Ao longo da vida, é natural (e esperado) que criemos laços de afeto com as pessoas que fazem parte de nossa história. Pais, avós, amigos e parentes próximos fazem parte do nosso convívio social, e é por eles que geralmente criamos a dependência emocional. É preciso que saibamos encontrar o equilíbrio entre o apego e a dependência, porque o primeiro é positivo e necessário, já o segundo pode se tornar um grande problema.

Continue lendo para entender melhor os perigos da dependência emocional e saber como fazer para evitá-la.

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O papel da família na dependência emocional

É muito comum que os pais projetem suas próprias fraquezas e medos nos filhos, transferindo para as crianças a ideia de que são frágeis e incapazes de seguir um caminho sozinhas. Quando há esse tipo de relação, os pais pulam um processo natural e importante para o crescimento de todo o ser humano: a atribuição de responsabilidades. Assim, passam a fazer tudo pelo filho, desde arrumar a bagunça e até tomar decisões importantes.

Como reflexo dessa falta de responsabilidade e da repetição de crenças limitantes (como “você é fraco”, “você não consegue” e “você não sabe”), a pessoa cresce aprisionada e acreditando que realmente é limitada e incapaz de conduzir sua própria vida. Ela se torna dependente emocionalmente das pessoas que lhe protegeram e não consegue viver com confiança fora dessa bolha.

Impactos na vida profissional e pessoal

Quem cresce acreditando que não é capaz de tomar decisões ou de realizar coisas importantes, jamais se sente seguro e confiante para mostrar todo o seu potencial e destacar seu trabalho, o que atrapalha diretamente a conquista de bons resultados.

Um dependente emocional pode achar difícil executar tarefas como tomar decisões, sair para algum lugar sozinho, apresentar seu trabalho, compartilhar uma ideia, escolher uma roupa, dizer não ou denunciar uma agressão. Como consequência, essa pessoa pode apresentar insegurança, baixa autoestima e até se sacrificar pessoalmente apenas para agradar e ser aceita.

Teste simples de dependência emocional

O autoconhecimento é muito importante para encontrarmos em nós pontos que precisamos aperfeiçoar. Em se tratando de dependência emocional, você pode se questionar sobre alguns tipos de comportamento e o teste abaixo pode ajudar.

Considere seus comportamentos e atitudes e, com base neles, responda as frases abaixo com: “sempre”, “nunca” ou “às vezes”:

  • Sempre peço a opinião alheia antes de tomar decisões importantes;
  • Acredito ser merecedor de sucesso pessoal e profissional;
  • Sempre acho que meu trabalho não está bom o suficiente;
  • Sempre acho que estão falando mal de mim e que ninguém me admira;
  • Prefiro que escolham, falem e decidam por mim ao invés de me expor.

Resultado: se respondeu “sempre” a três ou mais questões, pode ser um sinal de que você sofre de dependência emocional. Se percebeu que muitos desses comportamentos fazem parte de sua vida, talvez seja o momento de buscar ajuda especializada. Fique atento e se cuide!

5 Formas de superar a dependência emocional

Além da dependência emocional poder ser causada por questões familiares, como mencionado anteriormente, também pode vir como fruto da insegurança e do pensamento de que uma pessoa depende de alguém para ser feliz. Superar isso é fundamental para que os relacionamentos sejam leves e aconteçam por escolhas e não por necessidade.

Confira, a seguir, algumas formas de superar a dependência emocional e se libertar desse sofrimento.

1 – Reconheça sua dependência

Em primeiro lugar, é preciso reconhecer que o problema existe e que se tornou dependente emocionalmente de alguém. Para isso, comece a se observar e veja se o seu estado de espírito está sempre atrelado ao outro. Por exemplo, se sente frequentemente triste, feliz, inseguro, com raiva como resposta ao comportamento da outra pessoa. Esse reconhecimento é fundamental para que comece a agir para se libertar.

2 – Valorize a si mesmo

Quando uma pessoa está dependente emocionalmente de alguém, o mundo passa a girar em torno do outro, de suas vontades e opiniões. Então, essa pessoa acaba esquecendo de si mesma e do fato que tem os seus próprios pensamentos. Para sair desse quadro é preciso que volte sua atenção para si e comece a se colocar como prioridade.

Não é egoísmo se considerar em primeiro lugar, essa é uma atitude importante para se sentir confiante e evitar se submeter a coisas que não gostaria apenas para agradar. É claro que é preciso manter o equilíbrio para não se tornar um indivíduo autocentrado e que não considera ninguém ao seu redor, mas, fora isso, é uma atitude muito saudável.

3 – Aprenda a dizer não

Um dos principais sintomas da dependência emocional inclui aceitar tudo o que o outro propõe. Isso ocorre geralmente como uma forma de agradecimento pelo relacionamento, como se alguém precisasse “pagar” por afeto. Saiba que recusar um pedido de alguém que gosta não é feio e nem errado, é algo natural e que faz parte dos relacionamentos em geral.

O fato de você gostar muito de um amigo não determina que deve sempre aceitar todos os pedidos dele. Antes de tentar agradar um terceiro é preciso se lembrar de que você também existe e é uma pessoa que tem seus pensamentos e vontades. Se respeite e as pessoas que gostarem verdadeiramente de ti saberão respeitar isso.

4 – Viva o presente

Se você teve experiências ruins no passado que te fizeram se sentir dependente emocionalmente de terceiros, procure se concentrar no presente. O que aconteceu antes não determina o que irá acontecer daqui para frente. Por mais que seja desafiador se libertar de experiências que foram dolorosas, tente fazer esse esforço, ressignificando o que passou e transformando em lições.

5 – Torne-se responsável pelo que sente

Uma característica bastante marcante da dependência emocional é a terceirização da responsabilidade pelas emoções. A pessoa simplesmente entrega nas mãos do outro o controle sobre a forma como se sente. Para superar isso é preciso começar a se responsabilizar pelos próprios sentimentos. Apenas você deve ter controle sobre si, se está triste, feliz, com raiva, deve aceitar isso e encontrar maneiras de gerenciar em vez de culpar o outro.

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Você é um ser completo e extraordinário!

Sempre que a insegurança bater, lembre-se de que você é um ser completo e extraordinário! Ninguém está fazendo um favor de estar ao seu lado e compartilhar momentos da vida contigo, pois as relações são feitas de troca. Uma pessoa te faz bem quando está ao seu lado, mas saiba que a recíproca também é verdadeira, caso contrário ela não permaneceria.

É claro que, quando gostamos de alguém, é natural se apegar, desejar mais a presença desse ser especial. Nosso cérebro gosta dessa sensação e, por isso, nos faz sentir vontade de repetir essas ações consideradas prazerosas. Então, uma perda, como o fim de um relacionamento amoroso ou de uma amizade, pode ser muito dolorosa. Contudo, precisamos ter sempre a consciência de que essas dores são curadas através do tempo.

Mesmo que pareça que sua vida não faz mais sentido sem a pessoa que foi embora, acredite, as coisas irão se resolver e você irá voltar a se sentir feliz. Para confirmar isso basta puxar pela memória outras situações parecidas, como a perda de um ente querido ou rompimentos do passado. O ser humano é dotado de uma grande capacidade de superar essas situações e com você não é diferente.

Lembre-se sempre do seu valor, da sua capacidade, do direito que você tem de ser feliz. Honre a oportunidade que recebeu ao chegar a este mundo, busque seus objetivos, se cuide, se valorize, você merece isso e muito mais!

Tem alguma experiência ou dica para compartilhar sobre dependência emocional? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe este conteúdo em suas redes sociais para passar a reflexão adiante!

Imagem: Por LightField Studios