Você já foi rejeitado em algum momento da sua vida? Se você for um ser humano, provavelmente respondeu de forma afirmativa. Se você nunca passou por uma rejeição, por menor que seja, bem, talvez você não seja um ser humano.

A rejeição é uma dor da alma que se manifesta de diferentes formas e em diversos contextos. Neste artigo, vamos compreender em que ela consiste, por que ela surge, quais são as suas consequências e como podemos lidar melhor com essa dor. Ficou curioso? Então, continue a leitura a seguir e saiba mais sobre o assunto!

O que é a dor da rejeição e por que ela surge?

A rejeição é o ato ou efeito de rejeitar algo. Quando falamos de rejeição de pessoas, estamos falando de indivíduos que não são aceitos por outros indivíduos ou por grupos dos quais querem fazer parte.

Assim, uma pessoa pode ser rejeitada pela família, pelo círculo de amizades, pelos colegas de trabalho, por empresas onde gostaria de trabalhar, por uma pessoa por quem tem sentimentos românticos, e por aí vai.

As pessoas rejeitam-se umas às outras por diversos motivos. Se uma empresa rejeitou o seu currículo, por exemplo, provavelmente houve alguma incompatibilidade entre o seu perfil profissional e as exigências da vaga em questão. Todavia, quando falamos de rejeição de pessoa para pessoa, o mais provável é que alguma das suas características não tenha sido aceita.

A sociedade é preconceituosa porque algumas pessoas se colocam em posição de superioridade sobre outras. Assim, rejeitam quem não tem a mesma cor de pele, a mesma classe social, o mesmo gosto musical, a mesma orientação sexual, a mesma religião, a mesma cultura, os mesmos interesses, e por aí vai.

Quais são as consequência dessa dor?

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O grande problema da rejeição é que todo mundo é diferente. Não existem sequer 2 pessoas no mundo que sejam iguais. Por isso, se a sociedade não aprende a lidar com as diferenças, ela automaticamente cria um conjunto de pessoas que ora rejeitam, ora são rejeitadas. Curioso, não?

Essa dor traz consequências severas, caso não seja adequadamente administrada. Uma pessoa que é rejeitada pela própria família se sente culpada por ser quem é. Uma pessoa rejeitada pelos amigos ou por uma pessoa pela qual tinha um interesse romântico pode desenvolver problemas de autoestima. 

Já uma pessoa cujas ideias sempre são rejeitadas no ambiente de trabalho pode desenvolver uma grave insegurança profissional, ficando cada vez mais calada e questionando as suas escolhas. Perceba como a pessoa é atingida de diferentes maneiras, dependendo de quem a rejeita e da forma como a rejeição acontece.

Como lidar com a rejeição?

O cenário da rejeição é bastante doloroso, como você já deve ter percebido. Mas então, como podemos lidar com ele? Na sequência, você vai conferir 5 passos para amenizar essa dor e extrair dela força para encontrar a superação.

1. Conheça a si mesmo

Como podemos compreender, ser rejeitado por alguém desperta nas pessoas sentimentos negativos, como tristeza, medo, insegurança, solidão, inveja e até mesmo raiva. Todavia, esses sentimentos tendem a surgir mais naqueles que acreditam com facilidade em tudo o que os outros dizem. Se alguém diz que não gosta de você porque você é burro, você vai se sentir mal apenas se realmente acreditar, em algum nível, que é de fato burro.

Por isso, o primeiro passo para vencer a rejeição é desenvolver o autoconhecimento. Quanto mais você conhece a si mesmo, menos você vai acreditar ou dar importância àquilo que os outros dizem. Se alguém o rejeita afirmando que você é burro, mas você sabe que isso não é verdade, essa rejeição doerá menos. Portanto, conheça a si mesmo. Valorize as suas conquistas e superações até hoje. Dê a si mesmo o devido valor, e não espere que outras pessoas façam isso por você.

2. Melhore, mas não queira ser perfeito

Quando somos rejeitados, precisamos aprender a diferenciar as rejeições tóxicas daquelas que vêm acompanhadas de críticas construtivas. Se você não foi aceito em um processo seletivo, por exemplo, pode pedir dicas para a empresa que o rejeitou, entendendo em quais aspectos você pode melhorar.

Portanto, verifique, em cada contexto de rejeição, o que você realmente poderia ter feito de diferente para ser aceito. No entanto, melhorar não significa querer ser perfeito, e muito menos deixar de ser quem você é. Você pode e deve desenvolver novos conhecimentos, habilidades e atitudes, mas não deve abrir mão da sua essência. Se o seu namorado só vai aceitar você caso você perca peso, talvez o que você realmente esteja precisando é de um novo namorado.

3. Lembre-se de que pessoas de sucesso também já foram rejeitadas

Rejeições não são absolutas. Se o garoto da balada disse “não” para você, saiba que existem outros bilhões de garotos no mundo. Se aquele círculo de pessoas não quis a sua amizade, saiba que há milhões de grupos que ficariam felizes em tê-lo por perto. O mundo é grande demais para você achar que ninguém vê o seu valor.

A escritora britânica Agatha Christie, por exemplo, foi rejeitada por 6 editoras antes de ter os seus romances policiais publicados, tornando-se a “rainha do crime”. Nem mesmo Jesus Cristo foi aceito pela população à sua época, por mais que hoje seja o maior exemplo de virtude que temos. O importante é que você confie em si mesmo e não dê às críticas mais importância do que elas de fato merecem.

4. Fortaleça-se emocionalmente

Existe uma diferença entre ser rejeitado (o que acontece eventualmente com qualquer pessoa) e sentir-se rejeitado. Essa diferença está na autoestima da pessoa e na sua saúde mental em geral. Por isso, procure fortalecer-se emocionalmente para que você não comece a acreditar que realmente está sendo rejeitado e que não tem valor. Para isso:

  • Evite as comparações e limite o seu tempo nas redes sociais;
  • Reflita e, se desejar, escreva as coisas que você mais admira em si mesmo;
  • Cerque-se das pessoas que fazem com que você se sinta bem e valorize-as;
  • Analise as rejeições sofridas: há algo em que você possa melhorar para evitá-las daqui para frente? Se sim, faça esses ajustes. Se não, paciência: não deixe de ser quem você é;
  • Cuide da sua saúde em geral: alimente-se de forma equilibrada, hidrate-se, durma bem e pratique atividades físicas com regularidade;
  • Tenha uma vida social ativa, ainda que esteja sempre com as mesmas pessoas;
  • Aprenda a ser feliz por conta própria. Não queira encontrar alguém que o complete (porque você não é uma metade), mas que o transborde!
  • Lembre-se de que sempre vai haver alguém que fará com que você se sinta rejeitado ou excluído de algo. Todavia, não permita que esse sentimento tome conta do seu ser.

5. Não faça aos outros o que você não gostaria que fizessem com você

Por fim, lembre-se desse princípio básico que aprendemos desde a infância. Se você não quer ser rejeitado, não rejeite. É claro que, em alguns momentos, você vai precisar dizer “não” a alguém, mas, ao fazê-lo, aja sempre com respeito e com empatia.

Se você não acha que um candidato está apto para trabalhar na sua empresa, por exemplo, explique os motivos do seu “não” e dê a ele um feedback mais detalhado, citando os pontos em que ele pode melhorar. Isso pode motivá-lo a seguir em frente, mesmo saindo de uma experiência de rejeição. O mundo com certeza seria um lugar melhor se mais pessoas e organizações agissem dessa forma. Empatia sempre!

Como você pode notar, a rejeição é uma dor comum e que pode trazer consequências negativas, até mesmo para a autoestima e para a saúde mental das pessoas. Por isso, coloque as dicas acima em prática, cuide de si mesmo e não acredite em tudo aquilo que lhe disserem. Certamente, você vai encontrar alguém que o aceite e o valorize exatamente por quem você é!

E você, ser de luz, já passou por alguma experiência desse tipo? Como lida com a rejeição? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!