“Eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, vou ser sempre assim, Gabriela”. A música de Dorival Caymmi retrata a chamada “Síndrome de Gabriela”, de que já falamos aqui no blog. Ela se refere àqueles indivíduos que simplesmente acreditam que vão morrer do mesmo jeito que nasceram, aceitando tudo e sem fazer o mínimo esforço para serem pessoas melhores.

Ninguém deve procurar mudanças bruscas ou abrir mão da sua personalidade e dos valores em que acredita. No entanto, é uma postura um tanto rígida se recusar a passar por qualquer pequena transformação. O mundo em que vivemos é extremamente dinâmico, de modo que aqueles que não se adaptam minimamente para acompanhar essas transformações ficam para trás e perdem grandes oportunidades.

Em outras palavras, não podemos correr o risco de cair nas armadilhas do conformismo. Para saber mais sobre o assunto e sobre como evitá-lo, continue a leitura deste artigo!

O que é o conformismo?

O conformismo é a postura de alguém que se conforma, ou seja, que aceita passivamente as coisas como são e tudo o que as pessoas fazem, sem qualquer questionamento ou iniciativa de mudança.

É fato que existem coisas que não podemos mudar. A família em que nascemos, as características genéticas, a história do nosso país e a realidade do mundo em que vivemos não são fatores que estão sob o nosso controle. No entanto, há uma série de questões que dependem sim de nós, como o nosso desejo de sermos pessoas melhores, as nossas escolhas profissionais, o conhecimento que adquirimos, os cuidados com a saúde, a qualidade dos nossos relacionamentos etc.

Portanto, combater o conformismo significa, em primeiro lugar, separar as coisas que estão sob o nosso controle daquelas que não estão. Depois, precisamos desenvolver a aceitação do que não pode ser mudado, focando as nossas energias e as nossas atitudes naquilo que pode.

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As consequências de uma postura conformista

A postura conformista é negativa quando nos recusamos a mudar coisas que precisam ser mudadas. Uma pessoa que utiliza um sapato desconfortável apenas para não decepcionar a pessoa que o deu de presente, por exemplo, está se conformando com uma realidade desagradável e dolorosa. Até pode haver um motivo nobre, mas o indivíduo está se esquecendo de alguém muito importante: ele mesmo.

Pessoas conformistas agem dessa maneira. Elas até identificam alguma necessidade de mudança, mas o medo ou a preguiça falam mais alto. Em consequência, essas pessoas vão se adaptando a realidades negativas, o que indica um bloqueio em sua inteligência emocional e em sua capacidade de encontrar soluções saudáveis.

Assim, lembre-se de que tudo aquilo que acontece conosco desperta em nós determinados sentimentos, pensamentos e, consequentemente, atitudes. Não podemos mudar as situações que a vida apresenta a nós, mas podemos controlar as nossas atitudes em resposta aos fatos da vida!

Como podemos combater o comodismo no dia a dia?

1. Seja humilde

Como citamos anteriormente, precisamos identificar as situações da vida em que podemos agir e aquelas que não estão sob o nosso controle. Essa atitude depende não apenas da nossa inteligência analítica sobre os fatos, mas também da nossa humildade em aceitar que não somos super-heróis.

Essa mesma humildade também é importante para que as pessoas reconheçam que, às vezes, deixam de agir em momentos em que poderiam ser mais ativas. Por outro lado, a capacidade de reconhecer esses momentos já é o primeiro passo para que possamos combater esse conformismo e tomar atitudes sempre que possível.

2. Reconheça os seus pontos positivos

Muitas vezes, as pessoas deixam de tomar atitudes para lutar por seus sonhos e objetivos porque se sentem inseguras. Acreditam que não têm o que é necessário para vencer e para concretizar os seus desejos. Por isso, é preciso reforçar a sua autoestima, de modo que essa segurança venha com força e o motive a uma ação.

Lembre-se dos seus pontos fortes, dos seus valores, dos seus conhecimentos, das suas habilidades. Confie que, dentro de você, existem poderosos recursos para que você vença os obstáculos e transforme as suas ideias em realidade. Se você não defender os seus valores e os seus sonhos, quem fará isso por você?

3. Separe o que está sob o seu controle do que não está

Um exemplo: você precisa ficar em casa e se proteger diante de uma pandemia. Isso é um fato, sobre o qual você não pode fazer nada. No entanto, a maneira como você lida com esse fato é o que faz de você um conformista ou não.

Se você passar o dia sentado no sofá, acompanhando notícias catastróficas e se recusando a fazer qualquer coisa, cairá em comodismo. No entanto, mesmo que você não possa sair de casa como gostaria, pode adaptar-se a essa realidade de forma construtiva, trabalhando, estudando, aproveitando o tempo em família, desenvolvendo hobbies, entre outras ações. Aja em tudo aquilo que estiver ao seu alcance.

4. Aprenda a duvidar

O conformismo também depende, muitas vezes, de aceitar sem questionar as informações que recebemos. Por exemplo: circula pela empresa o boato de que alguns funcionários serão mandados embora, ou você recebeu pelo WhatsApp a informação de que manga com leite faz mal para a saúde. Antes de entrar na postura conformista de acreditar em tudo isso, aprenda a duvidar.

Além dessas pessoas que compartilharam essa “informação”, há outros indícios que suportem esses dados? As fontes dessas informações são oficiais e/ou confiáveis? Antes de acreditar em tudo o que se diz, duvide, questione e tenha um olhar crítico sobre as notícias. De preferência, informe-se direto da fonte, sem passar por terceiros. Essa postura “investigativa” nos leva a sair do conformismo.

5. Tenha ambição

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, ter ambição não é algo ruim. O ambicioso é apenas alguém que deseja crescer e alcançar resultados cada vez mais expressivos em todas as áreas da sua vida. Não devemos confundir essa postura com a ganância — essa, sim, é algo negativo, pois os meios utilizados para alcançar os fins podem ser ilegais ou imorais.

Para ter ambições positivas, é importante ter propósitos profundos. Por exemplo, digamos que você queira ter um aumento salarial. Por que você quer esse aumento? Para comprar uma nova casa! Por que você quer comprar essa nova casa? Para dar mais conforto a mim e à minha família! Pronto: você encontrou um propósito sólido para a sua ambição.

Passar por esse processo nos motiva a agir, ou seja, a fazer o que for necessário para que possamos conquistar os nossos objetivos, sem cair no conformismo e em seus típicos pensamentos, como: “não consigo”, “não é pra mim” e “a vida é impossível mesmo!”.

Os cinco passos acima foram apenas um ponto de partida para que você saia do conformismo e assuma uma postura mais ativa e criativa diante da vida. A sua realidade está em suas mãos, mesmo que nem todos os fatos da vida estejam. Assim, separe o que pode ser mudado do que não pode, exercite a sua autoestima, duvide das informações que receber e desenvolva uma ambição positiva, que o motive a agir.

E você, querida pessoa, como avalia o seu grau de conformismo? O que tem feito para evitá-lo e partir em busca dos seus sonhos e objetivos? Deixe o seu comentário no espaço abaixo. Por fim, lembre-se de compartilhar este artigo com todos os seus familiares, colegas, amigos e com quem mais possa se beneficiar dele, por meio das suas redes sociais!

Imagem: Por KAWEESTUDIO