Você tem vivenciado problemas com o seu companheiro? Educar os filhos tem parecido uma missão impossível? A relação com os pais e com os demais familiares já foi melhor? O dia a dia de trabalho é marcado por conflitos com os colegas e com os superiores? Até mesmo os vizinhos têm representado problemas? Realmente, há algo que precisa ser revisto na maneira como você conduz os seus relacionamentos.

De fato, pode ser que todas essas pessoas estejam cometendo erros em sua direção. Mas será que você tem percebido as suas falhas em direção a eles? Não podemos nos esquecer de que toda relação é uma via de mão dupla, de modo que você precisa assumir a sua parcela de responsabilidade em todos esses conflitos.

Para que isso seja possível, precisamos desenvolver o autoconhecimento, ou seja, a capacidade de identificar, compreender e analisar os nossos pensamentos, sentimentos, palavras e atitudes. Sem desenvolver essa competência, você sempre vai achar que você está certo e que o outro está errado, o que nem sempre é verdade.

Dessa forma, é essencial que você conheça a si mesmo para evitar o desgaste nos relacionamentos, conforme já citamos. Para saber como fazer isso, continue a leitura do artigo a seguir!

O que é o autoconhecimento?

Conforme mencionado acima, o autoconhecimento é o conhecimento que adquirimos sobre nós mesmos. Isso inclui quem nós somos, o que nós queremos, quais são as nossas forças individuais, quais são os aspectos em que precisamos melhorar, e por aí vai.

Nem precisamos dizer que o autoconhecimento não é algo que se aprende em curso, mas sim em todos os dias das nossas vidas, até o fim. Um indivíduo é um ser muito complexo e em constante evolução, de modo que não há limites para o autoconhecimento.

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Por isso, investir em autoconhecimento é investir em um mergulho interior, de modo que você identificar padrões e reconhecer as origens dos seus pensamentos, emoções, palavras, ações, desejos, sonhos, medos, vícios e virtudes. O seu comportamento é uma consequência de tudo isso.

Dessa forma, se você tem encontrado problemas de relacionamento, é necessário analisar todas essas questões em suas raízes. Em outras palavras, é conhecendo a si mesmo que você conseguirá diagnosticar os seus problemas e modificar o que precisa ser modificado para resolvê-los. Isso certamente proporcionará melhores relações.

Como o autoconhecimento beneficia os nossos relacionamentos?

No que diz respeito aos seus relacionamentos, você consegue identificar as suas limitações pessoais? Os seus medos de comprometer-se? A sua resiliência? As suas características positivas? Os aspectos que prejudicam as suas relações e que dependem diretamente de você? Os seus valores? As suas crenças limitantes? Os seus objetivos? A sua capacidade de tomar decisões?

O autoconhecimento possibilita que o indivíduo responda a todas essas perguntas. Fazendo isso, ele consegue entender a parcela dele de culpa no desgaste dos relacionamentos. Isso não resolve 100% do problema (afinal de contas, há outras partes envolvidas), mas com certeza contribui com uma melhoria considerável.

Esse processo faz com que o indivíduo reconheça comportamentos que não são benéficos para as suas relações e consiga modificá-los, de modo a gerar o entendimento, em vez do conflito. Pode ser, por exemplo, que você esteja traumatizado por uma traição que sofreu no passado e esteja sempre com medo de que o parceiro atual esteja fazendo o mesmo— ainda que não haja indícios disso. É justo?

Portanto, o autoconhecimento permite que você desenvolva a inteligência emocional, a comunicação clara e eficaz, a autoestima, o amor-próprio, o estabelecimento de limites, a estabilidade e a autoconfiança. Muitas vezes, ele também permite que a pessoa descubra que aquela relação em que ela está envolvida não tem nada a ver com o que ela deseja, fazendo com que ela saia desse relacionamento e encontre outro, que de fato a faça sentir-se realizada.

Como podemos nos desenvolver neste aspecto?

Para conhecer a si mesmo, a palavra chave é “refletir”. Especialmente diante de um momento delicado, pense naquilo que você sentiu, nas coisas em que pensou, nas palavras que disse e nas atitudes que tomou. Se desejar, anote esses 4 itens em um papel. Depois, faça duas perguntas básicas em relação a cada um desses itens: Por que eu agi/pensei/senti/falei dessa maneira? Isso foi positivo ou negativo para a relação?

Quanto mais uma pessoa reflete e registra as suas atitudes, mais ela identifica padrões positivos e padrões negativos. Aos poucos, essa pessoa conseguirá modificar os comportamentos negativos, substituindo-os por maneiras mais inteligentes de lidar com o conflito. Isso, contudo, não deve ser confundido com tolerar tudo e ser absolutamente condescendente com o outro. Se você perceber que só você faz a sua parte, mas o outro não tem interesse em ser alguém melhor, é preferível se afastar.

Por isso, muitas pessoas refletem e até mesmo escrevem diários sobre as suas emoções, ideias, sonhos, medos, culpas, arrependimentos, atitudes e valores individuais. Assim, uma pessoa pode chegar à conclusão de que não tem dado o valor merecido ao seu parceiro, por exemplo, propondo-se a mudar nesse sentido. Percebe como isso é benéfico?

Qual a relação entre o coaching e o processo de autoconhecimento?

É claro que a mente humana é algo extremamente complexo e encontrar clareza para compreender as situações em que estamos envolvidos nem sempre é fácil. A intensidade das emoções e a complexidade das relações podem fazer com que seja difícil conhecer a si mesmo e tornar-se alguém melhor.

Por isso, há atitudes muito benéficas para facilitar o processo. A escrita de diários, que já citamos, é uma delas, mas há várias outras, como a leitura de autoajuda, a prática diária da meditação (para favorecer a clareza do pensamento e o equilíbrio emocional), a psicoterapia e o processo de coaching.

O que os psicólogos e os coaches têm em comum é que ambos fazem questionamentos para que o próprio indivíduo conheça a si mesmo e perceba os padrões de pensamento e atitudes que lhe fazem bem e os que lhe fazem mal.

Na psicoterapia, o objetivo é geralmente ajudar o indivíduo a sair de um quadro de transtorno (depressão, ansiedade, compulsões etc.). Já no processo de coaching, a ideia não é fazer tratamentos para transtornos (nesse caso, procure um psicólogo!), mas sim ajudar a pessoa (que está saudável) a alcançar os seus objetivos de vida, mas que ainda não sabe ao certo o que deseja ou como conquistá-los. Percebe a diferença?

Sendo assim, o fato é que o olhar externo de outra pessoa (um profissional, e não um amigo ou familiar) que não julga pode ser uma ferramenta incrível para que você conheça a si mesmo. Psicólogos e coaches têm objetivos distintos, mas o que os une é certamente a promoção do autoconhecimento. Por isso, converse com eles para iniciar essa jornada libertadora, que fará com que você seja imensamente mais feliz!

E você, querida pessoa, tem investido em autoconhecimento? Como? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Por fim, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!