Os medicamentos agem no corpo a fim de combater doenças e cada um possui uma formulação diferente de acordo com seu objetivo. Um ponto importante a ser considerado é que é necessário estar sempre atento para evitar que a ingestão de outras substâncias comprometam sua eficácia ou causem reações indesejadas. Esse é o caso da combinação de antidepressivos e álcool, que pode resultar em sua série de problemas e agravar os sintomas da depressão e outros transtornos em vez de amenizá-los.
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Entenda a relação entre o álcool e os antidepressivos
Os antidepressivos representam uma categoria composta por uma série de medicamentos usados para tratar diversos tipos de transtornos de ordem mental, como: depressão, ansiedade, fobias, transtorno obsessivo compulsivo, distúrbios alimentares, síndrome do pânico, entre outros. Esses medicamentos atuam alterando os níveis de neurotransmissores no cérebro, como serotonina, dopamina ou norepinefrina, a fim de melhorar o humor deprimido e reduzir sintomas como ansiedade, insônia e pensamentos disfuncionais.
Cada medicamento possui a sua formulação e, ao interagir com substâncias diversas, pode causar efeitos diferentes do esperado. Para entender melhor, imagine que está fazendo um bolo, seguindo todas as especificações da receita para chegar ao resultado desejado. Porém, no meio da preparação, resolve acrescentar ingredientes que não estavam na lista, alterando todo o processo e, consequentemente, os efeitos de cada item acrescentado anteriormente.
Voltando aos antidepressivos, quando uma pessoa que está fazendo uso desse tipo de medicamento ingere álcool, pode ver seus efeitos se tornarem mais intensos, experimentando tontura, sonolência, confusão mental e problemas para se concentrar. Isso sem contar que existem certos tipos de remédio que podem causar alguns danos ao fígado e, em conjunto com o álcool, têm esse risco aumentado.
Quando se fala nos sintomas citado anteriormente de modo isolado, parece inofensivo que uma pessoa se sinta sonolenta, tonta, confusa e tenha problemas para se concentrar. Contudo, é preciso enxergar tudo isso dentro de contextos do cotidiano, como, por exemplo, durante a realização de atividades comuns do dia a dia de muita gente, como dirigir, operar máquinas no trabalho, andar pela rua ou mesmo cozinhar em casa, para constatar que os riscos de acidentes são grandes.
Vale ressaltar que esse tipo de interação com o álcool também se aplica a alguns medicamentos fitoterápicos utilizados em tratamentos de depressão. Então, mesmo que esteja tomando um composto a base de plantas é fundamental que converse com o seu médico para que ele te oriente em relação ao consumo concomitante de álcool.
Cuidados a serem tomados ao ingerir antidepressivos
A medicação costuma ser parte importante de um tratamento de depressão e de outros tipos de transtornos de ordem psíquica. Porém, para que traga resultados positivos é importante que se tome alguns cuidados.
1 – Somente tome medicamentos sob orientação médica
Antes de qualquer coisa, é importante dizer algo que certamente já ouviu muito por aí, mas que deve ser sempre ressaltado: medicamentos somente devem ser tomados após orientação médica. E isso vale para qualquer tipo, principalmente para os antidepressivos, que trazem bons resultados quando indicados corretamente, mas que também podem trazer consequências graves quando ingeridos de modo irresponsável.
2 – Converse com seu médico sobre possíveis efeitos colaterais
Todo medicamento pode gerar possíveis efeitos colaterais, assim, é interessante que converse com o seu médico e tire todas as dúvidas que tiver a respeito. Fale sobre a sua rotina, o tipo de trabalho que tem e, então, juntos poderão estimar como o antidepressivo definido por ele poderá influenciar nessas atividades. Ter conhecimento das sensações que pode vir a experimentar irá ajudar a evitar sustos e proporcionar maior segurança.
3 – Evite ingerir álcool e outras substâncias
Mais uma vez ressalto sobre a importância de evitar a ingestão de álcool durante um tratamento com antidepressivos, o mesmo vale para outras substâncias, como drogas, que sozinhas já são prejudiciais para a saúde. De qualquer forma, lembre-se de falar a respeito disso com o seu médico também, desse modo, ele poderá passar as orientações indicadas considerando o seu caso e o tipo de medicação que está fazendo uso.
4 – Pergunte ao seu médico sobre interações medicamentosas
Muitas pessoas fazem uso de remédios de uso contínuo para tratar questões diversas, sem contar em problemas pontuais que podem surgir, como dores e infecções, por exemplo. Como os antidepressivos podem afetar muito outros tipos de remédios e vice-versa, é necessário sempre informar o seu médico sobre todos os medicamentos que já toma, o que inclui até mesmo aqueles que são vendidos sem receita por serem fabricados à base de plantas.
5 – Siga à risca as recomendações do profissional
Por fim, é fundamental que siga à risca todas as recomendações dadas pelo profissional que escolheu para lhe acompanhar nessa jornada. Respeite os horários do medicamento, uma forma prática de fazer isso é colocar lembretes em seu celular. Jamais pare de tomar o antidepressivo sem falar com o seu médico, mesmo que esteja se sentindo melhor, porque a interrupção brusca do tratamento, sem orientação, pode fazer com que os sintomas voltem ainda mais intensos.
Os antidepressivos, embora precisem ser tomados com bastante cuidado e sempre respeitando as recomendações de um médico de confiança, podem trazer resultados bastante positivos nos tratamentos de depressão, transtornos de ansiedade, síndrome do pânico, entre outros.
Geralmente, eles precisam de algum tempo até que comecem a fazer efeito, o que pode levar algumas semanas ou meses. Também pode acontecer de o paciente não se adaptar a determinado medicamento ou à dosagem estabelecida inicialmente. Por isso, o acompanhamento médico é tão importante, para que sejam feitos os ajustes necessários até chegar à opção ideal para cada caso especificamente.
É sempre bom lembrar que antidepressivos são medicamentos indicados para tratar a depressão e outros problemas de ordem mental, assim como existem os que foram desenvolvidos para diabetes, pressão altas e tantas outras doenças. Nesse sentido, não existe razão para se ter preconceito com eles, afinal de contas, corpo e mente são igualmente importantes quando se trata de saúde e bem-estar.
Espero que as informações aqui compartilhadas tenham te ajudado a entender melhor a relação entre os antidepressivos e o álcool e saber mais sobre os cuidados a serem tomados com esses medicamentos. Aproveite para levar o conhecimento adiante, compartilhando o artigo em suas redes sociais!
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