Você já se perguntou por que temos emoções? E o que, afinal, é uma emoção? Toda emoção é uma resposta do organismo a um acontecimento. Assim, quando estamos fazendo uma trilha e nos deparamos com uma cobra, por exemplo, uma série de reações bioquímicas é disparada no cérebro para despertar a emoção do medo, que tem a função de fazer com que estejamos alertas e cuidadosos para que nos livremos o mais rápido possível da ameaça detectada.

Sendo assim, as emoções, que muitas vezes são injustamente acusadas de prejudicarem as nossas vidas, são, na verdade, um grande auxílio para que possamos reagir de forma adequada aos estímulos do mundo. No caso da cobra, por exemplo, é importante agradecer pela emoção do medo, pois ela faz a diferença entre viver e morrer, caso o animal fosse venenoso, por exemplo.

Agora que você já compreende o que é uma emoção e por que elas existem, é hora de aprender que há 5 emoções básicas para qualquer ser humano, conhecidas como emoções universais. São elas: medo, raiva, alegria, tristeza e nojo. Por falar nisso, se você já assistiu ao filme “Divertida Mente”, de 2015, provavelmente sabe do que estamos falando. Na sequência, você vai entender melhor como ocorrem e qual é a função dessas 5 emoções básicas. Boa leitura!

Medo

Já que citamos a cobra, comecemos então pelo medo, que é, geralmente, uma das emoções mais fáceis de compreender. Essa emoção é uma reação do indivíduo quando detecta algo que pode lhe prejudicar, comprometer o bem-estar ou até mesmo colocar em risco a sua vida.

Quando você se depara com um animal perigoso, por exemplo, o seu cérebro e o seu corpo passam por uma série de transformações imediatas, como: aumento da pressão arterial e dos batimentos cardíacos por minuto, tensionamento muscular, aumento da velocidade da respiração, entre outros. O objetivo dessas reações é justamente proteger a pessoa, iniciando um processo conhecido pela psicologia como “luta ou fuga”.

É esse mecanismo que faz com que você se afaste o quanto puder do animal perigoso, por exemplo. Antes mesmo de tomar uma decisão racional, a emoção do medo já fez com que você agisse, de modo a proteger a sua vida.

Raiva

PSC

A raiva é uma das emoções menos compreendidas, pois muita gente enxerga apenas o lado negativo dela. De fato, quando a raiva aparece em horas inadequadas ou em intensidade desproporcional aos fatos, podemos falar e fazer o que não devíamos, o que certamente provocará algum tipo amargo de arrependimento.

Contudo, a raiva bem utilizada também é importante para nos proteger e estimular em nós a vontade de nos defendermos. Quando uma pessoa descobre que o namorado está cometendo uma traição, por exemplo, é natural que a pessoa fique com raiva.

Essa emoção serve de alerta para que o indivíduo perceba que algo está ocorrendo e que é injusto — nesse caso, uma desonestidade. Portanto, essa emoção de raiva é o que leva a pessoa a demonstrar o seu descontentamento e a tomar uma atitude para sair dessa situação injusta em que se encontra.

Entretanto, a raiva é uma emoção que acumula muita energia, de modo que devemos “descarregá-la” de maneiras construtivas, e não na primeira pessoa que virmos pela frente, que pode não ter nada a ver com o que se passou.

Alegria

Enfim uma emoção positiva! A alegria é uma sensação de prazer e bem-estar, que geralmente é despertada quando estamos vivendo um momento positivo, quando estamos em companhias agradáveis, quando fazemos uma atividade da qual gostamos e quando nos livramos de algum problema.

Assim, a alegria funciona como um mecanismo de recompensa. Quando um atleta ganha uma medalha de ouro, por exemplo, ele fica extremamente alegre, pois essa é a recompensa de alcançar o seu objetivo, depois de tanto esforço na preparação e na competição.

Portanto, a alegria nos motiva, ou seja, ela nos dá a energia necessária para fazermos o que for preciso para realizar os nossos sonhos. Se você trabalha para viajar, por exemplo, certamente pensa na alegria que sentirá no momento da viagem como fator motivacional. Contudo, é necessário pontuar que ninguém é alegre o tempo inteiro. Essa é a emoção mais desejada e buscada, mas precisamos aprender a lidar com as outras também.

Tristeza

A função da alegria é despertar uma sensação de bem-estar, de modo que as pessoas descubram o que lhes faz bem e repitam essas ações com frequência. A tristeza, por sua vez, tem o efeito oposto, ela é uma emoção desagradável, que tem o objetivo de fazer o indivíduo identificar atitudes e situações que não lhe fazem bem, de modo que faça o possível para evitá-las.

Por isso, a tristeza é uma emoção natural e saudável. Assim, se você criou uma expectativa grande para ser promovido no trabalho, mas a promoção não veio, ela vai surgir, como uma resposta ao que aconteceu. Nesse caso, essa emoção negativa tem o objetivo de fazer com que você se esforce mais da próxima vez para evitar esse sofrimento.

A tristeza pode ser leve até mais intensa, quando é conhecida como angústia. Basicamente, ela surge para nos comunicar de que há algo em nossas vidas que não nos está fazendo bem e que precisa ser mudado. A tristeza comum é saudável e passageira, mas se ela for muito intensa e prolongada, pode ser um indício de depressão, que é um transtorno da mente que precisa ser tratado adequadamente.

Nojo

Provavelmente você já passou por essa situação: comeu alguma coisa de que gostava muito, mas sentiu-se mal depois. Passados alguns dias, não consegue nem ouvir o nome do alimento que lhe causou esse desconforto. Esse incômodo é o nojo, uma das mais primitivas emoções humanas.

O nojo é despertado quando nos deparamos com alimentos podres, alguns animais e certas substâncias orgânicas (como secreções, sangue, urina, fezes, entre outras). O objetivo do nojo é bem claro: criar uma reação repulsiva à substância em questão para que a pessoa se afaste dela.

É isso o que nos faz jogar fora o leite que azedou. É isso também o que nos faz lavar as mãos o quanto antes, quando percebemos que o colega que nos cumprimentou tinha acabado de espirrar nas mãos dele. Trata-se de um mecanismo de defesa para que nos livremos de vírus, bactérias e outros microrganismos que podem nos fazer adoecer.

Como podemos perceber, o objetivo das emoções, mesmo que sejam bem desagradáveis, é nos livrar de tudo aquilo que tem algum potencial de nos fazer mal e nos motivar para que identifiquemos e sigamos em busca daquilo que nos faz bem. O importante, porém, é que sejamos emocionalmente inteligentes, isto é, que saibamos identificar as nossas emoções, as suas causas e o comportamento que devemos adotar para resolvê-las (ou repeti-las, no caso da alegria).

E você, querida pessoa, tinha noção de que as emoções pudessem ser tão importantes para o nosso bem-estar? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Por fim, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!