A honestidade é uma das mais básicas virtudes humanas. Quando uma pessoa ou empresa precisa definir os seus valores particulares, a honestidade nem sequer entra na relação, dado que é condição indispensável ao exercício de qualquer profissão e ao bom andamento da vida, de maneira geral.

Infelizmente, nem todas as pessoas parecem se lembrar de um princípio tão básico. No trabalho, não é assim tão raro encontrarmos pessoas com desvios de caráter, desde as que cometem pequenos deslizes até as que podem ser enquadradas em circunstâncias criminais, como no desvio de recursos e nos casos de assédio.

Neste artigo, você vai entender como a desonestidade pode ocorrer na vida profissional de uma pessoa e o que você pode fazer para lidar com um colega ou funcionário que age dessa maneira. Siga em frente e tenha uma boa leitura!

De que maneira a desonestidade pode se manifestar no ambiente de trabalho?

Ser honesto significar seguir as regras da sociedade e da empresa em que trabalha. Mais do que isso, é também colocar-se no lugar do outro e evitar o ganho de benefício próprio por meio do prejuízo de outra pessoa. A desonestidade é agir de forma oposta a isso e pode causar graves problemas de relacionamento interno e até mesmo crises de imagem empresarial, dependendo da ação cometida. Na sequência, você vai conferir seis exemplos clássicos de ações desonestas no trabalho.

1. Deslealdade

Ser desleal significa jurar fidelidade a alguém ou a uma instituição e não cumprir. Um profissional é desleal quando coloca a culpa dos seus erros em um colega, quando toma para si os créditos de uma ideia ou ação de outra pessoa, enfim, quando toma para si privilégios que não são seus.

O mesmo vale para o funcionário que deprecia a própria imagem do lugar em que trabalha. Um profissional que fala mal da própria empresa para um fornecedor e um vendedor que faz o mesmo para um cliente estão sendo antiéticos. Se a empresa os contratou, é porque espera que eles contribuam com o sucesso dela, e não que ajam no sentido contrário.

2. Descumprimento das obrigações

PSC

Deixar de cumprir as suas obrigações é também uma maneira de ser desonesto. Se a empresa paga o seu salário para que você execute determinadas atividades, mas você simplesmente não cumpre as tarefas (ou as faz com má qualidade), você está se apoderando de uma remuneração sem merecê-la, o que é um exemplo de desonestidade.

Além disso, o desleixo com as suas atividades profissionais tem impacto nas atividades dos seus colegas e, consequentemente, no desempenho do seu departamento e da empresa como um todo. Se você estiver insatisfeito com as suas condições de trabalho, converse com os seus superiores, mas não deixe simplesmente de fazer o que deve.

3. Competitividade exacerbada

Querer crescer na vida profissional é algo positivo, pois revela que a pessoa deseja alcançar postos de maior importância, desenvolver as suas habilidades e ajudar a empresa a progredir. No entanto, algumas pessoas desejam prosperar sem qualquer esforço — sem estudo, sem trabalho, sem negociação. Seguem o chamado “jeito mais fácil”, em que “puxam o tapete” de um colega para obter o seu cargo.

Quando a competitividade é excessiva, a ambição dá lugar à ganância, que é a porta de entrada aos meios desonestos de crescer. Isso pode provocar atritos entre colaboradores, demissões e prejuízos financeiros. Quando a trapaça é descoberta, o funcionário desonesto pode ser demitido por justa causa.

4. Vazamento de informações

É fato que, hoje em dia, basicamente qualquer nicho de mercado conta com uma grande competição entre empresas concorrentes. Por isso, há empresas desonestas que se juntam a colaboradores desonestos de organizações adversárias para obter informações internas, como dados financeiros, lançamentos de produtos, projetos de campanhas de marketing, e por aí vai.

A quebra do sigilo e da confidencialidade faz com que o concorrente se prepare para neutralizar as ações da empresa, prejudicando-a. Esse ato é um exemplo específico da deslealdade que citamos no primeiro item. Ele também pode consistir em quebra de contrato, podendo provocar demissão por justa causa.

5. Desvio de recursos

O exemplo mais clássico de desvio de recursos é o desvio de dinheiro, ou seja, o funcionário que rouba a empresa, pegando dinheiro ou mercadorias indevidamente. No entanto, pequenas atitudes do dia a dia também podem ser enquadradas como um uso indevido dos recursos corporativos.

Utilizar os telefones da empresa, os computadores, a impressora, entre outras ferramentas, para fins pessoais é um uso indevido da estrutura da instituição. O gasto desses recursos pode gerar prejuízos para a empresa, já que eles não estão sendo utilizados para o trabalho. Quanto ao desvio de dinheiro e de mercadorias, ele não só constitui um caso de desonestidade, como também um crime.

6. Assédio

O tipo mais grave de desonestidade nas empresas é o assédio. Qualquer conduta que gere desconforto ao funcionário, seja por humilhações, ofensas, ameaças, chantagens, agressões verbais ou físicas e intenções sexuais não consentidas corresponde ao assédio.

A denúncia pode ocorrer no âmbito trabalhista, o que pode provocar a demissão do trabalhador, e, em alguns casos, prejudicar a imagem da empresa, especialmente quando o caso ganha grande repercussão. A denúncia ao assediador também pode ocorrer na vara criminal.

Como lidar com esses casos?

Há diferentes maneiras de lidar com os casos de desonestidade. O primeiro deles é ler e divulgar este artigo, de modo que todos saibam reconhecer o que é honesto e o que não é, no ambiente de trabalho. Para lidar com essas questões, verifique o que você pode fazer, enquanto colega de trabalho ou enquanto chefe.

  • Se você for colega

Se você perceber que algum colega está tendo alguma atitude desonesta que possa prejudicar você, outra pessoa ou a empresa como um todo, converse com ele e explique que ele mesmo pode sofrer as consequências dessa atitude. Se a confiança entre você e o colega for quebrada, afaste-se dele e conviva o mínimo possível com esse indivíduo. Quanto menos ele souber de você, melhor.

Já nos casos mais graves, como assédio, é importante que você denuncie o que estiver acontecendo aos seus superiores, de preferência tentando obter provas.

  • Se você for chefe

Se você for chefe, o primeiro passo para lidar com a desonestidade no trabalho é deixar muito claras as regras do jogo, desde a entrada de novos colaboradores à empresa. Campanhas internas sobre a importância da honestidade no ambiente de trabalho se fazem importantes. Além disso, também é essencial mostrar as punições às quais os funcionários desonestos são submetidos.

Caso você presencie um ato desonesto, deverá advertir o funcionário, ou, dependendo da gravidade do ato, suspendê-lo ou demiti-lo por justa causa. Isso servirá de exemplo aos demais colaboradores. Além disso, seja receptivo às denúncias que receber dos seus funcionários e inicie processos investigativos minuciosos para não cometer nenhuma injustiça.

A questão da honestidade no trabalho é um fator muito delicado, e o que realmente conta é a divulgação da informação. Por isso, divulgue esta reflexão em seu ambiente de trabalho e estimule as pessoas a uma atitude honesta.

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