Profissional segurando martelo, tentando se livrar dos seus pontos de melhoria

Conrado/Shutterstock Se libertar das fraquezas é a melhor maneira de eliminar seus pontos de melhoria

Muitos de nós alimentamos certa obsessão por nossos pontos de melhoria. Adoramos ser reconhecidos pelos outros e por nós mesmos a partir de nossas qualidades, o que é ótimo. Porém, a autossabotagem continuamente faz com que caiamos em baixas vibrações mentais/emocionais.

A impressão que temos é que nossas cridas fraquezas estão espreitando nossa mente o tempo todo, tais quais feras prestes a atacar nossa saúde psíquica. Porém, a verdade é que nossos defeitos são como gatos: inofensivos se nós soubermos lidar com eles, mas agressivos se não soubermos manejá-los, o que pode nos render ferimentos dos grandes.

O grande problema reside em não conseguirmos sair do limbo da perspectiva sombria sobre quem somos e permanecermos lá por muito tempo. Focar em nossos pontos fracos gera frustração, sentimento de impotência perante o mundo e tristeza, e esta última pode ser viciante.

Pontos de Melhoria – Como lidar com eles?

Você poderia perguntar: de que forma pensamentos que sabemos ser negativos podem nos atrair e se tornarem vícios? É simples, pois por experiência a maioria de nós sabe a resposta: à medida que a negatividade nos impede e nos enclausura, nos acostumamos a um tipo de conforto que de certa forma compensa desse suposto conforto têm efeitos agravantes, como em uma bola de neve.

Um exemplo simples de falso ganho por evitarmos situações que sabemos que devemos enfrentar, fazendo saltar a nossos olhos as fraquezas que possuímos, seria a prática de exercícios físicos, ou melhor, a falta dela. Suponha que você esteja com uma depressão grave, que te impede de realizar tarefas necessárias, e seu médico diz que se exercitar regularmente fará com que os sintomas diminuam consideravelmente.

Agora imagine que, mesmo com a enfermidade te atrapalhando a viver adequadamente, você opte por permanecer sedentário. Talvez você tenha se convencido de que não vale a pena, de que você não consegue praticar as atividades, ou algo do gênero. Sua casa, seu quarto e sua cama são aconchegantes? Certamente. Mas não acha que eles podem também te sufocar, causar claustrofobia caso permaneça lá por muito tempo?

Quando você se nega o esforço de seguir o caminho certo, apesar do prazer da comodidade, você também gera culpa, autopunição, senso de negligência com sua saúde mental (e física também, neste caso), possivelmente o agravamento de enfermidades e assim por diante. E por quê?

A raiz disso é que ao fugir, ao se voltar às fraquezas, você reforça suas crenças limitantes, e são as crenças que promovem o impedimento da evolução. Percebe o perigo desse círculo vicioso? Mas não se desespere. Se você chegou a este ponto da leitura, lembre-se que pelo menos o primeiro passo da mudança você já deu, que é desejar a melhora, e também está munido de várias ferramentas para atingir seus objetivos.