Qual a sua verdade interna? Você acredita ser autossuficiente? Ou acredita que nada pode sozinho? O que pensamos sobre nós torna-se verdade para nós. A imagem que você tem de você, aquilo que acredita sobre você, também cria uma realidade sobre você no mundo. É a partir desse referencial que você vai narrar sua própria história e produzir suas metas e objetivos.

Há dois extremos que costumam construir nossa verdade interna: em um polo está a ideia de autossuficiência e no outro a ideia de dependência. A ideia de autossuficiência, que provoca o julgamento dos outros, sempre nos colocando numa (falsa) posição de superioridade, advém do esquecimento de que vivemos com outros seres humanos que devem ser honrados e respeitados.

A autossuficiência não produz riqueza, pois não existem movimentos de riqueza e prosperidade na divisão e na ideia de superioridade. Já a dependência é fruto das nossas crenças de inferioridade e falta de merecimento. Pessoas que julgam não conseguir sozinhas diminuem a si mesmas e seu poder pessoal.

A dependência pode ser emocional, como entre os que dizem não conseguir viver sem uma determinada pessoa, ou aqueles que acreditam que não conseguem executar uma determinada tarefa e vivem a pedir ajuda. Diante disso, qual é o seu olhar para o mundo? Será que nos vemos como adultos que olham, de cima, uma criança ou como a criança que olha, de baixo, um adulto? S

erá que nos damos conta de nosso verdadeiro papel no Universo? Será que nossa autossuficiência não nos cegou e impossibilitou de olharmos ao nosso redor e dentro de nós mesmos? Você está se entregando de corpo e alma ao Universo? Entre a autossuficiência e a dependência está uma terceira verdade interna: nossa vulnerabilidade. Estar/ser vulnerável significa estar sujeito a ser afetado. Quando assumimos nossa vulnerabilidade, percebemos que nossa ligação com os outros e com o Universo é inevitável. Aceitamos que somos afetados pelo mundo e que afetamos tudo e todos a nossa volta.

Nossa vulnerabilidade nos conecta, ao contrário do que alguns podem pensar. A vulnerabilidade não é uma fraqueza, mas um dos maiores poderes que temos como seres humanos. Uma pessoa que reconhece que estava emocionalmente abalada e, por isso, não conseguiu dar o seu máximo, é muito mais poderosa e se encontra muito mais no caminho da evolução do que aquele que, no afã de se mostrar muito superior e mais preparado que os outros, aponta o dedo, julga e se coloca no lugar de inviolável.

Alguém que aceita sua dualidade, suas sombras, seus erros, que aceita que é suscetível aos outros no mundo, que aceita que, embora ele seja senhor de si mesmo, isso não faz dele um ser inatingível, cresce, evolui, se expande, se desenvolve, modifica sua realidade e a de todos ao redor. Ele constrói sua realidade e contribui ao mundo. Aceitar-se vulnerável é sentir-se livre para assumir sua verdade interna, é poder abrir-se para todas as possibilidades sem julgamentos, é experimentar o fato de ser você mesmo, é agradecer pela vida e por tudo que você é.

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