Vários sistemas integrados, com pessoas em cada um deles, ilustrado por carenagens que  giram juntas

Ramcreativ/Shutterstock Cada sistema no qual fazemos parte interfere em nossa vida!

As equipes devem funcionar a partir do princípio de sistemas. Os sistemas se configuram como um conjunto de elementos que estão interligados entre si em uma contínua relação de troca. Ou seja, partindo do pressuposto que nas equipes as pessoas devem se comportar como membros ativos que se dediquem na relação de trocas de saberes, experiências e em aprenderem conjuntamente as equipes se caracterizam como sistemas.

Nosso primeiro sistema é o sistema familiar: a partir do nosso nascimento começamos a aprender como funcionam os sistemas. Este conhecimento é tão automático que a maioria das vezes nós não temos consciência dele, da mesma forma que não temos consciência do ato de respirar.

Este conhecimento implícito do comportamento sistêmico é levado a outros grupos ao longo de nossas vidas. Instintivamente acreditamos que temos um comportamento adequado nesses grupos, de certo modo que nem paramos para pensar como tais comportamentos foram estipuladas, ou como cada cultura é dita como aceitáveis.

Entendendo os Sistemas nos quais estamos inseridos!

Cada sistema desenvolve seu próprio padrão de compor­tamento e rotina de como as coisas são feitas por aqui, e isto é o que se chama a cultura organizacional. As novas pessoas, que entram no sistema, se tornam conscientes desta cultura de uma forma inconsciente e sempre há membros do grupo, que recordam deste comportamento na esperança de ser seguido e adotado.

Por exemplo, suponhamos que o horário normal de uma empresa é de 09h30min as 18h:30min. Mas se todos os funcionários se acostumaram a sair às 19h, aqueles que deixam a empresa antes do tempo, será marcado como empregados “part – time” e deixados “a parte”.

Os seres humanos têm um “monitor interno”, que chamamos de consciência, e ele está sempre nos alertando e dizendo se estamos atuando corretamente em relação ao grupo a que pertencemos. A consciência é uma manifestação do nosso instinto de pertencimento. Assim, se fossemos contra a cultura do sistema, nos sentiríamos desconfortáveis e inco­modados, ou seja, culpados.

No caso do exemplo anterior, ao sair antes do horário estipulado culturalmente e passarmos a ser compreendidos pelo grupo como “part – time”, nossa consciência irá nos “avisar” que estamos indo de encontro com a cultura sistêmica do grupo. No entanto, quando nós seguimos a cultura da empresa, nos sentimos mais relaxados e pertencentes ao grupo.

Ao longo de nossas vidas nós pertencemos a muitos sistemas, e é normal experimentar as tensões provocadas quando as necessidades de um sistema são incompatíveis com as necessidades do outro. Por exemplo, suponha que no mesmo dia, eu quero ir para minha festa de Natal da empresa e ir ver meus filhos na apresentação de final de ano da escola.

É impossível estar em dois lugares ao mesmo tempo, desse modo você vai ter que escolher um dos lugares para ir. Inevitavelmente você vai se sentir culpado ou desconfortável em relação ao sistema que “decepcionando” não seguindo uma regra preestabelecida.