A impulsividade é a característica das pessoas que falam e agem de forma precipitada, sem pensar com calma nas consequências dos seus atos. Todo mundo age assim de vez em quando, mas é importante evitar esse comportamento, de modo que não soframos consequências negativas por não refletir antes de fazer as nossas escolhas.

Pensamento imediato, escolhas infelizes, arrependimentos, tentativas de retratação e poucos pensamentos em longo prazo são os traços dominantes nesses indivíduos, que precisam desenvolver o autocontrole.

Se, por um lado, o impulso é uma força de coragem e motivação, quando ele não vem acompanhado da reflexão, pode provocar consequências catastróficas, que tendem a gerar vícios, compulsões, problemas de relacionamento, erros graves no trabalho e nos negócios, ansiedade, instabilidade emocional, projetos começados mas inacabados, atitudes perigosas, compartilhamento de informações íntimas, entre outros comportamentos de risco.

Em alguns casos, o comportamento impulsivo pode indicar a presença de algum transtorno da mente, como os transtornos de ansiedade, o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), o transtorno de bipolaridade e o transtorno de personalidade borderline. Nesses casos, cabe ao psicólogo diagnosticar a condição e realizar o seu tratamento.

8 dicas práticas para desenvolver o autocontrole

Mesmo que você não se enquadre nos transtornos citados acima, é preciso compreender que agir com impulsividade é um comportamento que tende a gerar consequências negativas. Por isso, é necessário desenvolver o autocontrole no dia a dia. É algo que demanda esforço e tempo, já que esses comportamentos não são modificados do dia para a noite. Dessa forma, confira as 8 dicas a seguir!

1. Pare e pense

Os dois verbos acima são a grande dificuldade e também a grande solução para o problema das pessoas impulsivas. Por isso, quando você estiver em um momento de emoção intensa e sentir a vontade de reagir, lembre-se de bloquear esse processo. Pare, respire e pense. Diga a si mesmo para ter calma e foco.

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Lembre-se de que aquilo que o seu instinto está “mandando” você fazer é apenas uma das opções de ação. Reflita sobre as outras. Faça uma caminhada, respire fundo e entenda que o passar do tempo reduz a tensão e favorece o surgimento de novos pontos de vista — que até então estavam bloqueados pelo calor do momento.

2. Encontre um meio saudável de canalizar a sua impulsividade

A impulsividade geralmente surge nos momentos de emoção intensa, quando uma grande energia toma conta de nós. Nessas ocasiões, é importante extravasar essa energia em algo saudável, caso contrário, a colocaremos em comportamentos impulsivos (decisões erradas, brigas, agressões), vivenciando todo o arrependimento e o sofrimento emocional que sucedem essas ações.

Assim, cante, dance, pratique um exercício físico, corra pelas ruas do bairro, grite no travesseiro. Encontre uma forma de liberar essa energia até que a sua emoção diminua em intensidade e que o pensamento racional retorne.

3. Aprenda a relaxar

Combater a impulsividade também demanda aprender a administrar a intensidade das emoções, conhecer a si mesmo, libertar a tensão, relaxar e promover o pensamento lógico.

Há algumas técnicas que, quando praticadas com regularidade, permitem que os efeitos acima sejam alcançados. Estamos falando da meditação, da respiração profunda e consciente, da ioga, da caminhada e da técnica mindfulness. Psicólogos e psiquiatras ressaltam que essas atividades são aliadas da saúde mental e podem ser praticadas diariamente, mesmo que por poucos minutos.

4. Faça visualizações mentais

Quando estiver em um momento de emoção intensa e sentir o impulso de uma ação impensada crescer, faça um exercício de visualização. Por exemplo: quando sentir-se triste e despertar a vontade de comer ou de gastar dinheiro excessivamente para “compensar” a tristeza, feche os olhos e questione-se: qual outra ação eu posso realizar para me sentir melhor, sem precisar recorrer a esse comportamento compulsivo que não me ajuda de verdade?

O mesmo vale para as situações estressantes. Em vez de ceder aos impulsos animalescos de agredir alguém, por exemplo, respire fundo e visualize-se resolvendo a questão por meio do diálogo, mesmo que, para isso, você tenha que esperar o calor da emoção diminuir.

5. Mude o foco

Muitas vezes, a impulsividade vem de preocupações intensas e de ansiedade. Nesse caso, o ideal é encontrar alguma outra atividade para tirar o foco dessa preocupação, ajudando o indivíduo a administrar as suas emoções.

Ouça a sua música favorita, converse com alguém que lhe faz bem, tenha um hobby para esses momentos, enfim, distraia o seu pensamento da fonte da sua inquietação, ao menos até que você recupere a serenidade para tomar uma decisão mais consciente e que não vai gerar arrependimentos. Um simples joguinho no celular, por 5 minutos, pode cumprir bem essa função.

6. Escolha uma hora do dia ou da semana para pensar e planejar

Outro aspecto comum nos comportamentos impulsivos é a falta de planejamento. Por isso, separe uma hora do dia ou da semana para pensar no que você tem que fazer, refletir sobre as opções que existem, ponderar os prós e contras de cada uma delas, tomar a sua decisão e organizar a sua rotina.

Ter uma agenda ajuda a pessoa a organizar as suas tarefas em dias e horários, o que ameniza o estresse, a ansiedade e a tomada brusca de decisões. Portanto, separe algum momento do dia ou da semana para fazer esse planejamento, organizando o seu pensamento e o seu dia a dia. Se necessário, peça ajuda para pessoas de sua confiança. Entenda que uma mente planejada e organizada tende a evitar a impulsividade.

7. Alterne as estratégias

Ao longo deste artigo, você conferiu algumas das técnicas que os psicólogos recomendam para evitar o comportamento impulsivo. Lê-las no papel pode até dar a impressão de serem coisas simples, mas isso não é verdade. Combater a impulsividade é algo muito difícil para algumas pessoas, pois administrar as emoções é um fator muito complexo.

Portanto, em vez de sentir-se frustrado porque a técnica escolhida não dá resultados, experimente outra, até encontrar aquilo que é mais eficaz no seu caso. Trata-se de um processo lento e trabalhoso, que demanda muita paciência e resiliência, mas que vale a pena até que os efeitos esperados comecem a ser sentidos.

8. Procure ajuda especializada

Por fim, lembre-se de que nem sempre conseguiremos administrar as nossas emoções sozinhos. Nesse caso, vale a pena conversar com um psicólogo, que é um profissional estudado e treinado para compreender os seus comportamentos, identificar as suas origens e propor mudanças de pensamento e de atitude, em busca de um padrão de atitudes mais saudável.

A psicoterapia é o processo mais indicado para que o indivíduo desenvolva o autoconhecimento, isto é, que compreenda os seus processos internos, incluindo o que precisa ser mudado. Portanto, não hesite em procurar essa ajuda especializada quando sentir necessidade.

Que as 8 dicas acima o auxiliem na busca por uma vida mais serena e tranquila, longe das consequências negativas que o comportamento impulsivo provoca.

E você, querida pessoa, consegue administrar as suas emoções ou ainda tem momentos de impulsividade? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além disso, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas, familiares e a quem mais possa se interessar pelo tema? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!