Você se preocupa com a opinião dos outros a seu respeito? Em maior ou menor grau, essa preocupação atinge todo mundo. Querer ter um bom relacionamento com as pessoas ao nosso redor e evitar conflitos nos leva a sermos melhores a cada dia. No entanto, existem pessoas que fazem isso única e exclusivamente para agradar aos outros, desconsiderando seus próprios sentimentos.
Quando isso acontece, as pessoas deixam de fazer o que querem ou de ser quem de fato são por medo da rejeição. A preocupação excessiva com a opinião alheia revela problemas de autoestima e pode desencadear problemas emocionais. Para compreender melhor essa questão e conferir dicas para lidar melhor com ela, continue acompanhando este artigo.
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Necessidade de aceitação e pertencimento
Especialmente durante a infância e a adolescência, depositamos boa parte de nossa felicidade e de nossa autoconfiança nas relações que construímos com as pessoas. É natural do ser humano sentir-se bem quando é aceito por um determinado grupo. A admiração de amigos e colegas serve como “comprovação” de que somos pessoas “legais”.
Para que isso aconteça, estamos sempre esperando do outro uma aceitação sem julgamento, mas nós mesmos acabamos por julgar as outras pessoas. Fazemos isso por diversas razões: condição socioeconômica, tipo de roupa, estilo musical preferido, temperamento, enfim, julgamos e somos julgados a todo instante.
Algumas pessoas, especialmente durante a adolescência, acabam por mudar seu estilo pessoal para adotar uma nova postura, que seja, em tese, mais “adequada” aos padrões do grupo. Em geral, com o chegar da idade adulta, essa preocupação diminui, e nos tornamos mais autênticos, sem essa necessidade de mudar para agradar.
Por isso, é importante desenvolver a autoestima. Qualquer pessoa só conseguirá ser verdadeiramente feliz quando for ela mesma, sem medo das opiniões alheias. Para te ajudar nessa jornada, confira, a seguir, algumas dicas:
9 dicas para amenizar a importância das opiniões alheias
1. Entenda que todo mundo tem defeitos
Muitas vezes, nossas inseguranças surgem quando identificamos em nós aspectos de que não gostamos. Pode ser um traço de nossa personalidade, uma questão física, enfim, algo que não apreciamos muito em nós. No entanto, apesar de sermos tão severos quando o assunto somos nós mesmos, não somos tão exigentes quanto aos outros.
Uma dica valiosa nesse sentido é questionar-se: se os seus pensamentos saíssem da boca de algum amigo seu, ele continuaria sendo seu amigo? Por que somos tão cruéis com a opinião que formamos a nosso próprio respeito? Aceite que você tem falhas, mas todas as outras pessoas também têm. Perfeição não existe, e, portanto, você não tem a menor necessidade de persegui-la.
2. Lembre-se de que amigos vêm e vão
Como citado anteriormente, a raiz de muitas dessas inseguranças é a necessidade de aceitação por nosso grupo de amigos. Bem, em primeiro lugar, se forem verdadeiramente amigos, eles aceitarão você do jeito que é. Em segundo lugar, será que essas amizades são eternas?
Você se lembra dos seus amigos do 5º ano do ensino fundamental? Lembra-se de como a opinião deles era importante para você? Mas será que eles ainda fazem parte da sua vida? Provavelmente não. Isso é importante, pois, ao compreendermos que as pessoas entram e saem constantemente de nossas vidas, acabamos por reduzir a importância que atribuímos às suas opiniões.
3. Não se esqueça de que só você vive as consequências de seus atos
Muita gente “se anula” para agradar às outras pessoas. Você provavelmente deve conhecer, por exemplo, alguém que seguiu uma carreira específica apenas para fazer as vontades dos pais, em busca de aceitação. Mas será que essa pessoa tem realmente a vocação necessária para a carreira escolhida? E, ainda mais importante, será que ela é feliz nesse caminho profissional?
A situação acima é apenas um exemplo. Existem pessoas que omitem suas vontades, sua personalidade, suas escolhas profissionais, sua orientação sexual, suas opiniões, enfim, uma série de questões individuais, apenas por medo da opinião alheia. No entanto, quando nos omitimos, apenas nós mesmos enfrentamos as consequências de uma vida inautêntica. E isso pode nos fazer incrivelmente infelizes. Portanto, seja você mesmo.
4. Preocupe-se mais com a sua opinião sobre si mesmo
Atribuímos uma importância enorme ao que os outros pensam de nós, mas e quanto àquilo que pensamos sobre nós mesmos? Em outras palavras, você é feliz sendo do jeito que é? Ou está apenas fazendo o que todo mundo faz para não criar conflito? A autoestima é a base de uma vida mental e emocionalmente saudável. Quando gostamos de quem somos, não há opinião alheia que nos derrube.
Portanto, antes de questionar se seu vizinho gosta de você, reflita se você mesmo tem admiração pela pessoa que você é. Se a resposta for sim, siga em frente. Se a resposta for não, trabalhe as questões que estão te incomodando. Isso pode ser feito num processo psicoterápico, por exemplo. Apenas nunca desista de você mesmo. Se você não lutar por sua própria felicidade, ninguém poderá fazer isso por você.
5. Aceite que ninguém é unanimidade
Jesus Cristo é, possivelmente, a personalidade mais inquestionável da história, ao menos num país cristão como o Brasil. Contudo, nem mesmo ele agradou a todos de sua época, com suas palavras, seu jeito de ser e suas atitudes. Isso significa que não há um único ser humano no mundo que não tenha recebido críticas por ser quem é. Você não é exceção.
Não importa se você vai se casar aos 20 ou aos 35, se vai comprar um apartamento ou uma casa, se vai cortar o cabelo ou deixá-lo crescer, se pretender engordar ou emagrecer: sempre vai haver alguém infeliz para fazer alguma crítica. Já que não dá para agradar a todo mundo, então agrade a si mesmo. Em outras palavras: se for para receber críticas de um jeito ou de outro, então ao menos faça aquilo que te faz feliz!
6. Não julgue o outro para não ser julgado
É importante que cada um de nós evite julgar as outras pessoas. Não faz sentido sofrermos com a possibilidade de sermos julgados pelos outros se fazemos o mesmo com aqueles que convivem conosco.
É preciso parar de julgar as pessoas por serem diferentes de nós. Cada indivíduo é único, e todos merecem respeito e consideração.
7. Aceite apenas as críticas construtivas
Se você receber críticas de alguém, faça os seguintes questionamentos:
- De quem está partindo essa crítica?
- As críticas dessa pessoa fazem sentido?
- Eu tenho algo a aprender com o que essa pessoa diz?
- Essa pessoa tem um interesse genuíno em meu desenvolvimento pessoal?
Se você identificar que a pessoa está fazendo uma crítica respeitosa, baseada em argumentos sólidos, com a real intenção de te ajudar, vale a pena ouvi-la. No entanto, se a crítica for ofensiva, improcedente ou partir de alguém que quer apenas te ver mal, desconsidere-a imediatamente.
8. Fortaleça-se por meio do autoconhecimento
Quando uma pessoa conhece bem a si mesma, não há crítica ou comentário maldoso de outra pessoa que a abale. O autoconhecimento é uma força poderosa. Por meio dele, identificamos nossos pontos fortes, que devem ser utilizados para alcançarmos nossos objetivos.
É por meio dele, também, que podemos identificar nossos pontos que ainda precisam de mais desenvolvimento. No entanto, esse diagnóstico serve para que tenhamos humildade e para que nos tornemos pessoas melhores a cada dia, mas jamais para permitir que as considerações de alguém nos agridam. A opinião dos outros só te afetará se você assim permitir. Dessa forma, conheça a si mesmo para não acreditar nesse tipo de pessoa.
9. Escolha suas companhias, mas saiba ser feliz sozinho
Por fim, reforçamos que não devemos nos importar com a opinião que os outros têm sobre nós mesmos. Contudo, se alguém fizer algum comentário negativo a seu respeito, lembre-se de que isso também tem um lado positivo: o de identificar e excluir gente desagradável de sua vida.
Cerque-se de apenas de quem te faz bem, de quem te coloca “pra cima” e de quem te aceita do jeito que você é. Além disso, jamais deposite a sua felicidade na aceitação de outra pessoa, inclusive de um parceiro amoroso. É possível ser feliz sozinho, mas, se desejar alguém especial, encontre uma pessoa que te transborde, e não que te complete. Você já é completo por si só!
E você, qual o grau de importância que atribui ao que as outras pessoas pensam a seu respeito? Qual das dicas acima mais fez sentido para você? Deixe seu comentário abaixo e, se este conteúdo foi positivo para você, compartilhe-o também com aqueles que você ama!