processo evolutivo

Matej Kotula/Shutterstock Investir no processo evolutivo do ser humano fomenta ainda mais a sua surperinteligência

Acredito que você já tenha compreendido que a superinteligência acontece por meio das conexões que somos capazes de fazer entre vários conhecimentos. Aliás, sou apaixonado pela palavra conectar. É uma palavra que carrega em si o sentido mais amplo que consigo pensar. Conectar é sempre mais, nunca menos. Conectar é sempre um elo, nunca um rompimento. Conectar é sempre agrupar e nunca isolar ou desunir. Deve ser por isso que é um dos segredos para a evolução.

A teoria básica sob a qual construí todo o programa de formação do Instituto Brasileiro de Coaching – aliás, um dos melhores programas de formação em Coaching já conhecidos – é a teoria dos Sete Níveis do Processo Evolutivo, baseada nos Níveis Neurológicos. Essa teoria, resumidamente, mostra como passamos por 7 níveis de evolução, como seres humanos. Do nível mais superficial, em que o mais importante é o ambiente, até chegarmos ao legado, um nível de amadurecimento e espiritualidade em que nos centramos em deixar algo para o Universo, em vez de construirmos algo para nós.

A função de cada nível é organizar e controlar a informação do nível imediatamente abaixo. Portanto, uma mudança em um nível mais alto necessariamente acarretará mudanças nos níveis mais baixos. O nível de baixo pode, mas não necessariamente, efetuar mudanças nos níveis acima. Conheça a Pirâmide do Processo Evolutivo!

 

porâmide do processo evolutivo

Equipe IBC Coaching A Pirâmide de do Processo Evolutivo mostra cada uma das etapas evolutivas do ser humano

Existe uma congruência gigantesca entre o caminho que segue pela aceleração do processo de Coaching buscando metas e objetivos e o caminho que segue pela multiplicidade de percepções trazidas pelo modelo dos Níveis Evolutivos, e existe uma congruência ainda maior em pensar que essa expansão da nossa mente e do nosso ser dentro desses sete níveis uma um caminho para esse processo extraordinário de aprendizagem que mudança que estamos chamando de superinteligência.

O processo de comunicação interior e exterior que os Níveis Evolutivos propõem está intimamente ligado à acuidade sensorial do indivíduo, que é a capacidade de percepção de estímulos desenvolvida pela consciência de observar e sentir o ambiente. Essa capacidade é estimulada através dos canais de comunicação sensorial, ou seja, através de nossos olhos (Sistema Visual), ouvidos (Sistema Auditivo), nariz, boca e pele (Sistema Sinestésico) conhecidos também como sistemas representacionais.

Através dos nossos sentidos percebemos o mundo externo e processamos as informações internamente através do pensamento (diálogo interno), formando nossa representação mental individual. Fazendo isso estamos ampliando em sete vezes nossa percepção do mundo. Quanto maior nossa capacidade de ver, ouvir e sentir o mundo – acuidade sensorial – melhor será nossa leitura de mundo e interpretação dos fatos, promovendo assim decisões mais assertivas em nossa vida.

Essa representação individual é chamada de “mapa”, um mapa mental que se forma e se projeta dentro de nós capaz de organizar nossa consciência, inconsciência e subcepção (espiritualidade, intuição). Esse mapa mental expandido é uma interpretação individual da realidade, o modelo de mundo de cada pessoa.

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Experienciando Os 7 Níveis do Processo Evolutivo

 Todos os sete níveis da Teoria do Processo Evolutivo criam um suporte global para o desenvolvimento do indivíduo, desde seu nível mais superficial ao mais profundo. Eles se relacionam com nossos conteúdos internos e com nossas relações externas, tanto com nossas relações com o meio quanto com as pessoas. Veja como os Níveis Evolutivos trabalham na expansão de nossa mente.

1º Superficialidade: o ambiente

O primeiro nível diz respeito ao ambiente externo, às informações iniciais, é um nível de conhecimento introdutório, superficial, mas de muita importância. Nem todas as pessoas conseguem perceber o ambiente a ponto de tirar dele as melhores oportunidades e as melhores informações.

O aprendizado que temos a partir desse ambiente está ligado às primeiras informações dentro de um contexto ou um diálogo, por isso chamo de superficialidade, pois é o nível primário de crescimento humano. Tudo acontece dentro de um ambiente, seja ele visto como espaço geográfico, mas também como instituição, como campo de crenças e verdades.

É possível perceber que o nível de superficialidade, quando banalizado, cria uma lacuna no mapa mental das pessoas, pois elas tentam compreender níveis mais profundos, mas têm dificuldades, porque ainda não são capazes de fazer uma leitura eficaz do ambiente e aprender com ele.

2º Conduta pessoal: aprender com nosso comportamento

O comportamento é um nível de inteligência intrapessoal. Este nível se preocupa em como o indivíduo se comporta, ou seja, suas ações e reações específicas a determinadas situações. Neste nível trabalhamos as ações e reações do indivíduo para as situações em que deseja mudança, ou o alcance de algum objetivo específico.

É difícil analisar nosso próprio comportamento, geralmente fazemos isso por meio do olhar das outras pessoas. Recebemos feedbacks, algumas vezes, mas é preciso olharmos para nossa forma de agir e pensar se nosso comportamento contribui para nossa vida e nossas relações.

Devemos saber se agimos por iniciativa própria ou apenas reagimos diante de tudo já é uma análise importante a se fazer. Pessoas reativas são aquelas que mais precisam trabalhar esse nível, pois elas são reféns de seus comportamentos desmedidos. Esse nível nos traz, portanto, uma inteligência comportamental, não apenas pensando naquilo que os outros percebem do nosso comportamento, mas pensando em como nosso comportamento influencia na nossa vida.

3º Conhecimentos: direção estratégica

Esse nível diz respeito aos conhecimentos que cada um de nós adquire e acumula e como os aplicamos. Por meio dos nossos conhecimentos desenvolvemos nossas competências pessoais, que já são fruto do processo de aprendizagem.

Nossas capacidades, conhecimentos e habilidades nos permitem desenvolver determinadas práticas com mais ou menos facilidade se comparado a outras pessoas. Habilidades estão, de alguma forma, para além do conhecimento, pois nem todo conhecimento consegue ser convertido em uma habilidade específica, logo a inteligência é mais do campo da habilidade que do conhecimento, embora sem o conhecimento nada seja possível.

Para o indivíduo, os conhecimentos incluem estratégias cognitivas e habilidades, tais como aprendizado, memória, tomada de decisão e criatividade, que facilitam o desempenho de um determinado comportamento ou tarefa. A grande diferença é que há pessoas que alicerçam suas habilidades (nível 3), conduta pessoal (nível 2) e compreensão do ambiente (nível 1) apenas na racionalidade e na crítica. Essas usam apenas o self 1 e ainda não serão capazes de chegar ao patamar evolutivo do legado.

4º Crenças e sonhos – permissão e motivação

As crenças, os sonhos e os valores morais são os norteadores de todas as nossas ações cotidianas, por isso esse nível é, para mim, um dos mais importantes dentro do processo evolutivo, pois trata de uma inteligência ias sutil que a apenas cognitiva.

As crenças são verdades que acreditamos e que guiam nossas vidas e atitudes. Já os valores são coisas às quais atribuímos certa importância e que desta forma balizam e orientam nossas atitudes. Por causa dos nossos sonhos e das nossas crenças agimos de uma ou outra forma.

Esse campo atua dentro do sagrado de cada um e ativa os sistemas de inteligência subceptiva e intuitiva. Um grupo de conexões neurológicas mais do nível quântico, é mais profundo e, portanto, também mais sutil. Nossos sonhos são possibilidades adormecidas. Achamos que nossos sonhos são impossíveis porque eles não emergem do campo racional do nosso cérebro e, todos nós, fomos treinados a acreditar somente na racionalidade, o que diminuiu e muito nossa evolução.

5º Papéis: missão e senso do eu

É o nível dos nossos papéis sociais, das nossas práticas, do modo como nos posicionamos no mundo que, por conseguinte, formam nossa identidade, o nível do senso do eu. É um nível que é construído pelos nossos aprendizados, mas é muito mais um resultado final daquilo que fizemos. Ou seja, os papeis que assumo hoje no mundo são resultado daquilo que construí, é “onde consegui chegar”.

Nossos papéis compõem o senso de nós mesmos, as crenças e os sonhos essenciais que definem você e sua missão de vida. Ela é constituída ao longo de toda sua vida e é bastante resiliente. Nós nos expressamos através de nossos comportamentos, habilidades, crenças e sonhos.

Quando pensamos nos nossos papéis temos também que reconhecer a nossa capacidade para realizá-los, ao mesmo tempo em que reconhecemos que ainda temos outros lugares para chegar. Expandir nossos papéis é também expandir nossa mente e nossas possibilidades de conexões.

Quantos papéis você assume? Em quantos campos do conhecimento você transita? Quais redes de contatos e conhecimentos você atua?

6º Pertencimento: Eu e meus grupos

A superinteligência é, realmente, o campo da multiconexão. Se você não se abrir às relações e as relações com o meio dificilmente você estabelecerá formas construtivas de aprendizado. A figura do gênio recluso e perdido em pilhas de livro não é mais verdadeira para o tipo de inteligência que estamos tratando, pois, a inteligência é, em primeiro lugar, relacional.

Estamos inseridos em diversos grupos. Alguns são institucionais como nosso trabalho, a igreja, ONG’s, partidos políticos etc. Outros são meramente sociais, como o grupo dos amigos de farra, os amigos para passeios entre casais e todos os demais. O importante não é a natureza do grupo, se mais formal ou não, o importante é a conexão do indivíduo com esses grupos.

Realmente notório que não possamos considerar evoluído um indivíduo que ainda não consegue se relacionar com maestria, pois nossa vida é feita de relações. Um dos principais objetivos do Coaching é aproximar as pessoas de si mesmas e dos outros. Nesse sentido, o pertencimento ou a afiliação é um patamar em que se observa o quanto essa aproximação produz a edificação das pessoas.

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7º Legado: visão e propósito

O nível máximo que podemos chegar em termos de evolução nesse plano é deixarmos nossa marca, nosso legado. Construir um legado é prova de que alcançamos um patamar de aprendizado em muitas áreas.

Para se construir um legado é necessário ter conhecimento dos ambientes e de como podemos observá-los para tirar o maior proveito deles para o nosso crescimento; é preciso aprendermos a usar com inteligência nossa conduta pessoal sendo mais ativos e menos reativos; é preciso trabalharmos em prol de um acúmulo de conhecimento e da aplicabilidade desses conhecimentos criando novas trilhas neurais; é preciso ter uma identidade sólida e trabalhar cada dia mais no autoconhecimento; é preciso ser e pertencer a grupos distintos expandindo nossa atuação no mundo.

Com tudo isso podemos deixar um legado, muito diferente de fama, o legado pode ser algo muito importante sem necessariamente estar ligado a status e mídia. Legado é a prova de que sua existência não foi em vão e que haverá sua marca no mundo após sua partida.

Percebemos que o acesso ao sétimo nível da pirâmide é também uma escalada na evolução de cada um, pois estamos nos humanizando a cada degrau. Para o coach formado é importante viver esse processo a fim de ter condições de conduzir outras pessoas a passarem por ele.