Você já se perguntou por que alguns produtos precisam de tanta publicidade para serem comercializados, enquanto outros parecem que se vendem sozinhos? Já se questionou sobre por que as empresas lançam novos produtos e simplesmente tiram outros de circulação? A resposta para essas perguntas está no ciclo de vida dos produtos.

Sim, assim como qualquer ser vivo, os produtos também têm um ciclo de vida, sem exceções. Neste artigo, você vai compreender por que é importante conhecer esse ciclo e quais são as etapas que o compõem. Boa leitura!

O ciclo de vida de um produto e a sua importância

O ciclo de vida de um produto é uma representação gráfica de 5 estágios para compreender o desempenho de vendas de um produto. O modelo foi proposto pelo economista alemão Theodore Levitt.

Ele consiste em um gráfico composto por dois eixos: o eixo do tempo (horizontal) e o eixo da quantidade de vendas (vertical). Nos casos mais comuns, a curva do gráfico começa no zero, na fase de introdução, sendo ascendente na fase de crescimento, plana na fase de maturidade e descendente na fase de declínio.

No entanto, antes mesmo das fases expressas no gráfico, considera-se que a primeira fase do ciclo de vida de um produto é o seu próprio desenvolvimento, antes de ser lançado — daí a explicação para as 5 fases, e não apenas 4. Embora o ciclo se refira a “produto” no nome, ele também pode se aplicar aos serviços.

A compreensão do ciclo de vida de um produto é fundamental para entender como está sendo o progresso do item nas vendas e para definir quais atitudes estratégicas tomar de acordo com cada fase. Portanto, o ciclo de vida de um produto é uma ferramenta administrativa, sendo parte componente fundamental do marketing de qualquer empresa.

As 5 fases do ciclo

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Na sequência, você vai conhecer melhor as 5 etapas que compõem o ciclo de vida de um produto, as características de cada estágio e as ações estratégias mais comuns em cada um deles.

1ª fase: desenvolvimento

O desenvolvimento de um produto começa com as pesquisas para identificar os desejos e as necessidades das pessoas que ainda não estão sendo adequadamente resolvidos por qualquer item que já exista no mercado. Se houver soluções semelhantes de concorrentes, é preciso criar diferenciais.

Essa fase é bastante delicada e envolve as ideias, as discussões, os projetos, a produção e a realização de testes junto a uma determinada parcela da população. Os veículos, por exemplo, precisam ser desenvolvidos por equipes de diversos profissionais, como designers, engenheiros, analistas de segurança, e por aí vai.

Depois de uma bateria de testes de segurança e de desempenho, o produto é testado por algumas pessoas para entender como está sendo a sua recepção no mercado. Se os testes e a recepção forem positivos, aí sim a empresa deve planejar o lançamento do produto, isto é, a introdução oficial dele no mercado, que é a próxima etapa.

2ª fase: introdução

Depois que todos os critérios de desenvolvimento e testagem são concluídos, o produto pode ser lançado. Antes disso, porém, é preciso realizar um investimento muito alto em comunicação, afinal de contas, a sociedade ainda não sabe que aquele produto existe.

Por isso, é importante investir em publicidade, promoção de eventos e patrocínios, ações de merchandising e promoção de vendas, marketing digital, relações públicas, assessoria de imprensa, enfim, em todos os canais que sejam interessantes para impactar o público-alvo.

A fase de introdução corresponde ao ponto inicial do gráfico do ciclo de vida do produto. Nele, é comum que o saldo ainda seja negativo, afinal de contas, os investimentos em produção, distribuição, comunicação e marketing são altos, mas as vendas ainda estão começando. Para evitar um desperdício de dinheiro e de energia, é primordial definir bem o público-alvo do produto e investir apenas nas mídias que mais façam sentido para alcançar esse potencial cliente.

3ª fase: crescimento

Se um bom lançamento for feito na fase anterior, o rumo natural do ciclo de vida do produto é partir para o crescimento. Nessa fase, as vendas aumentam exponencialmente, mas os investimentos em marketing são mantidos. Com um bom planejamento, é provável que o retorno financeiro comece a chegar, empatando e talvez superando o montante que foi investido.

Entretanto, não se pode precisar em quanto tempo isso acontece, tendo em vista que cada produto e cada segmento de mercado são únicos. Nessa fase, contudo, os investimentos não param. É preciso entender a recepção da população, fazer pesquisas de satisfação e realizar ajustes no próprio produto e nas campanhas de comunicação.

É uma fase de aperfeiçoamento, treinamento de vendedores e superação da concorrência. Empresas que tiram o pé do acelerador e deixam de investir nessa fase começam a ser esquecidas pelo público ou engolidas pelos concorrentes. Assim, alguns produtos mal administrados entram em declínio sem sequer passarem pela maturidade.

4ª fase: maturidade

Por falar em maturidade, ela é a 4ª fase do ciclo de vida do produto. É o momento em que o produto alcança o pico de vendas e entra em estabilidade, não tendo mais como crescer. Por mais que o crescimento tenha acabado, é importante que a empresa faça o possível para prolongar a maturidade ao máximo possível antes de entrar em declínio.

Sabe quem está em maturidade? A Coca-Cola! Ela não é mais tão dependente de comunicação e marketing para manter a sua força no mercado. As pessoas já conhecem o seu nome, a qualidade do seu produto e a sua superioridade diante da concorrência.

No entanto, a empresa ainda investe em marketing, sobretudo em datas comemorativas. Sabe por quê? Porque nunca, em hipótese alguma, podemos acreditar que nenhum concorrente possa nos vencer. Pode ser que algum refrigerante novo surja e, de forma meteórica, roube o protagonismo da Coca-cola em algum momento.

É uma possibilidade que parece remota, mas que não deve ser ignorada pelos empresários conscientes. Mudanças no comportamento do consumidor e instabilidades no mercado não podem ser desconsideradas.

5ª fase: declínio

Todo produto entra em declínio em algum momento. Isso ocorre quando a população deixa de se interessar por ele, seja por falta de novidade, por mudanças em seus desejos ou pelo avanço de um concorrente. Até mesmo as empresas mais sólidas vão passar por isso. Não sabemos quando: pode ser que a Coca-Cola continue em maturidade pelos próximos 500 anos.

A fase de declínio ocorre quando a estabilidade é perdida e a quantidade de vendas começa a cair. Nesse caso, a empresa precisa fazer uma escolha muito delicada: voltar a investir pesado em marketing e comunicação para “ressuscitar” o produto ou retirá-lo do mercado para desenvolver novas soluções.

Cada caso é um caso, e não há respostas definitivas. O importante é que a empresa conheça bem as características do seu produto, do seu público e do momento do mercado em que está inserida para tomar essa decisão de forma consciente.

Como você pode perceber, o ciclo de vida do produto é uma ferramenta extremamente importante para a tomada de decisões estratégicas, sobretudo no que diz respeito à continuidade da produção, aos investimentos em marketing, ao planejamento de ações, às forças de vendas, ao monitoramento dos resultados, à gestão dos processos internos, à superação da concorrência, ao alcance da liderança e ao aumento da longevidade dos produtos ao máximo possível.

E você, querida pessoa, como avalia a empresa em que trabalha? Em qual das fases acima estão os produtos e serviços que ela oferece? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Por fim, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!