclui todas elas. Isso pode ser bom se a sua experiência não for extensa. Contudo, se você tem 20 anos de profissão, isso pode ser perigoso. Há pessoas que não economizam nessa seção, fazendo com que o currículo tenha 4 ou 5 páginas, o que é inadmissível.

Sendo assim, priorize os últimos 5 ou 10 anos da sua carreira, ressaltando apenas os trabalhos que sejam mais relevantes para a vaga. Por exemplo: se você está se candidatando para um cargo de gerência, as suas experiências como estagiário podem ser omitidas.

8. Pecar pela falta de informações

Se o excesso de dados é prejudicial, o mesmo pode ser dito da falta deles. A objetividade é importante, mas isso não quer dizer que você deve resumir tudo o que aparecer em seu documento. Um bom currículo deve ser equilibrado, tendo no máximo duas páginas. Parece pouco, mas é espaço suficiente para que você mostre quem você é, o que você sabe e o que você já fez nas empresas anteriores.

Ser detalhista demais no relato das suas experiências é ruim, mas você precisa garantir que o recrutador compreenda as atividades que você já executou para ele entender do que você é capaz. Assim, seja sucinto, mas completo ao defender o seu potencial.

Como é possível perceber, a elaboração de um currículo é uma tarefa complexa, que demanda equilíbrio, definição de prioridades, organização e uma boa revisão gramatical depois de concluir a redação. É um processo trabalhoso, mas que pode abrir muitas portas em sua vida profissional.

E você, querida pessoa, tem cometido algum dos erros acima? Conhece alguma outra prática comum que é mal vista pelos recrutadores? Então, deixe o seu comentário no espaço a seguir. Por fim, que tal levar estas dicas a todos os seus amigos, colegas, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!