A Índia é considerada um dos países mais espiritualizados do mundo. A maioria de seus habitantes é hinduísta, mas o Islamismo, o Cristianismo e o Budismo também são religiões encontradas no país.

Berço da Ioga, da meditação e de diversos rituais espirituais, a Índia é repleta de encantos e mistérios. O país atrai, anualmente, milhares de turistas que percorrem o seu longo território em busca de um despertar espiritual.

Essa atração tem um motivo. O povo indiano possui uma essência espiritual muito intensa. Desde a infância, os indianos aprendem as 4 leis espirituais. Segundo a tradição local, quem as segue consegue viver com mais leveza, compreendendo sem julgar as ações tomadas por si e pelo outro. Isso estimula as pessoas a um processo de desenvolvimento pessoal, autoconhecimento e visão realista sobre a vida.

Ficou curioso para saber quais são as 4 leis espirituais da Índia? Então, confira-as a seguir. Boa leitura!

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Primeira lei: a pessoa que vem é a pessoa certa

Os indianos não acreditam em acasos ou coincidências, mas em propósitos reais. Eles compreendem que as pessoas entram e saem de nossas vidas, mas também que cada indivíduo que tem alguma participação em nossa história não aparece à toa.

Sejam pessoas boas ou ruins, todo ser que entra em nossas vidas faz algum tipo de transformação nela. Podem ser pessoas iluminadas, dispostas a compartilhar conosco os seus valiosos ensinamentos, mas também podem ser pessoas que nos prejudicam, o que nos ensina a como não agir e a como não ser. De um jeito ou de outro, há sempre um aprendizado, desde que ajustemos o nosso olhar para identificá-lo.

Os companheiros, amigos, familiares e pessoas que nos fazem o bem são sempre fontes de amparo, de afeto e de força. Em contrapartida, aqueles que nos fazem o mal têm o objetivo de nos ensinar a agir de forma diferente deles, desenvolvendo também a paciência e a resiliência.

Portanto, não existe tempo perdido. Se uma relação for positiva, ela contribui com a nossa felicidade. Se a relação for negativa, ela serve de aprendizado. De um jeito ou de outro, quem entra em nossa vida aparece sempre com um propósito.

Segunda lei: aconteceu exatamente o que poderia ter acontecido

Assim como não acreditam em coincidências, os indianos também questionam muito o conceito de arrependimento. Para eles, o nosso destino já está definido, e todos os acontecimentos já estão traçados.

Se algo negativo aconteceu na vida de um indiano, ele sabe que não vale a pena pensar que poderia ter feito algo de diferente, pois o que está feito, está feito. Nada poderia ter sido mudado.

Segundo a tradição indiana, acontece conosco exatamente aquilo que é preciso que aconteça. O problema é que nem sempre os fatos são positivos. Por isso, é preciso encarar as dificuldades e os desafios como fontes de sabedoria. Não devemos pensar “por que isso tinha que acontecer comigo?”, mas “o que posso aprender com isso que aconteceu?”.

É uma lição de aceitação, mas não de conformismo. Essa lei ensina as pessoas a não se revoltarem contra a realidade e nem a punirem a si mesmas pelos erros cometidos. É preciso aceitar que não se pode mudar o passado, mas todos nós podemos (e devemos!) extrair as lições de nossos erros para a construção de um futuro mais feliz.

Terceira lei: toda vez que você começar será o momento certo

Os indianos acreditam que tudo tem uma hora certa para acontecer. Por este motivo, ninguém está atrasado ou adiantado na vida. Cada pessoa tem o seu ritmo, e o momento em que ela começar a fazer algo será o momento certo para ela.

Isso quer dizer que nunca é tarde para fazer aquilo que nos torna felizes. Seja na vida pessoal, profissional, espiritual, social ou amorosa, o fato é que os acontecimentos chegam até nós na hora certa, isto é, no momento em que estivermos mais preparados para sermos bem-sucedidos.

Por este motivo, não devemos comparar o nosso tempo de vida com o do outro, pois a história de cada indivíduo é única. Se o vizinho casou-se aos 20 anos, e você aos 35, é porque o melhor momento para que isso acontecesse na vida de cada um ocorreu em idades distintas, e não há nada a se lamentar por isso.

Ninguém deve acelerar nem atrasar o ritmo da vida. É preciso deixar que as coisas fluam naturalmente, pois cada momento será vivenciado no tempo em que o indivíduo estiver mais preparado para que isso aconteça.

Quarta lei: quando algo acaba, acaba

Da mesma maneira que as coisas têm uma hora certa para acontecer, elas também têm uma hora certa para acabar. Essa é, possivelmente, a lei mais difícil de ser colocada em prática, pois ela envolve a nossa capacidade de aceitar o início e o término das diferentes etapas da vida.

Os estudos, as viagens, os empregos, os relacionamentos amorosos, e até mesmo as amizades — tudo tem uma hora certa para acabar, de modo que um novo ciclo tenha início. Essa lei também ajuda os indianos a aceitarem que a vida na Terra tem um tempo limitado e a compreenderem que a morte ocorre quando tiver que ocorrer, mas que a vida continua em outras dimensões.

Dessa forma, essa lei ensina que, se algo chegou ao fim, é porque tudo o que a pessoa poderia ter aprendido naquele ciclo já foi ensinado. De agora em diante, ela precisa entrar numa nova etapa de sua vida, vivendo novas experiências e acumulando novos conhecimentos.

Resumidamente, a quarta lei da espiritualidade indiana ensina o desapego, pois revela que tudo é temporário e que nada é definitivo. Quem aprende essa lei mais rapidamente consegue lidar com os começos e com os fins com maior facilidade.

As 4 leis espirituais da Índia carregam consigo ensinamentos relativamente simples, mas extremamente poderosos para ensinar as pessoas a conduzirem as suas vidas com mais aceitação, resiliência, paciência, paz e felicidade. Seja nos momentos bons ou nos ruins, aquele que segue as 4 leis torna-se mais tolerante, autoconfiante e bem-disposto a viver, tanto as alegrias quanto as adversidades.

E você, qual das 4 leis espirituais da Índia falou mais alto ao seu coração? Deixe seu comentário no espaço abaixo e não se esqueça de compartilhar este artigo com todos os seus amigos, colegas e familiares.

Que estes ensinamentos façam uma diferença intensa e positiva em sua vida!