Em algum momento da vida, você já determinou para si mesmo algum objetivo e simplesmente desistiu de alcançá-lo por falta de disciplina? Há pessoas que se comprometem a investir 10% do salário todo mês, por exemplo, mas desistem lá pelo 4º ou 5º mês. Há, ainda, aqueles que se prontificam a ir à academia a partir de janeiro, mas em meados de março já estão cancelando a matrícula.

Mas por que alcançar os nossos objetivos é tão difícil? Seria a autodisciplina incompatível com a mente humana? O que podemos fazer para desenvolver essa capacidade e alcançar melhores resultados? Confira as respostas no artigo a seguir!

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Autodisciplina: combatendo os instintos

Nós, humanos, somos seres vivos pertencentes ao reino dos animais, como você deve se lembrar das aulas de ciências. Por conta disso, nós já chegamos ao mundo com determinados instintos, ou seja, comportamentos pré-programados. Por exemplo, somos programados a economizar o máximo possível de energia — e é por isso que fazer uma atividade física nos parece tão cansativo e que os alimentos mais calóricos e gordurosos nos parecem tão saborosos!

Sim, temos instintos de preguiça, gula, sexo, entre outros pecados capitais! Mas o que diferencia os seres humanos dos outros animais é exatamente a nossa mente racional. Quando cedemos a todos os nossos instintos, vivemos uma vida “animalesca” de preguiça, comidas calóricas e promiscuidade sexual, o que certamente nos faria viver bem pouco.

Por isso, o ser humano é o único animal com a capacidade de perceber que ceder a todos os seus desejos imediatos pode ser prejudicial à sua sobrevivência e à sua qualidade de vida. Os outros animais não têm a consciência de que é preciso comer poucos carboidratos e gorduras, exercitar-se regularmente, poupar dinheiro para o futuro, entre outras questões que envolvem a noção de planejamento.

Por isso, a autodisciplina é a força que nos separa dos animais irracionais. Por meio dela, podemos lutar contra os instintos primitivos e partir para o alcance de objetivos de longo prazo, coisa que os outros animais são incapazes de fazer. É essa autodisciplina que levou o ser humano a criar a escrita, os idiomas, as máquinas, as tecnologias, as descobertas científicas, enfim, a civilização.

5 passos para desenvolver a autodisciplina

Resumidamente, se você deseja poupar dinheiro, perder peso, alimentar-se melhor, ler um livro por mês, exercitar-se diariamente, ou qualquer que tenha sido o objetivo que você determinou, precisa desenvolver a autodisciplina.

Para deixar de lado o seu aspecto animalesco que cede a cada impulso e desenvolver a força da sua mente — humana e racional —, confira os cinco passos a seguir.

1. Afaste-se das recompensas de curto prazo

Essa dica é bem simples: se há algo que pode comprometer a sua autodisciplina e fazer você cair em tentação, afaste-se! Por exemplo, se você deseja ser mais produtivo no seu dia a dia de trabalho, dê um jeito de bloquear as suas redes sociais e de desativar as notificações do seu celular durante o horário de serviço.

Se você deseja seguir uma dieta, mas sabe que há uma deliciosa barra de chocolate no seu armário, dê o doce para outra pessoa. O simples pensamento de que aquele chocolate está ali vai torturar a sua mente. Em contrapartida, saber que você não pode mais tê-lo, pois o deu a outra pessoa, fará com que você fique mais tranquilo e não caia nessa tentação.

Resumidamente: afaste-se de sofás, camas, redes sociais, televisões, chocolates, doces, enfim, tudo aquilo que, de alguma maneira, pode atuar como tentação ou distração.

2. Não crie planos muito restritivos

Uma dica muito importante para manter a disciplina é: não se esqueça de que você é um ser humano. O seu corpo e a sua mente se cansam e, por isso, precisam descansar de tempos em tempos.

Ao planejar o seu dia ou a sua semana, é natural que você distribua as suas tarefas e obrigações em dias e horários específicos. No entanto, lembre-se de incluir os momentos de descanso, de lazer e de recompensa. Eles não são luxos, mas necessidades humanas. Sem pausas, a nossa produtividade cai e, consequentemente, nos afastamos dos nossos objetivos.

Portanto, não crie programações muito cansativas. Uma agenda lotada não é um sinônimo de produtividade, e você não é uma máquina!

3. Faça o importante primeiro

Você é do tipo que acorda, coloca o despertador no modo soneca, fica mais dez minutos enrolando na cama, abre os olhos, checa as notificações do celular, responde às mensagens e lê as notícias sem sair da cama? Está fazendo errado!

O ideal é que você tenha uma rotina matinal que priorize você, e não os outros. Acorde, faça a sua higiene pessoal, troque de roupa, medite, faça uma leitura edificante, tome um café da manhã saudável e, depois, comece a responder os seus e-mails e a fazer o seu trabalho.

Você deve ser a sua prioridade! As mensagens dos outros podem esperar um pouco para serem respondidas. O importante é que você se levante e faça um ritual individual que aumente a sua energia. Mexer no celular enquanto não se levanta, certamente, não é um ritual desse tipo.

4. Não estabeleça metas inalcançáveis

Na internet, você já deve ter se deparado com promessas milagrosas, do tipo: “ganhe um milhão de reais em 2 meses” ou “perca 10kg em uma semana”, não é mesmo? Jamais acredite nesse tipo de promessa!

Quando estabelecemos para nós mesmos metas muito altas, ou mesmo fora da realidade, naturalmente não seremos capazes de alcançá-las. Isso nos leva à falsa crença de que somos indisciplinados, incompetentes ou fracos. No entanto, o problema não fomos nós (afinal de contas, não somos máquinas), mas as metas que determinamos que foram surreais.

Para evitar essa frustração, a dica é quebrar um grande objetivo em metas menores. Por exemplo, se você deseja emagrecer 15 kg, saiba que, segundo os nutricionistas, não devemos perder mais de 1 kg por semana. Nisso, há um efeito psicológico, em que perder 1 kg não parece tão difícil quanto perder 15 kg. Por isso, cumpra as suas metas aos poucos. Vai demorar mais, mas vai ser saudável e correto.

Dessa forma, tudo vai parecer menos sacrificante e mais natural. Além disso, você conseguirá monitorar os seus resultados com o passar das semanas, mantendo o foco e a motivação. Não queira resolver todos os seus problemas do dia para a noite!

5. Seja consistente

Por último, mas definitivamente não menos importante, seja consistente. Para desenvolver um hábito, uma atividade deve ser praticada diariamente. É muito melhor que você pratique uma atividade física de 45 minutos todos os dias do que uma de 3 horas, mas apenas um dia na semana.

Os resultados da autodisciplina aumentam com a frequência, e não com a intensidade das atividades. Quer mais um exemplo? Você vai adquirir o hábito da leitura se ler 5 páginas por dia, mas não se ler 30 apenas aos sábados. Portanto, a chave é a consistência, mesmo que em doses menores!

Como você pode perceber, o desenvolvimento da autodisciplina é uma tarefa complexa, mas que tem os seus “truques da mente”. Agora, se você já se aprofundou na teoria, é hora de partir para a prática, afinal de contas, sem ação não há resultado, não é mesmo? Que os seus caminhos sejam vitoriosos!

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