Toda empresa precisa fazer análises frequentes sobre o seu cenário interno e também sobre o ambiente externo antes de tomar as suas decisões estratégias. Para que isso ocorra, existem duas ferramentas muito importantes e que atuam de modo complementar: a análise SWOT, de que já falamos aqui no blog, e a análise Pestel, de que falaremos neste artigo.

A análise SWOT avalia as forças e as fraquezas das empresas em seus ambientes interno e externo. A análise Pestel, por sua vez, dedica-se especificamente ao ambiente externo, considerando todas as variáveis que não estão sob o controle da empresa, mas que podem impactar as suas atividades. Na sequência, você vai compreender melhor a importância e os elementos que constituem essa análise. Boa leitura!

Análise Pestel: compreendendo a sua importância

Por muito tempo, foi utilizada a chamada análise Pest para avaliar o cenário externo das empresas. Pest é uma sigla para “Político, Econômico, Social e Tecnológico”. No entanto, com o passar do tempo, a análise Pest tornou-se análise Pestel, pois mais duas variáveis foram inclusas nesse processo: ambiental (environmental, em inglês) e legal.

Como “ambiental” em inglês é environmental, é possível encontrar na literatura que aborda o tema os conceitos de “Análise Pestel” e “Análise Pestal”, variando em decorrência da sigla, mas se referindo à mesma análise.

A análise Pestel é importante para que as empresas avaliem as oportunidades e as ameaças que o ambiente externo pode oferecer às suas ações em todas essas áreas. Mesmo que esses fatores não estejam sob o controle da empresa, eles devem ser monitorados para que a organização possa agir em resposta a esses estímulos de forma estratégica e satisfatória.

As 6 áreas que compõem a análise Pestel

Como citamos, a análise Pestel leva em consideração seis fatores do ambiente externo em sua análise: político, econômico, social, tecnológico, ecológico (ambiental) e legal. Todos eles podem interferir de forma mais ou menos intensa a empresa, dependendo do seu segmento de mercado. Saiba mais sobre cada um desses fatores na sequência.

1. Político

PSC

Em geral, as empresas prosperam quando o local em que elas estão instaladas vive uma estabilidade política, sem guerras e sem transições bruscas de governo. Entre os fatores políticos que podem influenciar as atividades empresariais, encontram-se o grau de intervenção do estado na economia, as políticas fiscais, a política internacional, as leis trabalhistas, entre outros aspectos decididos pelo governo.

Sempre que o governo incentiva e apoia alguma iniciativa das organizações, essa ação é naturalmente facilitada. É o caso das empresas de e-commerce, que têm sido muito beneficiadas pelo apoio do governo ao setor. Contudo, as ações que não são bem recebidas pelo governo podem sofrer com entraves.

2. Econômico

Toda empresa precisa de rentabilidade. No sistema capitalista em que vivemos, é preciso ganhar mais do que gastar para obter o lucro. Por isso, diversos fatores econômicos podem beneficiar ou prejudicar essa balança. Entre eles, podemos citar a taxa de juros, a inflação do país, o sistema tributário, os valores de câmbio e a economia local.

A alta taxa de juros pode prejudicar os parcelamentos, por exemplo, enquanto a alta taxa de câmbio encarece os produtos importados. Assim, quando um país ou localidade vive um crescimento econômico, a população consome mais, o que beneficia as empresas — o oposto do que ocorre nos períodos de recessão.

3. Social

Bastante atrelado ao fator político e ao fator econômico, o fator social diz respeito à situação e ao comportamento das pessoas em geral. A cultura de uma sociedade, o desemprego, a desigualdade social, o crescimento populacional, os hábitos das pessoas nas grandes cidades, os estilos de vida, os valores de uma sociedade e os padrões de consumo são os elementos que compõem essa variável.

Sendo assim, uma análise social que revela que a população brasileira tende a envelhecer nos próximos anos, com o aumento da longevidade, certamente beneficiará as empresas que lidam com o público idoso, por exemplo. Já se a taxa de natalidade começar a cair, reduzindo a quantidade de crianças no país, as escolas de educação infantil tendem a perder mercado.

4. Tecnológico

Os avanços da tecnologia em nossa era são praticamente diários, de modo que toda empresa, independentemente do seu porte ou segmento, deve ficar atenta às inovações. Novas tecnologias surgem para permitir que as empresas obtenham mais produtividade e qualidade em suas atividades, tornando antigas soluções obsoletas.

A propriedade intelectual, o investimento em pesquisa, os progressos científicos, o desenvolvimento de novas máquinas e ferramentas de trabalho e a cultura da inovação fazem parte desse universo. O avanço da internet pelo interior do país, por exemplo, favorece o e-commerce nacional, mesmo nas áreas mais afastadas das grandes cidades.

5. Ecológico (ambiental)

O fator ambiental diz respeito a uma questão muito importante para a sobrevivência do planeta, que é a capacidade que as empresas têm, ou que precisa ser desenvolvida, de minimizar ao máximo possível os impactos de suas ações sobre a natureza. Assim, aspectos como poluição, desmatamento, queimadas, desperdício de recursos, fontes de energia, reciclagem, redução da emissão de gases nocivos, gestão adequada de resíduos, legislação ambiental e práticas sustentáveis aparecem em pauta nesse fator.

Empresas que utilizam a madeira como matéria-prima, por exemplo, mas que respeitam as espécies com as quais podem trabalhar e que promovem o reflorestamento, tendem a ser bem-vistas pelo governo e pela sociedade. Esse tipo de consciência tem se tornado prioridade no comportamento do consumidor, sobretudo entre os mais jovens.

6. Legal

O fator legal, por fim, diz respeito a todas as leis vigentes em um determinado país, estado ou município que coordenam as ações da empresa, definindo o que é obrigatório, o que é permitido e o que é proibido. Nesse aspecto, levam-se em consideração os direitos do consumidor, as leis do trabalho, as normas de saúde e segurança, bem como toda a legislação específica que regulamenta o segmento de atuação da empresa.

Leis que coordenam a exportação, por exemplo, podem beneficiar ou prejudicar os planos de expansão das atividades das empresas em âmbito continental ou mesmo global.

É possível perceber que a análise Pestel é extremamente útil, pois analisa de forma detalhada as oportunidades e as ameaças que as variáveis incontroláveis (que compõem o ambiente externo da empresa) podem promover. Assim, ela é extremamente útil no planejamento estratégico das organizações, sendo complementar à tradicional análise SWOT.

E você, querida pessoa, já tinha ouvido falar na análise Pestel? Imaginava que as atividades de uma empresa pudessem receber influências de tantos fatores ao mesmo tempo? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Por fim, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!