BoBaa22/Shutterstock Dar feedbacks assertivos favorece no crescimento de líderes e liderados e também da empresa

Você foi convocado para uma sessão de feedbacks no trabalho. E agora? Por email ou pessoalmente seu chefe o convidou para uma conversa cuja pauta você não conhece por completo. O que fazer? Essas são algumas das questões que preocupam aqueles que se veem ante a possibilidade de encarar um feedback, sem ter uma familiaridade maior com essa ferramenta.

Esses questionamentos são naturais, mas não podemos nos sobressaltar diante deste desafio. O feedback, na imensa maioria das vezes, é uma conversa com características bastante simples, e o possível teor de maior complexidade, quando existir, só vai ser dado pelas ideias com que se preenche esse bate –  papo, e não pelo seu formato em si. Use-o a seu favor!

A Importância dos Feedbacks Assertivos

No ambiente profissional, que é onde o feedback já tem criado profundas raízes, existe todo um rigor com que devemos tratar essa ferramenta. Se nós assumimos que você tenha recebido um convite para participar dessa conversa, seja por alguém hierarquicamente superior ou não, é preciso estar preparado para vivenciar tudo isso.

Você deve assumir como um evento que tem toda a abrangência de uma reunião de trabalho. Isso não quer dizer que a conversa não possa ser permeada por momentos de descontração e informalidade. Aliás, estou entre aqueles que inclusive apostam que a chave para um feedback assertivo está também nesses componentes.

Para isso há um conjunto de regras simples que você pode seguir quando for a hora de se sentar frente a frente com alguém para iniciar um feedback. Aí vão algumas delas:

Dicas Para Ter uma Sessão de Feedbacks Assertivos

Faça elogios sinceros. A vida corporativa, profissional e pessoal já está repleta de condutas reprováveis, e se você não quer ser mais um na multidão que escolhe caminhos tortos, faça diferente. O feedback tem sua força no componente do entendimento, por isso dizer algo porque o outro simplesmente gostaria de ouvi-lo não é a melhor saída.

Todos bem ou mal sabemos das nossas potencialidades e pontos fortes, e se você eventualmente elogiar seu interlocutor por um motivo que ele sabe não ser real isso mais vai gerar desgaste do que possibilidade de convergência. Por isso, junte o útil ao agradável fugindo de palavras vazias e louvando o que merece ser louvado. Seja ousado a ponto de fazer elogios sinceros, aplaudindo o que de fato merece aplausos.

Evite citar pessoas. Prefira os exemplos. Sempre é possível evitar a fulanização. Em ambientes profissionais, a fofoca é um mal onipresente e o feedback pode ser uma ótima oportunidade para não se dar sequência a isso. Quando a ocasião pedir que você ilustre sua fala com um exemplo, evite mencionar o nome ou até mesmo o cargo daquele profissional citado. Os feitos, bons ou ruins, falam por si e a história pode ser contada sem que se dê nome aos bois. Se não chegar a ser um pouco mesquinho, tende no mínimo a ser deselegante apontar o dedo para quem no momento não estará na conversa para dar a sua versão.

Quebre o gelo. A seriedade do feedback não está nos rostos carrancudos de quem dele participa, tampouco em posturas impermeáveis a um sorriso. A simpatia é sempre uma aliada preciosa para qualquer contexto. Abre portas, suaviza tensões e ao promover a aproximação, facilita a chegada a bons resultados. Uma postura de simpatia pode fazer com que seu interlocutor se permita inclusive dizer coisas que não imaginou ao iniciar aquela conversa, dando um novo sentido e importância ao feedback. O ambiente descontraído nos envolve e estimula mais, fazendo com que tudo aquilo a ser acordado no momento do feedback seja acolhido com uma receptividade muito maior.

Trace objetivos comuns. A sensação de que estarmos no mesmo barco com alguém é das maiores forças capazes de unir pessoas. Se o feedback tem o propósito de alinhar estratégias e comunicar ações entre indivíduos que são parte de uma mesma organização, tanto melhor se de quebra eles também estiverem mais unidos. Não se trata aqui de fazer com que os indivíduos literalmente saiam do feedback de mãos dadas, mas de estimular uma soma de esforços que quando arrebanha um bom número de pessoas costuma ser imbatível.

Estabeleça metas e acordos plausíveis. Em mais um ponto em que o faz parecer com a dinâmica que rege o Coaching, o feedback é um momento de concerto e estabelecimento de laços, mas é sobretudo uma conversão que tem o olho voltado para a ação, para a prática. Isto é, as boas relações estabelecidas ali naquele momento pouco valem se não forem ancoradas em soluções a serem postas em prática no pós-bate-papo. Para tanto, estabeleça com seu interlocutor um conjunto de ações plausíveis e factíveis, que vocês saibam que têm total chance de serem executadas. O sucesso nos últimos empreendimentos será sempre o melhor combustível para novas e mais ousadas apostas.

Gostou de aprender como dar feedbacks assertivos? Entende melhor porque dizemos que o feedback é um aliado? Comente e compartilhe sua opinião abaixo.